É interessante, sabe, sobre como a tecnologia pode captar coisas que nós não vemos. Digo isso porque aconteceu uma coisa quando abri a seleção de filtros no Snap. Tipo, minha câmera frontal é muito ruim, não há nitidez, então eu uso um aplicativo específico para consertar esse problema.
Então, tirei a foto com um filtro de palhaço que eu inventei de baixar. Ficou um tanto borrado e pontos luminescentes marcavam certos lugares da selfie. Apaguei aquela e tirei outra foto que acabou saindo melhor que o esperado, o único problema a nitidez.
Se você usa o mesmo aplicativo que eu, sabe que a interface detecta rostos para focar e na foto só tinha a mim. No entanto, lá no cantinho havia algo dando alusão a um rosto deformado que olhava diretamente para a câmera e que foi detectado pela interface.
Tirei outra foto e lá estava novamente, aquele mesmo rosto ficava cada vez mais nítido à medida que eu usava o aplicativo. Chegou há um ponto que eu tive que me trancar no banheiro para respirar fundo. Eu conhecia aquele rosto mas ele não estava morto, não ainda.
Foi só no dia seguinte que eu recebi a notícia de que meu primo havia sido assassinado na cadeia. Ele deveria ter morrido no momento em que eu tirava aquela fotografia. O desgraçado não iria perder a oportunidade de me atormentar quando sabia que tinha sido eu a condená-lo.
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Que tal uma estrelinha ⭐?Srta. W
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Historietas Macabras: Para leitores que tem pressa | Vol. 01
Short StoryO ser humano é inegavelmente atraído por histórias que exprimam o horror desde os tempos imemoriais. Repassadas oralmente, elas colocam os filhos dos seus filhos para dormir, deixando subentendido o aviso de que o mal está sempre à espreita. Em "His...