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Seu tom era muito sério, inclusive angustiado, e seus olhos,
ardentes. Pegou-me de surpresa.
— Nunca faria nada que não quisesse fazer, Andrew .
E enquanto lhe dizia, sentia que não estava de todo convencida,
porque nestes momentos certamente faria algo pelo homem que estava
sentado ao meu lado. Mas minhas palavras funcionaram e Andrew  se
acalmou.
Encarou-me um instante com cautela e logo, apesar de ser tão alto,
moveu-se com elegância até a porta do helicóptero e a abriu. Pulou, esperou-
me e agarrou minha mão para me ajudar a descer à pista. No terraço do
edifício havia muito vento e me punha nervosa o fato de estar em um espaço
aberto a uns trinta andares de altura. Andrew passou o braço pela minha
cintura e me puxou firmemente contra ele.
— Vamos. — Gritou-me por cima do ruído do vento.
Arrastou-me até um elevador, digitou um número em um painel, e a
porta se abriu. No elevador, completamente revestido de espelhos, fazia
calor. Podia ver Andrew em quantidade, para onde quer que eu olhasse, e a
coisa boa era que ele também podia ver várias de mim. Digitou outro código,
e as portas se fecharam e o elevador começou a descer.
Em poucos momentos estávamos em um vestíbulo totalmente
branco. No meio havia uma mesa redonda de madeira escura com um
enorme buquê de flores brancas. As paredes estavam cheias de quadros.
Abriu uma porta dupla, e o branco se prolongou por um amplo corredor que
nos levou até a entrada de uma sala palaciana. É o salão principal, de teto
muito alto. Qualificá-lo de "enorme" seria pouco. A parede do fundo era de
cristal e dava em uma sacada com uma magnífica vista da cidade.
À direita havia um imponente sofá em forma de “U” que permitiam
sentar-se comodamente dez pessoas. Frente a ele, uma lareira ultramoderna
de aço inoxidável... ou, possivelmente, de platina. O fogo aceso iluminava
brandamente. À esquerda, junto à entrada, estava a área da cozinha. Toda
branca, com as bancadas de madeira escura e um bar em que podiam
sentar-se seis pessoas.
Junto à área da cozinha, em frente à parede de cristal, havia uma
mesa de jantar rodeada de dezesseis cadeiras. E no fundo havia um enorme
piano negro e resplandecente. Claro... certamente também tocava piano. Em
todas as paredes havia quadros de todo tipo e tamanho. Em realidade, o
apartamento parecia mais uma galeria que uma moradia.
— Dê-me a jaqueta? — Andrew  perguntou-me.
Nego com a cabeça. Ainda estava com frio da pista do helicóptero.
— Quer tomar uma taça? — Perguntou-me.
Pisquei. Depois do que se passou ontem? Está de brincadeira ou o
que? Por um segundo pensei em lhe pedir uma marguerita, mas não me
atrevi.— Eu tomarei uma taça de vinho branco. Você quer uma?
— Sim, obrigada. — Murmurei.
Sentia-me incômoda neste enorme salão. Aproximei-me da parede de
cristal e me dei conta de que a parte inferior do painel se abria a sacada em
forma de acordeão. Abaixo se via Seattle, iluminada e animada. Volto para a
área da cozinha, demorei uns segundos, porque estava muito longe da
parede de cristal, onde Andrew abria um vinho. Retirou sua jaqueta.
— Acha que está bem um Pouily Fumei?
— Não tenho a menor ideia sobre vinhos, Andrew. Estou certa de
que será perfeito.
Falei em voz baixa e entrecortada. Meu coração batia muito depressa.
Queria sair correndo. Isto era luxo de verdade, de uma riqueza exagerada,
tipo Bill Gates.
O que estava fazendo aqui? Sabia muito bem o que estava fazendo
aqui, logrou meu subconsciente. Sim, quero ir para cama com Andrew Deluca .
— Toma. — Disse-me ao estender uma taça de vinho.
