— Isso é o que você realmente gosta? Eu, assim? — eu uso a manga
do roupão para enxugar meu nariz. Ele me olha com cautela.
— Bem, você é um fodido filho da puta.
— Mer — ele implora, chocado.
— Não se atreva a me chamar de Mer! Você precisa resolver essa
merda, Deluca ! — e com isso, eu me viro com firmeza, e saio da sala de jogos,
fechando a porta silenciosamente atrás de mim.
Eu aperto a maçaneta da porta atrás de mim e brevemente me
encosto contra a porta. Onde ir? Eu corro? Fico? Estou tão brava, lágrimas
correm pelo meu rosto, e eu as limpo com raiva. Eu só quero me enrolar.
Enrolar-me e me recuperar de alguma forma. Curar a minha fé abalada.
Como eu pude ter sido tão estúpida? Claro que isso dói.
Timidamente, eu esfrego o meu traseiro. Aah! Está ferido. Para onde
ir? Não o quarto dele. Meu quarto, ou o quarto que seria meu, não, é meu...
era meu. É por isso que ele queria que eu o mantivesse. Ele sabia que eu
precisaria de distância dele.
Eu me lancei rigidamente naquela direção, consciente de que
Andrew pode me seguir. Ainda está escuro no quarto, a madrugada apenas
um sussurro no horizonte. Eu subo desajeitadamente na cama, tomando
cuidado para não sentar no meu traseiro dolorido e sensível. Eu mantenho o
roupão, enrolando-o ao meu redor, e me enrolo em uma bola e realmente
deixo ir, soluçando duro em meu travesseiro.
No que eu estava pensando? Porque eu o deixei fazer aquilo comigo?
Eu queria a escuridão, para explorar o quão ruim ela poderia ser, mas é
muito escuro para mim. Eu não posso fazer isso. Sim, é isso o que ele quer,
é isso que o excita de verdade.
Isso sim é um despertar de verdade, e que jeito... E para ser justa
com ele, ele me avisou e avisou, uma e outra vez. Ele não é normal. Ele tem
necessidade que eu não posso cumprir. Percebo isso agora.
Eu não quero que ele me bata assim novamente, nunca mais. Eu
penso nas duas vezes que ele me bateu, e o quão suave ele foi comigo em
comparação a isso. Isso é o suficiente para ele? Eu soluço mais duro no
travesseiro. Eu vou perdê-lo. Ele não vai querer ficar comigo se eu não posso
dar isso a ele.
Porque, porque, porque eu me apaixonei pelas Cinquenta Sombras?
Por que? Porque eu não posso amar o José, ou Paul, ou Clayton, ou alguém
como eu?
Oh, seu olhar desesperado quando eu saí. Eu fui tão cruel, estava tão
chocada com a selvageria... ele vai me perdoar... eu vou perdoá-lo? Meus
pensamentos estão todos descontrolados e desordenados, ecoando e
quicando no interior do meu crânio. Meu subconsciente está balançando a
cabeça tristemente, e minha deusa interior não está em nenhum lugar para
ser vista.Oh, essa é uma manhã escura da alma para mim. Estou tão sozinha.
Eu quero a minha mãe. Eu me lembro das suas palavras de despedida no
aeroporto, Siga o seu coração, querida, e por favor, por favor, tente não pensar
demais sobre as coisas. Relaxe e aproveite. Você é tão jovem querida, você
tem tanto para experimentar, apenas deixe acontecer.
Você merece o melhor de tudo.
Eu realmente segui meu coração, e eu tenho uma bunda dolorida e
um espírito angustiado e quebrado para mostrar. Eu tenho que ir. É isso...
eu tenho que ir embora. Ele não é bom para mim, e eu não sou boa para ele.
Como nós podemos possivelmente fazer isso funcionar? E o
pensamento de não vê-lo novamente praticamente me sufoca... meu
Cinquenta Sombras.
Eu ouço a porta abrir. Oh no – ele está aqui. Ele coloca alguma coisa
no criado mudo, e a cama muda embaixo do seu peso quando ele sobe atrás
de mim.
— Silêncio, — ele respira, e eu quero me afastar dele, me mover para
o outro lado da cama, mas eu estou paralisada. Eu não posso me mover e
me deito rigidamente, não cedendo nem um pouco.
— Não brigue comigo, Mer , por favor, — ele sussurra. Gentilmente,
ele me puxa para seus braços, enterrando o nariz no meu cabelo, beijando
meu pescoço.
— Não me odeie, — ele respira suavemente contra a minha pele, sua
voz dolorosamente triste. Meu coração aperta de novo e libera uma nova
onda de choro e soluços silenciosos.
Ele continua me beijando suavemente, com ternura, mas eu
permaneço distante e desconfiada.
