Meu coração está disparado. O elevador chega ao andar térreo, e eu
desço assim que as portas se abrem, tropeçando mais uma vez, mas
felizmente não caindo de bruços no chão de arenito imaculado. Eu corro
para as largas portas de vidro, e por fim estou livre no tonificante, limpo, ar
úmido de Seattle. Levantando meu rosto, eu dou boas-vindas à fresca chuva
refrescante. Eu fecho meus olhos e tomo uma profunda e purificante
respiração, tentando recuperar o que resta de meu equilíbrio.
Nenhum homem jamais me afetou desse modo como Andrew deluca o
fez, e eu não posso entender o porquê.
É sua aparência? Sua civilidade? Sua Riqueza? Seu Poder? Eu não
entendo minha reação irracional.
Eu dou um suspiro enorme de alívio. O que em nome dos céus foi tudo
aquilo? Eu me inclino contra uma das colunas de aço do edifício, e
valentemente tento me acalmar e juntar meus pensamentos. Eu agito minha
cabeça. Puta merda, o que foi aquilo? Meu coração estabiliza, voltando ao seu
ritmo regular, e eu posso respirar normalmente de novo. Eu me dirijo ao
meu carro.
Quando eu deixo os limites da cidade para trás, eu começo a me sentir
tola e envergonhada, quando eu reproduzo a entrevista em minha mente.
Certamente, eu estou reagindo a algo que está em minha imaginação. Certo,
então ele é muito atraente, confiante, autoritário, à vontade consigo mesmo,
mas por outro lado, ele é arrogante, e por todos os seus modos impecáveis,
ele é ditador e frio. Bem, pelo menos a primeira vista.
Um arrepio involuntário percorre minha espinha. Ele pode ser
arrogante, entretanto ele tem o direito de ser, ele conseguiu tanto em umaidade tão jovem. Ele não suporta os imbecis, mas por que ele deveria?
Novamente, eu estou irritada por Kate não me dar uma breve biografia dele.
Enquanto cruzo ao longo da I-5, minha mente continua a vagar. Eu
estou perplexa por existir gente tão empenhada em triunfar. Algumas de
suas respostas eram tão enigmáticas, como se ele tivesse uma agenda
oculta. As perguntas de Kate... ufa! A adoção e a pergunta se ele é gay! Eu
estremeço. Eu não posso acreditar que eu disse aquilo. Que o chão, me
engula agora! Toda vez que eu pensar sobre esta pergunta no futuro, eu vou
ficar corada de vergonha. Maldita Katherine Kavanagh!
Eu verifico o velocímetro. Eu estou dirigindo mais cautelosamente do
que eu estaria em qualquer outra ocasião. E eu sei que é a lembrança de
dois olhos cinza penetrantes olhando para mim, e uma voz dura dizendo-me
para dirigir cuidadosamente. Agitando minha cabeça, eu percebo que deluca
está mais para um homem com o dobro de sua idade.
Esqueça isto, Meredith , eu ralho comigo mesmo. Eu chego à conclusão que
isto foi uma experiência muito interessante, mas eu não deveria insistir
nisto. Deixe isto para trás. Eu nunca vou vê-lo novamente. Eu fico
imediatamente alegre pelo pensamento. Eu ligo o play do MP3 e giro o
volume bem alto, me encosto, e ouço o estrondoso rock alternativo quando
eu pressiono o acelerador.
Quando eu atinjo a I-58, eu percebo que eu posso dirigir tão rápido
quanto eu quero.
Nós vivemos em uma pequena comunidade de apartamentos dúplex
em Vancouver, Washington, perto do campus de Vancouver da WSU. Eu
tenho sorte dos pais de Kate terem comprado um lugar para ela, e eu pago
amendoins pelo aluguel. É Isto já faz uns quatro anos. Quando eu desligo o
carro, eu sei que a Kate vai querer que eu conte tim-tim por tim-tim da
entrevista, ela é tenaz. Bem, pelo menos ela tem o mini gravador. Espero que
eu não tenha que elaborar muito além do que foi dito durante a entrevista.
— mer! Você voltou. — Kate está sentada em nossa sala de estar,
cercada por livros. Ela está claramente estudando para as provas finais,
entretanto ela ainda está de pijamas de flanela rosa, decorado com
coelhinhos fofinhos, aqueles que ela reserva quando acaba com um namoro,
quando está doente, e quando está deprimida em geral. Ela pula em cima de
mim e me abraça apertado.