Até as taças são luxuosas, de cristais grossos e muito modernos.
Tomei um gole. O vinho era ligeiro, fresco e delicioso.
— Você está muito quieta, e nem mesmo está corada. A verdade é que
acredito que nunca te vi tão pálida, Meredith. — Murmurou. — Está com
fome?
Neguei com a cabeça. Não de comida.
— Que casa tão grande.
— Grande?
— Grande.
— É grande. — Admitiu com um olhar divertido.
Tomei outro gole do vinho.
— Sabe tocar? — Perguntei-lhe apontando para o piano.
— Sim.
— Bem?
— Sim.
— Claro, como não. Há algo que não faça bem?
— Sim... umas duas ou três coisas.
Tomou um gole de vinho sem tirar os olhos de cima de mim. Sinto
que seu olhar me seguia quando me virei e olhei o imenso salão. Mas não
deveria chamar-lhe "salão".
Não é um salão, a não ser uma declaração de princípios.
— Quer te sentar?
Concordei com a cabeça. Agarrou minha mão e me levou ao grande
sofá de cor nata. Enquanto me sentava, assaltava-me a ideia de que pareço
Tess Durbeyfield observando a nova casa do notário Alec d'Urbervile. A ideia
me fez sorrir.— O que te parece tão divertido?
Estava sentado ao meu lado, me olhando. Descansava a cabeça sobre
a mão direita e o cotovelo estava apoiado na parte de trás do sofá.
— Por que me deu de presente precisamente Tess, de D'Urberville? —
Perguntei-lhe.
Andrew  me olhou fixamente um momento. Acredito que lhe
surpreendeu minha pergunta.
— Bom, disse-me que gostava de Thomas Hardy.
— Só por isso?
Até eu sou consciente de que minha voz soava decepcionada. Apertou
os lábios.
— Pareceu-me apropriado. Eu poderia te empurrar para algum ideal
impossível, como Angel Clare, ou te corromper completamente, como Alec
d'Urbervile. — Murmurou.
Seus olhos brilharam impenetráveis e perigosos.
— Se apenas houver duas possibilidades, escolho a corrupção. —
sussurrei enquanto o encarava.
Meu subconsciente me observava assombrada. Andrew  ficou
boquiaberto.
— meredith, deixa de morder o lábio, por favor. Desconcentra-me.
Não sabe o que diz.
— Por isso estou aqui.
Franziu o cenho.
— Sim. Desculpa-me um momento?
Desapareceu por uma grande porta no outro extremo do salão. Voltou
em dois minutos com uns papéis nas mãos.
—Isto é um acordo de confidencialidade. — Encolheu os ombros e
pareceu ligeiramente incômodo. — Meu advogado insistiu.
Estendeu-me os papéis. Fiquei totalmente perplexa.
— Se escolher a segunda opção, a corrupção, terá que assiná-los.
— E se não quiser assinar nada?
— Então fica com os ideais de Angel Clare, bom, ao menos na maior
parte do livro.
— O que implica este acordo?
— Implica que não pode contar nada do que aconteça entre nós.
Nada a ninguém.
Observei-o sem dar crédito. Merda. Tem que ser ruim, ruim de
verdade, e agora tenho muita curiosidade por saber do que se trata.
— De acordo, assinarei.
Estendeu-me uma caneta.
— Nem sequer vai ler?
— Não.
Franziu o cenho.— Meredith, sempre deveria ler tudo o que assina. — Arremeteu.
— Andrew, o que não entende é que em nenhum caso falaria sobre
nós com ninguém. Nem sequer com Kate. Assim que dá no mesmo se
assinar um acordo ou não. Se for tão importante para ti ou para seu
advogado... que é óbvio que você falou de mim para ele, de acordo.
Assinarei.
Observou-me fixamente e assentiu muito sério.
— Boa observação, Srta.Grey.
Assinei as duas cópias com um grandiloquente gesto e lhe devolvi
uma. Dobrei a outra, enfiei-a na minha bolsa e tomei um comprido gole de
vinho. Parecia muito mais valente do que em realidade me sentia.
— Quer dizer com isso que vais fazer amor comigo esta noite,
Andrew ?
Maldita seja! Acabei de dizer isso? Abri ligeiramente a boca, mas em
seguida se recompus.
— Não, Meredith, não quer dizer isso. Em primeiro lugar, eu não
faço amor. Eu fodo... duro. Em segundo lugar, temos muito mais papelada
que arrumar. E em terceiro lugar, ainda não sabe do que se trata. Ainda
poderia sair correndo. Veem, quero te mostrar meu quarto de jogos.
Fiquei boquiaberta. Fodo duro! Minha mãe. Isso soa tão... quente.
Mas por que vamos ver um quarto de jogos? Estou perplexa.
— Quer jogar Xbox? — Perguntei-lhe.
Riu às gargalhadas.
— Não, meredith, nem Xbox, nem PlayStation. Venha.
Levantou-se e me estendeu a mão. Deixei que me levasse de volta
para o corredor. À direita das portas duplas, de onde viemos havia outra
porta que dava a uma escada.
Subimos ao andar de cima e viramos à direita. Retirou uma chave do
bolsinho, virou a fechadura de outra porta e respirou fundo.
— Pode partir em qualquer momento. O helicóptero está preparado
para te levar aonde queira. Pode passar a noite aqui e partir amanhã pela
manhã. O que disser, para mim, estará bem.
— Abre a maldita porta de uma vez, Andrew.
Abriu a porta e se afastou a um lado para que eu entrasse primeiro.
Voltei a olhá-lo. Queria saber o que havia ali dentro. Parei e entrei.
E senti como se ele tivesse me transportado ao século XVI, à época da
Inquisição espanhola.
Puta merda.O primeiro que notei foi o cheiro: couro, madeira e cera com um
ligeiro aroma de limão. É muito agradável, e a luz é tênue, sutil. Na realidade
não vejo de onde sai, de algum lugar junto ao teto e emite um resplendor
ambiental. As paredes e o teto eram de cor vinho escuro, o que dava à
espaçosa sala um efeito uterino e o chão era de madeira envernizada muito
velha. Na parede, de frente para a porta, havia um grande X de madeira, de
mogno muito brilhante, com argolas nos extremos para ficar seguro. Por
cima havia uma grande grade de ferro suspensa no teto, com no mínimo de
dois metros quadrados, da qual se penduravam todo o tipo de cordas e
algemas brilhantes. Perto da porta, dois grandes postes reluzentes e
ornados, como balaústres de um parapeito, porém maior, estavam
pendurados ao longo da parede como cortinas. Deles pendiam uma
impressionante coleção de varas, chicotes e curiosos instrumentos com
plumas.
Junto à porta havia um móvel de mogno maciço com gavetas muitas
estreitas, como se estivessem destinados a guardar amostras de um velho
museu. Por um instante me perguntei o que havia dentro. Quero saber? No
canto do fundo vejo um banco acolchoado de couro de cor vermelha, e junto
à parede, uma estante de madeira onde parecia guardar tacos de bilhar, mas
um observador atento descobriria que continha varas de diversos tamanhos
e grossura. No canto oposto havia uma sólida mesa de quase dois metros de
largura, de madeira brilhante com pernas talhadas e debaixo, dois
tamboretes combinando.
Mas o que dominava o quarto era uma cama. Era maior que as
camas de casal, com dossel de quatro postes talhados no estilo rococó.
Parecia de finais do século XIX. Debaixo do dossel via mais correntes e
algemas reluzentes. Não havia roupa de cama… apenas um colchão coberto
com um lençol vermelho e várias almofadas se seda vermelha em um
extremo.
A uns metros dos pés da cama havia um grande sofá Chesterfield,
colocado no meio da sala, de frente para a cama. Estranha distribuição…
isso de colocar um sofá de frente para a cama. E sorri comigo mesmo.
