"1,2,3 mulheres, todas às noites , pra que se amarrar ?" - era o que Ethan sempre dizia, e pensava.
Mas tudo na vida muda, principalmente quando uma mulher entra na jogada.
Mas não é qualquer mulher. Ela é de tirar o fôlego de qualquer homem, exib...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Antes..
— Isso querida, você está perfeita — ela disse passando as mãos em meus cabelos castanhos completamente arrumados — Deve ser sempre assim, nunca poderá mudar. Perfeita.
Não, eu não estava perfeita. Eu estava ridícula.
Aquelas roupas, aquele penteado. Não, estava tudo errado.
Germana me tratava como uma boneca, me arrumava demais. Sem cores vibrantes apenas preto ou branco, sem desenhos, nada do tipo. Apenas peças lisas. Cabelos presos, sem vida.
Eu tinha quatorze anos, eu amava cores fortes, cores vivas, amava cabelos de todo tipo de cores, de todo tipo de penteados. Mas eu não podia.
Mamãe odiava. E estava fazendo de tudo para eu também odiar.
— Hoje vi um vestido lindo na loja, poderia comprar pra mim ? Meu aniversário está chegando — peço outra vez, sempre tenho tentativas falhas, mas quem sabe dessa vez ela não mudaria de ideia ?
— Oh claro — disse animada, me fazendo se animar também — Preto ou branco ? — bateu palmas.
— Não mamãe — disse me levantando — Ele é rosa e tem vários desenhos, é lindo — disse animada.
Seu sorriso some e ela me olha seriamente.
— Quantas vezes terei que dizer que você não vestirá roupas desse tipo ? — esbravejou — São feias e tiram a beleza de qualquer mulher, espero que isso não se repita, senão ficará sem presentes pelo resto da vida — disse por fim.
— Eu gosto de cores, estou cansada de usar roupas feias, pessoas riem de mim. Eu pareço estar vivendo apenas em preto e branco, você está acabando com as cores de dentro de mim, e isso não pode acontecer. Eu não sou assim, não vou ser assim — disse com raiva.
— Ora Janette, não diga essas coisas, respeite sua mãe ! — ela grudou suas mãos em meus braços me balançando.
— Não ! — gritei de novo.
Sem eu menos esperar, sinto uma ardência em meu rosto. E rapidamente lágrimas imundam meus olhos.
— Irá ficar de castigo. Sem presentes — disse por fim.
Eu apenas era uma menina entrando para a adolescência, não tinha para onde ir, ou para quem correr. Aguentei as manias de minha mãe por mais alguns anos, até conseguir um trabalho, no qual ela supervisionava, como uma boa mãe problemática.