Ficamos deitados juntos assim, sem diz qualquer coisa por muito
tempo. Ele apenas me segura, e muito gradativamente, eu relaxo e paro de
chorar. O amanhecer vai e vem, e a luz suave fica mais brilhante conforme a
manhã se move, e ainda nós deitamos quietamente.
— Eu trouxe para você um pouco de Advil e creme de arnica, — ele
diz depois de muito tempo.
Eu me viro muito lentamente em seus braços então eu posso encará-
lo. Estou descansando minha cabeça em seu braço. Seus olhos estão um
cinza de pedra e protegidos.
Eu olho para seu rosto lindo. Ele não está mostrando nada, mas ele
mantêm seus olhos nos meus, mal piscando. Oh, ele é tão incrivelmente
lindo. Em tão pouco tempo, ele se tornou tão, tão querido para mim.
Esticando minha mão, eu acaricio sua bochecha e corro a ponta dos dedos
por sua barba. Ele fecha os olhos e exala levemente.
— Desculpe, — eu sussurro.
Ele abre os olhos e me olha intrigado.
— Pelo o que?— Pelo o que eu disse.
— Você não me disse nada que eu não soubesse. — E seus olhos
suavizam com alívio. — Desculpe-me, eu machuquei você.
Eu dou os ombro.
— Eu pedi por isso. — E agora eu sei. Eu engulo. Aqui vai. Eu preciso
dizer o que sinto. — Eu não acho que posso ser tudo o que você quer que eu
seja, — eu sussurro. Seus olhos se arregalam um pouco, e ele pisca, sua
expressão temerosa retornando.
— Você é tudo o que eu quero que seja.
O que?
— Eu não entendo. Eu não sou obediente, e você pode estar certo
como o inferno que eu não vou deixar você fazer aquilo comigo de novo. E é
isso o que você precisa, você me disse.
Ele fecha os olhos novamente, e eu posso ver uma infinidade de
emoções cruzar seu rosto. Quando ele os reabre, sua expressão está
desolada.
Oh não.
— Você está certa. Eu deveria deixar você ir. Eu não sou bom para
você.
Meu couro cabeludo se arrepia quando cada fio de cabelo em meu
corpo está atento, e meu mundo desaba, deixando um amplo abismo aberto
para eu cair dentro.
Oh no.
— Eu não quero ir, — eu sussurro. Foda-se, é isso. Pagar ou jogar. As
lágrimas nadam em meus olhos mais uma vez.
— Eu não quero você vá também, — ele sussurra, sua voz crua. Ele
estica a mão e gentilmente acaricia meu rosto e enxuga uma lágrima caindo
com o polegar.
— Eu vim para a vida desde que conheci você. — Seu polegar traça o
contorno do meu lábio inferior.
— Eu também, — eu sussurro, — Eu me apaixonei por você,
Andrew .
Seus olhos arregalam novamente, mas dessa vez, com medo puro e
indissolúvel.
— Não, — ele respira como se eu o tivesse socado e tivesse deixado-o
sem ar.
Oh não.
— Você não pode me amar, Mer . Não... isso é errado. — Ele está
horrorizado.
— Errado? Porque é errado?
— Bem, olhe para você. Eu não posso fazê-la feliz. — Sua voz está
angustiada.
— Mas você me faz feliz. — Eu franzo a testa.— -Não nesse momento, não fazendo o que eu quero fazer.
Puta merda. É realmente isso. Isso é o que ferve para baixo,
incompatibilidade, e todas aquelas pobres legendas veem a mente.
— Nós nunca conseguiremos superar isso, não é? — eu sussurro,
meu couro cabeludo pinicando com medo.
Ele balança a cabeça tristemente. Eu fecho os olhos. Não suporto
olhar para ele.
— Bem... é melhor eu ir, então, — eu murmuro, estremecendo
quando me sento.
— Não, não vá. — Ele soa em pânico.
— Não há nenhuma razão para eu ficar. — De repente, eu me sinto
cansada, realmente muito cansada, e eu quero ir agora. Eu saio da cama, e
Andrew me segue.
— Eu vou me vestir. Gostaria de um pouco de privacidade, — eu
digo, minha voz plana e vazia enquanto o deixo em pé no quarto.
Dirigindo-me para o andar de baixo, eu olho para a sala grande,
pensando em como apenas algumas horas antes eu tinha descansado minha
cabeça no ombro dele enquanto ele tocava o piano. Tanta coisa tinha
acontecido desde então.
Eu tive meus olhos abertos e vislumbrei a extensão da sua
depravação, e agora eu sei que ele não é capaz de amar, de dar e receber
amor. Meus piores medos tinham sido realizados. E estranhamente, é muito
libertador.
A dor é tanta que eu recuso tomar conhecimento disso. Eu me sinto
entorpecida. Eu de alguma forma escapei do meu corpo e sou agora uma
observadora casual do desenrolar dessa tragédia. Eu me banho rápida e
metodicamente, pensando somente em cada segundo na minha frente. Agora
aperte o frasco para lavar o corpo. Coloque o frasco de volta na prateleira.
Esfregue a bucha no rosto, no corpo... indo, todas as ações simples e
metódicas, exigindo simples pensamentos mecânicos.
Eu termino meu banho, e como eu não lavei meu cabelo, eu posso me
secar rapidamente. Eu me visto no banheiro, tirando o jeans e camiseta da
minha mala pequena. Minha calça jeans irrita meu traseiro, mas
francamente, é uma dor que eu dou boas-vindas como distrai minha mente
do que está acontecendo com o meu estilhaçado e quebrado coração.
Eu me curvo para fechar a mala, e a sacola contendo o presente para
Andrew me chama a atenção, um kit de modelagem de Blahnik L23
planador, algo para ele construir. As lágrimas ameaçam. Oh não... tempos
mais felizes, quando havia esperança de mais. Eu a tiro da bolsa, sabendo
que eu preciso dar isso a ele.
Rapidamente, um rasgo um pedaço de papel do meu caderno,
rabiscando apressadamente uma nota para ele, e a deixo no topo da caixa.Lembrança de um tempo feliz.
Obrigada.
Mer
Eu me olho no espelho. Um assombrado fantasma pálido me olha de
volta. Eu escovo meu cabelo em um rabo de cavalo e ignoro como as minhas
pálpebras estão inchadas de chorar. Meu subconsciente concorda em
aprovação. Mesmo ela sabe que não deve ser sarcástica agora. Eu não posso
acreditar que meu mundo está desmoronando ao meu redor em uma pilha
de cinzas estéreis, todas as minhas esperanças e sonhos cruelmente
frustradas. Não, não pense sobre isso. Não agora, não ainda. Respirando
fundo, eu pego minha bolsa, e depois de colocar o kit planador e minha nota
em seu travesseiro, eu me dirijo para a grande sala.
Andrew está no telefone. Ele está vestido com calças pretas e
camiseta. Seus pés descalços.
— Ele disse o que! — ele grita, me fazendo pular. — Bem, ele poderia
ter nos dito a porra da verdade. Qual é o número dele, eu preciso ligar para
ele... caralho, isso está realmente fodido. — Ele olha para cima e não tira
seus olhos escuros e taciturnos de mim. — Encontre-a, — ele estala e
pressiona o telefone.
Eu ando até o sofá e pego minha mochila, fazendo o meu melhor para
ignorá-lo. Eu tiro o Mac para fora e ando de volta em direção a cozinha,
colocando-o cuidadosamente na mesa do bar, junto com o BlackBerry e a
chave do carro. Quando eu me viro para encará-lo, ele está me olhando,
estupefato, com horror.
— Eu preciso do dinheiro que Taylor deu pelo meu fusca. — Minha
voz está clara e calma, desprovida de emoção... extraordinário.
— Mer , eu não quero essas coisas, elas são suas, — ele diz incrédulo.
—Por favor, leve-as.
— Não Andrew , eu só as aceitei sob resignação, e eu não as quero
mais.
— Mer , seja razoável, — ele me censura, mesmo agora.
— Eu não quero nada que me lembre de você. Eu só preciso do
dinheiro que Taylor deu pelo meu carro. — Minha voz está muito monótona.
Ele suspira.
— Você esta realmente tentando me ferir?
— Não. — Eu franzo a testa olhando para ele. Claro que não... eu
amo você. — Eu não estou. Estou tentando me proteger, — eu sussurro.
Porque você não me quer da forma que eu quero você.
— Por favor, Mer , leve essas coisas.
— Andrew , eu não quero brigar, eu só preciso do dinheiro.
Ele aperta os olhos, mas eu não estou mais intimidada por ele. Bem,
só um pouco. Eu olho impassivelmente de volta, sem piscar ou recuar.— Você vai levar um cheque? — ele diz acidamente.
— Sim. Eu acho está bom.
Ele não sorri, ele só se vira e anda em direção a sua sala de estudos.
Eu dou uma última olhada prolongada ao redor de seu apartamento, para as
artes nas paredes, todas abstratas, serenas, legais... frias, mesmo.
Encaixadas, eu penso distraidamente. Meus olhos desviam para o piano.
Caramba, se eu tivesse mantido a minha boca fechada, nós teríamos
feito amor no piano. Não, fodido, nós teríamos fodido no piano.
Bem, eu teria feito amor. O pensamento fica pesado e triste em
minha mente. Ele nunca fez amor comigo, fez? Sempre foi uma foda para ele.
Andrew retorna e me entrega um envelope.
