Capítulo 7 Rebecca e expectativas criadas em lugares errados
KATRINA ESTAVA JOGADA NO SOFÁ e contando todas as novidades da Clarice Lispector para Pâmela pela chamada de vídeo do WhatsApp. Dessa vez, o cabelo de Katrina não estava parecendo um ninho de passarinho, pelo contrário, lavado e definido... uma gracinha!
— Você não vai acreditar quem eu encontrei na Clarice Lispector. — Katrina praticamente gritou deixando o celular cair em seu rosto, a jovem resmungou e continuou: — A Rebecca
— Que Rebecca? — Pâmela questionou assim que Katrina voltou o celular para posição original. A de cabelos castanhos podia ver os neurônios de Pamela entrando em curto circuito. — A Rebecca lá de Mozart? A famigerada leitora?
A jovem assentiu. — Eu quase tive um ataque cardíaco. — Katrina contou se lembrando do episódio da semana anterior. — Rebecca tinha dezoito anos quando chegamos em Mozart, ela cresceu tanto e amadureceu de um tal jeito...
— Lembro dela com aquele prendedor de abelhinha. — Katrina não teve certeza se era bug do aparelho ou se Pâmela estava emocionada por saber como a pupila tinha crescido. — Ela conseguiu achar a família? Se eu não me engano foi você que indicou o detetive para ela... Felipe? Marcos? Tiago? Qual era o nome daquele cara?! — Pâmela perguntou em dúvida.
— É Felipe... ele casou, acredita? Rebecca me mostrou a foto da filha, ela têm umas bochechas enormes... ela devia parecer a Gislene quando pequena — Katrina divagou se esquecendo do assunto original. Pâmela teve que perguntar sobre a jovem de Mozart de novo. — Ah tá... você acredita que os pais biológicos de Rebecca moram num sítio a 20 km daqui? E ela procurando eles por quase uma década.
— No que ela se formou? — Pamela perguntou, ávida por informações sobre a pupila, após rir do comentario de Katrina.
— Eu não sei mas ela têm pós em psicologia educacional. — Katrina apertou os lábios mexendo no cabelo com uma das mãos. — Deixa eu ver uma coisa. — A jovem se levantou e mudou a câmera pra Pâmela ver um calendário na parede. — As aulas começaram aqui — apertou o dia 01 de fevereiro. — Mas eu estou na escola desde o dia 22 — foi para Janeiro e apertou o dia mencionado. — E hoje é 6 — foi para fevereiro, apertou o dia 6 e mudou a câmera sentando no sofá novamente. — Nunca pensei que iria estar tão feliz pela chegada do Carnaval.
— Como está sendo na Clarice Lispector? — Pâmela perguntou estranhando os lábios apertados da amiga.
— Sinceramente? – Pâmela assentiu. — Eu não sei o que eu tinha na cabeça quando aceitei aquele emprego ou quando fui prestar aquele concurso. A diretora, ô mulherzinha rancorosa... — Katrina despejou com o desânimo tomando conta do seu tom de voz. — É claro que a Rebecca ajuda, mas a Fernanda tem prazer em jogar pedras em cima de mim.
— A minha vizinha, Ludmyla, me apresentou um livro de uma ruiva com sete sardas no nariz — Katrina fez uma careta. Ela despejando suas frustrações e Pâmela lhe falando de um livro? — Um personagem, Mr. Harrison disse a Anne que nenhuma pessoa é ruim por completo, ou seja, cada um tem um "por quê". Eu tenho certeza que tem uma razão para a diretora Fernanda tornar a sua estadia tão complicada. E se não houver uma, segura firme em Romanos 8:28 e vai na fé.
...
Quando o alarme tocou às 05:30 am, Katrina se levantou preguiçosamente. A jovem não tinha acordado com o pé direito. Seu cabelo perfeitamente arrumado no dia anterior estava super amassado e com frizz.
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Ainda Existe Esperança!
RomanceGuiada por sentimentos, Katrina Monroe nunca teve uma vida perfeita apesar de ser ricaça e boa pinta. Pelo contrário, sua vida foi repleta de altos e baixos, mais baixos do que altos se é que você me entende. Entretanto, sua vida começou andar nos e...