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Três dias mais tarde

Desda cerimônia de Alfas não tenho saido da casa do Calleb. Nós arrumavamos tudo na alcateia e depois iamos a escola. O ano letivo estava quase terminando, o Calleb iria herdar a impresa dos pais, eles tinham uma impresa de veículos bem sucedida que até já estava se espalhando pelo mundo.

Eu iria trabalhar do lado do Calleb por que ao que parece aquilo é feito para ter dois chefes, ou seja o Alfa e a Luna.

Estava agora fazendo uma sandes de queijo e bacon, eu estava com muita fome. Calleb a essa hora deve estar acabando de assinar uns papéis que surgiram de última hora.

Dei uma mordida na minha sandes.

_Tão bom._sussurrei maravilhada com o sabor na minha boca. Estava tudo tranquilo, estava calma, não esperava que o enjoo viesse de repente. Corri para o banheiro botando o meu almoço todo para fora. _O que..

A minha mente começou a trabalhar, lembrando-me de varias coisas. Peguei a minha bolsa cheia de produtos higiênicos,  vasculhei-os, depois olhei a data no meu celular.

Merda, estou atrasada.

Corri para fora de casa esbarrando no meu sogro sem crer.

_Por que esta com tanta pressa?_ perguntou preocupado.

_Preciso de ir a uma farmácia urgentemente._ sussurrei.

_Quer que eu te leve lá?_ perguntou já sabendo que eu ainda não conhecia bem a alcateia. Eles tinham um mini hospital, farmacia e lojas deles.

Confirmei com a cabeça,  guiou-me até a Farmácia da alcateia que não era assim tão longe, ao chegar lá ele me seguiu observando as caixinhas de remédios que eu olhava. Assim que encontrei o que eu precisava peguei imediatamente três caixas.

_Você.._ o meu sogro sussurrou, olhei para ele abrindo um sorriso de lado observando o seu rosto surpreso.

_Talvez.. Não tenho a certeza._ saimos da loja comprimentando os poucos lobos que passavam por ali naquele horário,  estava na hora do jantar. _Sogrão, vamos manter esse segredo entre nós enquanto eu ainda não tiver certeza. Combinado?

Escondi os testes de gravidez na minha bolsa.

_Claro, ficarei muito feliz se você estiver mesmo.._ olhou a volta._ Grávida.  Eu quero netos, uns que pela primeira vez não gostem mais da minha mulher do que de mim._ ele riu.

_Por que diz isso?_ perguntei curiosa.

_Podemos dizer que o meu filho admira a Diana, ela é tipo a heroína dele, atrevo-me a dizer que gosta mais dela do que de mim._ deu de ombros, provavelmente já estava habituado a isso.

_Bom, eu espero que se eu estiver mesmo pranha_ ele fez careta com a palavra que utilisei._ que não haja diferenças de afeto entre pais e avós.

Chegamos a casa, ele foi para a cozinha, provavelmente foi ter com a Diana, minha sogra. Eu fui direto para o quarto, Calleb estava jogado sobre a cama, tinha os olhos fechados e estava de barriga virada para cima.

_Como correu o trabalho?_ perguntei aproximando-me dele.

_Entediante.. senti a sua falta._ ele esticou os braços para cima esperando que eu me deitasse em cima dele, pousei a minha bolsa no canto do quarto afastado dele para ele não mexer nela. Em seguida dirigi-me para a cama e deitei-me em cima dele sendo recebida por um abraço apertado e caloroso. _Onde esteve?

_Fui a farmácia com o seu pai._ sussurrei acomodando-me sobre ele. Ele abriu os olhos e olhou para mim esperando por uma justificação.

_Esta doente?_ colocou a mão sobre a minha testa, que estava um pouco quente devido a dor de cabeça que eu tinha. Eu estava muito sensível, era comum na minha familia ficar-mos mais fracos na gravidez, agora só faltava saber se eu estava mesmo gravida ou se apenas comi algo estragado e a minha menstruação esta realmente atrasada.

_Não é nada grave._ tirei a sua mão da minha testa, beijei a sua bochecha._ Vêm, o jantar já deve estar pronto. E se não estiver vamos ajudar a sua mãe no que ela precisar.

Descemos para baixo, ajuda-mos os seus pais a cozinhar, e esse pequeno tempo foi preenchido por risadas e pequenas brincadeiras. Era maravilhoso estar ali, sentia que tinha uma familia outra vez.

No dia seguinte

Como o meu noivo achava que eu estava doente, deixou-me dormir até um pouco mais tarde e foi trabalhar sozinho.

Assim que acordei fui logo no banheiro fazer os testes. Depois de os fazer fiquei andando pela casa a espera que o tempo passa-se para poder ir ver os resultados.

_Já esta tomando a medicação para a sua pequena doença?_ o meu sogro chamou a minha atenção. Ele estava encostado na parede da sala me observando andar as voltas desde a sala até o corredor.

_Sim, estou só a espera que o tempo passe.. acho que ja deve estar bom.. Não?_ perguntei nervosa.

_Pelo que eu vi, esta andando as voltas a seis minutos._ ele riu de mim. Subi as escadas correndo, ele seguiu-me ansioso para saber se seria avô ou não.  Peguei os três testes observando-os. Estavam todos positivos. Os meus olhos se encheram de lágrimas fui para o quarto onde ele me esperava perto da porta com as mãos nos bolsos da calça.

_Estou prenha.._ murmurei quase sem voz. Els abriu um grande sorriso e depois abraçou-me.

_Isso é ótimo. _ a sua mão foi aos meus cabelos e os bagunçou. _Agora só falta saber de quanto tempo.

_Tenho de comprar o teste que diz de quanto tempo estou._ murmurei enquanto arrumava o cabelo.

_Eu posso ir comprar, vai se juntar ao meu filho antes que ele desconfie de algo._ dito isso saiu do quarto.

Eu estou grávida.

Isso é tão bom.. estou quase explodindo de tanta felicidade, só falta uma coisa..o resto da familia.

Caminhei até a casa da minha prima e toquei a campainha. Ela abriu a porta calmamente.

_Cassandra._ sussurrou o meu nome.

_Podemos conversar?_ perguntei abrindo um sorriso de lado, não consegui-a parar de sorrir.

Ela confirmou com a cabeça.

A herdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora