Capítulo 05 | Eles precisam de Deus!

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Capítulo 05 Eles precisam de Deus!


"Nasce um novo dia, o sol se levantou, na sua companhia eu sinto mais do amor. No dia de uma longa história que me conquistou, um novo tempo nasce como o tempo que passou."

KATRINA QUIS DAR MEIA VOLTA, assim que tocou o interfone da residência extravagante dos Monroe. Meia hora antes, ela, Bárbara e a avó, dona Francisca, tinham visto o nascer do sol no Central Park. A Monroe ainda teve a oportunidade de degustar um delicioso frango frito que Francisca tinha trazido do Recife, depois disso, a jovem foi caminhando, mesmo, até a residência dos pais no Upper East Side. Era pedir muito dez segundos de descanso?

— Faça me o favor, Katrina. Você não chegou tão longe para dar meia volta! — a jovem exclamou para si mesmo se forçando a permanecer no mesmo local. Enquanto esperava, a Monroe começou a organizar os fatos em uma linha cronológica. Quando Hector descobriu que a esposa estava grávida de gêmeos e que a gravidez era de risco, ele e familiá toda se mudaram de mala e cuia para Hondson.

A filha mais velha tinha detestado sair de Manhattan e perder toda a sua vida glamourosa, mas logo foi convencida que aquela podia ser uma viagem até interessante. Na época, Katrina tinha sete anos. Uma criança. Que amou passar boa parte do tempo com os avós. A viagem que só duraria, no máximo, dois anos durou quatro anos e alguns meses. A Monroe voltou alegremente para Manhattan, ficaria com saudade dos avós mas olhar para Claire e Kevin, era para a Katrina pré-adolescente, um lembrete de como era estúpida.

— MINHA MENINAAAAA. — Assustada, a Monroe levantou a cabeça e deu de cara com o portão aberto e toda a exuberância do residencial Monroe e a governanta mais amada do mundo lhe abraçando.

Hadiya, dona Iya ou simplesmente Iya, era a governanta dos Monroe, antes mesmo de Katrina aprender a piscar. Eram quase 03 decadas de pura dedicação e muita paciência com os Monroe. Iya era africana mas tinha vido com o marido tentar ganhar a vida na terra das oportunidades, infelizmente, o marido, Akim, tinha sido assassinado, após salvar Thereza de um assalto. A Monroe não sabia muito bem dos detalhes mas logo após o surpreendente episódio de coragem ou terrível demonstração de compaixão (?) Hadiya tinha sido contratada para ser a governanta e estava no cargo desde então.

Enquanto Katrina e Iya andavam até a porta, a governanta contou as novidades. Alex não sai do quarto. Alisha quer fazer marketing. Alex dispensou o convite para participar do time da escola. Alisha está treinando ping-pong para participar de um evento interescolar.

Quando a jovem se deu conta estava sentada em uma cadeira da cozinha, tomando um chá e segurando um pedaço de chocotone ( D-E-T-E-S-T-A-V-A frutas cristalizadas), perguntando sobre os pais.

— Dona Thereza, saiu logo que o sol raiou para poder achar vaga no salão. Seu Hector, humm, deve tá na empresa.

Katrina terminou de engolir o chocotone e perguntou abismada: — Papai tá trabalhando no natal? — minutos depois a jovem olhou a hora no celular, 07:45. — Iya, Alisha e Alex ainda estão dormindo?

— Sim — ela respondeu, bebeu um gole do café e continuou: — Quando Alisha te ligou, ela falou da festa? — ao ver a negação de Katrina continuou: — Os meninos da escola fizeram uma festa de arromba na casa da Emma. O Alex nem gosta de festas, mas gosta da Emma, então ele foi. Só chegaram depois das 2 da manhã e com uma cara péssima.

— Ué? Quando eu morava aqui tinha toque de recolher. — Katrina estranhou o horário. Na realidade, ela não estranhou só isso. Era tradição dos Monroe não trabalhar nas festas de fim de ano. A Monroe lembrava de acordar na manhã de natal com um beijo dos pais e com o café da manhã na cama. Era a única data que Katrina podia tomar o café da manhã sem escovar.

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