Parecia raro o sofá, quando na realidade era o móvel mais normal de toda a
sala. Levantei os olhos e observei o teto. Estava cheio de mosquetões, a
intervalos irregulares. Perguntei-me, por um segundo, para que serviam. Era
estranho, mas toda esta madeira, as paredes escuras, a tênue luz e o couro
vermelho, faziam com que o quarto parecesse doce e romântico… Eraqualquer coisa menos isso. Era o que Andrew entendia por doçura e
romantismo.
Girei e ele estava olhando-me fixamente, como supunha, com uma
expressão impenetrável. Avancei pela sala e me seguiu. As plumas tinham
me intrigado. Decidi tocá-las. Era como um pequeno gato de noves rabos,
porém mais grosso e com pequenas bolas de plástico nos extremos.
— É um chicote de tiras. — andrew disse em voz baixa e doce.
Um chicote de tiras... Nossa. Acredito que estou em estado de choque.
Meu subconsciente sumiu, ficou mudo ou simplesmente morreu. Estou
paralisada. Posso observar e assimilar, mas não articular o que sinto diante
de tudo isso, porque estou em estado de choque. Qual é a reação adequada
quando descobre que seu possível amante é um sádico ou um masoquista
total? Medo... sim... essa parece ser a sensação principal. Agora percebo.
Mas não dele. Não acredito que me machucaria. Bom, não sem meu
consentimento. Várias perguntas nublaram minha mente. Por quê? Como?
Quando? Com que frequência? Quem? Aproximei-me da cama e passei a
mão por um dos postes. Era muito grosso e o talhe era impressionante.
— Diga algo — Pediu Christian com um tom enganosamente doce.
— Faz com as pessoas ou fazem com você?
Franziu a boca, não sabia se divertido ou aliviado.
— Pessoas? —Piscou um par de vezes, como se estivesse pensando o
que responder. — Faço com mulheres que querem que o faça.
Não entendo.
— Se tem voluntárias dispostas a aceitá-lo, o que faço aqui?
— Porque quero fazê-lo com você, desejo.
— Oh.
Fiquei com a boca aberta. Por quê?
Fui para o outro canto do quarto, passei a mão pelo banco
acolchoado, até a cintura e deslizei os dedos pelo couro. Gosta de machucar
as mulheres. A ideia me deprimia.
— É um sádico?
— Sou um Amo.
Seus olhos cinza ficaram abrasadores, intensos.
— O que significa isso? — Perguntei com um sussurro.
— Significa que quero que se renda a mim, em tudo,
voluntariamente.
Olhei com o cenho franzido, tentando assimilar a ideia.
— Porque faria algo assim?
— Para satisfazer-me. — Murmurou inclinando a cabeça.
Vejo que esboçou o sorriso.
Satisfazer-me! Quer que o satisfaça! Acho que fiquei com a boca
aberta. Satisfazer Andrew Deluca. E nesse momento percebo que sim, que é
exatamente o que quero fazer. Quero que ele desfrute comigo. É uma
revelação.
— Digamos, em termos muito simples, que quero que queira me
satisfazer. — Disse em voz baixa, hipnótica.
—Como tenho que fazer?
Senti a boca seca. Queria que tivesse mais vinho. Certo, entendo o de
satisfazê-lo, mas o quarto de tortura isabelino me deixou desconcertada.
Quero saber a resposta?
— Tenho normas e quero que as aceite. São normas que te
beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas normas para
satisfazer-me, te recompensarei. Se não, te castigarei para que aprendas. —
Sussurra. Enquanto fala comigo, olho para a estante de varas.
— E em que momento entra em jogo tudo isso? — Pergunto
apontando com a mão ao redor do quarto.
— É parte do pacote de incentivos. Tanto da recompensa como do
castigo.
— Então desfrutará exercendo sua vontade sobre mim.