— Eu estava começando a me preocupar. Eu esperava que você
voltasse mais cedo.
— Oh, eu acho que compensei o tempo considerando que a entrevista
funcionou. — Eu aceno com o mini gravador para ela.
— mer, muito obrigada por fazer isto. Eu fico te devendo, eu sei. Como
foi? Como ele era? — Oh não, lá vamos nós, com a Inquisição de Katherine
Kavanagh.
Eu luto para responder suas perguntas. O que eu posso dizer?
— Eu estou contente que terminei, e que eu não tenha que vê-lo
novamente. Ele era bastante intimidante, sabe. — Eu encolho os ombros. —
Ele é muito focado, intenso até, e jovem. Realmente jovem.
Kate olha com ingenuidade para mim. Eu franzo a testa para ela.
— Você, não se faça de inocente. Por que você não me deu uma
biografia? Ele me fez sentir como uma idiota por me restringir as perguntas
básicas. — Kate aperta uma mão em sua boca.
— Jesus, mer , eu sinto muito, eu não pensei.
Eu bufo.
— Na maior parte ele foi cortês, formal, ligeiramente sufocante, como
se tivesse envelhecido antes do tempo. Ele não conversa como um homem de
vinte e poucos anos. Que idade ele tem afinal?
— Vinte e sete. Jesus, mer, eu sinto muito. Eu devia ter informado
você, mas eu estava em pânico. Deixe-me pegar o mini gravador, e eu vou
começar a transcrever a entrevista.
— Você parece melhor. Você comeu sua sopa? — Eu pergunto, ansiosa
para mudar o assunto.
— Sim, e estava deliciosa como sempre. Eu estou me sentindo muito
melhor. — Ela sorri para mim em gratidão. Eu verifico meu relógio.
— Eu tenho que correr. Eu posso ainda fazer meu turno na Clayton.
— mer, você está exausta.
— Eu estarei bem. Eu vejo você mais tarde.
Eu trabalho na Clayton desde que eu comecei na universidade. É a
maior loja de ferragens de Portland, e durante os quatro anos em que eu
trabalho aqui, eu conheci um pouco sobre quase tudo que vendemos,
embora ironicamente, eu sou um desastre em trabalhos manuais. Eu deixo
tudo isso para meu pai.
Eu sou muito mais o tipo de garota que se enrosca com um livro em uma
confortável cadeira junto à lareira. Eu estou contente que eu possa fazer
meu turno, pois isto me dá algo para me concentrar que não seja Andrew Deluca . Nós estamos ocupados, é o inicio da temporada de verão, e as pessoas
estão redecorando suas casas. A Sra. Clayton está contente por me ver.
—mer! Eu pensei que você não fosse vir hoje.
— Meu compromisso não demorou tanto tempo como eu pensei. Eu
terminei em algumas horas.
— Eu estou contente por ver você.
Ela me manda para o deposito para começar a reabastecer as
prateleiras, e eu logo fico absorvida na tarefa.
Quando eu chego em casa mais tarde, Katherine está com os fones de
ouvido, trabalhando em seu laptop.
Seu nariz está ainda rosa, mas ela está super envolvida no seu
trabalho, concentrada e digitando furiosamente. Eu estou exausta,
completamente drenada pela longa viagem, a entrevista cansativa, e por
permanecer de pé na Clayton. Eu afundo no sofá, pensando sobre a redação
que eu tenho que terminar e todos os estudos que eu não fiz hoje, porque eu
estava com… ele.
— Você tem um bom material aqui, mer. Você fez um bom trabalho.
Eu não posso acreditar que você não aproveitou a oferta dele para mostrar a você o lugar. Ele obviamente queria passar mais tempo com você.
Ela me lança um olhar fugaz e brincalhão.
Eu ruborizo, e minha frequência cardíaca inexplicavelmente acelera.
Estou certa que não foi isso. Ele só queria me mostrar o local, para que eu pudesse ver que ele é o senhor de tudo aquilo. Eu percebo que eu estou
mordendo meu lábio, e eu espero que Kate não note. Mas ela parece
absorvida em sua transcrição.
— Eu entendo o que você quer dizer sobre formal. Você tomou algumas
anotações? — Ela pergunta.
— Hum… não, eu não tomei.
— Tudo bem. Eu ainda posso fazer um artigo bom com isto. Pena que
não temos algumas fotos originais. Bonito aquele filho da puta, não é?
Eu ruborizo.
— Eu acho que sim. — Eu tento duramente soar desinteressada, e eu
acho que consegui.
— Oh vamos, mer, até você não pode ser imune a sua aparência. —
Ela arqueia uma sobrancelha perfeita para mim.
Merda! Sinto que minhas bochechas ardem. Assim eu a distraio
lisonjeando-a, sempre é um bom truque.
— Você provavelmente teria conseguido muito mais dele.
— Eu duvido, mer . Ora... ele praticamente te ofereceu um emprego.
Mesmo depois daquela pergunta que impus para você fazer, você foi muito
bem. — Ela olha para mim especulativamente. Eu faço uma retirada
apressada para a cozinha.
— Então o que você realmente pensou sobre ele? — Maldição, ela é
curiosa. Por que ela não pode simplesmente deixar isto passar? Pense sobre
algo, rápido.
— Ele é muito mandão, controlador, arrogante, realmente assustador,
mas muito carismático. Eu posso entender o fascínio, — eu digo
sinceramente, com a esperança que ela encerre este assunto uma vez por
todas.
— Você, fascinada por um homem? Está é a primeira vez, — ela bufa.
Eu começo a juntar os ingredientes de um sanduíche, assim ela não
pode ver meu rosto.
— Por que você quis saber se ele era gay? Alias, está foi uma pergunta
muito embaraçosa. Eu fiquei mortificada, e ele ficou puto ao ser questionado
também. — Eu franzo a testa com a memória.
— Sempre que ele está nas páginas da sociedade, ele nunca está
acompanhado.
— Foi vergonhoso. A coisa inteira foi constrangedora. Eu estou
contente que nunca mais tenha que por os olhos nele novamente.
— Oh, mer, não pode ter sido tão ruim. Eu penso que ele parece estar
bastante interessado em você.
Interessado em mim? Agora Kate está sendo ridícula.
— Você gostaria de um sanduíche?
— Por favor.
Não conversamos mais sobre Andrew deluca aquela noite, para meu
alívio. Uma vez que nós comemos, eu posso me sentar à mesa de jantar com
Kate e, enquanto ela trabalha em seu artigo, eu trabalho em minha redação
sobre Tess de D 'Urbervilles.10 Maldição, esta mulher estava no lugar errado,
no tempo errado, no século errado. Quando eu termino, é meia-noite, e Kate
já tinha ido há muito tempo para a cama. Eu faço meu caminho para meu
quarto, exausta, mas contente que eu fiz tanto para uma segunda-feira.
Eu me enrolo em minha cama de ferro branco, embrulhando uma
colcha de minha mãe ao meu redor, fecho meus olhos e durmo
imediatamente. Naquela noite eu sonho com lugares escuros, sombrios pisos
brancos frios, e olhos verdes
Pelo resto da semana, eu me dedico em meus estudos e no meu
trabalho na Clayton. Kate está ocupada também, compilando sua última
edição de sua revista estudantil, antes dela ter que cedê-la para o novo
editor, ao mesmo tempo estudando para seus exames finais.
Na quarta-feira, ela está muito melhor, e eu não tenho mais que suportar a
visão de seus pijamas com rosa e coelhinhos. Eu telefono para minha mãe
na Geórgia para saber como ela está, mas também para que ela possa me
desejar sorte em meus exames finais. Ela começa a me contar sobre sua
mais nova aventura: está aprendendo a fazer vela. Minha mãe adora
aprender coisas novas. Basicamente, ela se entedia e busca coisas novas
para preencher seu tempo, mas é impossível ela manter a atenção durante
muito tempo em alguma coisa. A semana que vem será uma nova aventura.
Ela me preocupa. Eu espero que ela não hipoteque a casa para
financiar esta nova aventura. E eu espero que Bob, seu relativamente novo
marido, muito mais velho, esteja de olho nela agora que eu não estou mais
lá. Seu terceiro marido parecer ser um cara centrado.
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onde tudo começa
FanfictionFiz uma fic no começo do ano mais perdi a conta e aqui estou eu para reposta ela por ameaça nos grupo pois bem, né . . FIC e baseada nos 50 tons de cinza mais adaptada para conta merluca espero que gostem