— Taylor pagou um bom preço. É um carro clássico. Você pode
perguntar para ele. Ele levará você para casa.
Ele acena na direção sobre meu ombro. Eu me viro, e Taylor está
parado na porta, vestindo seu terno, tão impecável como sempre.
— Está tudo bem, eu posso ir sozinha para casa, obrigada.
Eu me viro para olhar para Andrew , e eu vejo a fúria mal contida
em seus olhos.
— Você vai me desafiar a cada momento?
— Porque mudar um hábito de uma vida? — me desculpo com um
pequeno encolher de ombros.
Ele fecha seus olhos com frustração e corre a mão pelo cabelo.
— Por favor, Mer , deixe Taylor levar você para casa.
— Eu vou pegar o carro, Senhorita grey, — Taylor anuncia
autoritariamente. Andrew acena para ele, e quando eu olho ao redor,
Taylor tinha ido.
Eu me viro de volta para encarar Andrew . Nós estamos a quatro
metros de distância. Ele dá um passo para frente, e instintivamente eu dou
um passo para trás. Ele para, e a angústia em sua expressão é palpável,
seus olhos verdes , queimando.
— Eu não quero que você vá, — ele murmura, sua voz cheia de
saudade.
— Eu não posso ficar. Eu sei o que quero e você não pode me dar
isso, e eu não posso dar a você o que você precisa.
Ele dá um outro passo a frente, e eu levanto minhas mãos.
— Não, por favor. — Eu recuo dele. De jeito nenhum eu posso tolerar
seu toque agora, me mataria.
— Eu não posso fazer isso.
Agarrando a minha mala e minha mochila, eu me dirijo para o
corredor de entrada. Ele me segue, mantendo uma distância cautelosa. Ele
pressiona o botão do elevador, e a porta abre. Eu entro.
— Adeus, Andrew — eu murmuro.— Mer , adeus, — ele diz suavemente, e ele parece completamente,
totalmente quebrado, um homem em uma dor agonizante, refletindo como
eu me sinto por dentro. Eu desvio o meu olhar para longe dele antes que eu
mude de ideia e tente confortá-lo.
As portas do elevador fecham, e me leva rapidamente para o térreo e
para o meu inferno pessoal.
Taylor segura à porta aberta para mim, e eu entro no banco traseiro
do carro. Eu evito contato visual. Constrangimento e vergonha me lavam. Eu
sou um completo fracasso. Eu tinha a esperança de arrastar meu Cinquenta
Sombras para a luz, mas provou ser uma tarefa além das minhas pobres
habilidades. Desesperadamente, eu tento manter as emoções depositadas
em um compartimento. Quando no dirigimos em direção a 4th Avenida, eu
olho fixamente para fora da janela, e a enormidade do que eu tinha feito
lentamente me lava. Merda, eu o deixei. O único homem que eu amei. O
único homem com quem eu já dormi.
Eu suspiro e as barragens estouram. As lágrimas escorrem
espontaneamente e indesejáveis pelas minhas bochechas, e eu as enxugo
apressadamente com meus dedos, lutando com a minha mala pelos meus
óculos de sol. Quando nós paramos em algum semáforo, Taylor segura um
lenço de linho para mim. Ele não diz nada e não olha na minha direção, e eu
tomo isso com gratidão.
— Obrigada, — eu resmungo, e esse pequeno ato discreto de bondade
é a minha ruína. Eu sento de volta no assento luxuoso de couro e choro.
O apartamento está dolorosamente vazio e desconhecido. Eu não vivi
aqui por tempo suficiente para me sentir como em casa. Eu me dirijo
diretamente para meu quarto, e lá, pendurado frouxamente no final da
minha cama, está um balão de helicóptero muito triste e murcho. Charlie
Tango, parecendo e sentindo exatamente como eu. Eu o agarro com raiva e
tiro da minha cama, tirando a gravata e abrançando-o. Oh, o que eu fiz?
Eu caio na minha cama, de sapato e tudo, e uivo. A dor é
indescritível... física, mental... metafísica... está por toda parte, penetrando
na medula óssea. Luto.
Isso é luto, e eu o trouxe para mim. Bem no fundo, um pensamento
desagradável e sem ser solicitado vem da minha deusa interior, seu lábio
enrolado com um rosnado... a dor física da mordida de um cinto não é nada,
nada comparado com essa devastação. Eu me enrolo, desesperadamente
agarrando o balão de alumínio e o lenço de Taylor, e me entrego a minha
dor.Vou ali maratonar uma série bye gente
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onde tudo começa
Fiksi PenggemarFiz uma fic no começo do ano mais perdi a conta e aqui estou eu para reposta ela por ameaça nos grupo pois bem, né . . FIC e baseada nos 50 tons de cinza mais adaptada para conta merluca espero que gostem