— Se trata de ganhar sua confiança e seu respeito para que me
permita exercer minha vontade sobre ti. Obterei um grande prazer, inclusive
uma grande alegria, caso você se submeta. Quanto mais se submeter, maior
será minha alegria. A equação é muito simples.
— Certo, e o que eu ganho de tudo isso?
Encolheu os ombros no que pareceu um gesto de desculpa.
—A mim. — Limitou-se a responder.
Deus meu… Christian me observava passar a mão pela vara.
— Anastásia, não tem maneira de saber o que pensa. — Murmurou
nervoso. – Vamos voltar para baixo, assim poderei me concentrar melhor.
Desconcentro-me muito contigo aqui.
Estendeu uma mão, mas não sabia se agora queria segurá-la.
Kate disse que era perigoso e tinha muita razão. Como ela sabia? Era
perigoso para minha saúde, porque sabia que iria dizer que sim. E uma
parte de mim quer gritar e sair correndo por este quarto e tudo o que
representa. Sinto-me muito desorientada.
— Não vou te machucar, Meredith.
Sabia que não estava mentindo. Segurei sua mão e saí com ele do
quarto.
— Quero mostrar algo, se por acaso aceitar.
Em lugar de descer as escadas, girou a direita do quarto de jogos
como ele o chamava e avançou pelo corredor. Passamos junto a várias portas
até chegarmos à última. Do outro lado havia um dormitório com uma cama
de casal. Tudo era branco… tudo: os móveis, as paredes, a roupa de cama.
Era limpa e fria, mas como uma vista preciosa de Seattle desde a janela de
crista— Este será seu quarto. Pode decorá-lo a seu gosto e ter aqui o que
quiser.
— Meu quarto? Espera que venha viver aqui? — Pergunto sem poder
dissimular meu tom horrorizado.
— Viver não. Apenas, digamos, de sexta à noite até a noite de
domingo. Temos que conversar sobre o tema e negociar. — Acrescentou em
voz baixa e duvidosa.
— Dormirei aqui?
— Sim.
— Não contigo.
—Não. Já disse. Eu não durmo com ninguém. Apenas contigo quando
se embebedou até perder o sentido. — Disse em tom de reprimenda.
Aperto meus lábios. Há algo que não se encaixa. O amável e
cuidadoso Andrew, que me resgata quando estou bêbada e me segura
amavelmente enquanto vômito e o monstro que tem um quarto especial
cheio de chicotes e algemas é o mesmo?
— Onde você dorme?
— Meu quarto está abaixo. Vamos, deve sentir fome.
— É estranho, mas acho que perdi a fome. — Murmurei sem vontade.
— Tem que comer Meredith. — Chamou minha atenção.
Segurou minha mão e voltamos para o andar de baixo.
De volta para o salão incrivelmente grande, me senti inquieta. Estou
à borda de um precipício e tenho que decidir se quero saltar ou não.
— Sou totalmente consciente de que estou indo por um caminho
escuro, meredith, e por isso quero de verdade que pense bem. Com certeza
tem coisas para perguntar-me. — Disse soltando minha mão e dirigindo-se
com passo tranquilo para a cozinha.
Eu tenho. Mas por onde começo?
— Assinou um acordo de confidencialidade, assim que pode
perguntar o que quiser e responderei.
Estou junto à bancada da cozinha e observo como abre a geladeira e
tira um prato de queijo com dois enormes cachos de uva brancas e
vermelhas. Deixa o prato sobre a mesa e começa a cortar o pão.
— Sente-se. — Disse apontando um banco junto à bancada.
Obedeço a sua ordem. Se vou aceitar, terei que me acostumar.
Percebo que se mostrou dominante desde que o conheci.
— Falou sobre os papéis.
— Sim.
— A que se refere?
— Bom, além do acordo de confidencialidade, há um contrato que
especifica o que faremos e o que não faremos. Tenho que saber quais são
seus limites, e você tem que saber quais são os meus. Trata-se de um
consenso, meredith.

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