A herdeira

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Dois dias depois

Já se passaram dois dias desde a minha discussão com o Caleb, ele não veio falar comigo para acabar com essa briga, ele simplesmente têm se concentrado no seu treinamento intenso para se yornar um Alfa.

Tenho de admitir que senti falta dos seus toques e beijos, da sua voz, o seu riso e do seu abraço tão confortável. Mas tinha um orgulho muito grande para ir atrás dele.

A Laura e o Jsmie estavam insuportaveis, sempre mandando bocas o tempo todo e me olhando com ódio. Estava cansada deles, estava cansada da droga da minha prima que me deixou de lado ppr causa de um garoto,  só por que eu discuti com o Caleb sobre a prima dele, ela agora ficou contra mim.

Eu.. sentia. Sentia o meu buraco negro cheio dos meus medos e receios, as minhas lembranças dolorosas.. sentia a minha frieza voltar aos poucos com mais força, sentia que tinha um Iceberg se formando em mim enquanto eu estava sozinha com os meus demônios.

Olhei para o meu celular vendo a data de hoje pela quarta vez, estava tão distraída com o Caleb e a minha recente discussão com ele que acabei por esquecer que goje fazia mais um ano de aniversário de morte dos meus pais.. do meu clã.

Levantei-me devagar, senti-a a dor no meu coração aumentar. Há quinze anos atrás o meu clã inteiro foi assasinado durante a noite.

Vesti umas calças jeans pretas com rasgões nos joelhos, um body preto de alcinha fininha e uma jaqueta de couro preta, umas botas de cano baixo também pretas e abri um portal para a minha dimensão, para a cidade do meu clã, normalmente eu teria de ir até o brasil para poder abrir o portal mas fiz um feitiço para ser permitido abrir o portal em qualquer sítio. 

Respirei fundo aquele ar fresco, já não cheirava a mofo. Fui até a minha casa, assim que entrei as memórias do passado encheram o meu corpo de raiva. Fui até o escritório do meu pai, agora meu escritório já que aquele era o escritório do líder do clã, e como o meu pai e mãe morreram, desde pequena que sou lider e que é meu. Mas o meu clã também morreu naquele trágico dia. Eu estava sozinha, não tinha ninguém que tinha sobrevivido no meu clã senão eu.

Sentei-me na cadeira e respirei fundo,   eu tinha de encontrar o desgraçado que fez isso, tenho de vingar a morte do meu clã, mesmo que isso custe a minha vida. Peguei vários livros procurando informações sobre o nosso portal.

Apenas dizia que só podia ser aberto o portal num beco qualquer no brasil, não importa em que cidade é que você esta,  você conseguiria abrilo. Também diz que somente alguém do sangue Hasthings pode abrir um portal.

O que significa que, ou o assasino entrou atrás de um de nós,  ou têm um traidor.

Comecei a procurar o livro de mortos do clã,  peguei num de capa vermelha o título era "Mitos antigos".

_Não. _ arrumei-o de volta no lugar, peguei outro de capa verde. _Linhagem dos líderes Hasthings? Parece interessante. _ coloquei-o sobre a mesa e em seguida continuri a procura. Demorou quase uma hora para finalmente o encontrar. _Clã Hasthings.

Abracei o livro de capa preta, era um livro mágico, assim que nascesse alguém do nosso clã ou morresse alguém, ele próprio escrevia sozinho as informações da pessoa, até a morada.

Caminhei até o cemitério, eu teria de verificar se as lapides estão aqui, por que se houve mesmo um traidor, ele não foi enterrado aqui cado tenha morrido, e pode ter tido descendentes.

Caleb Ribeiro

Dei um soco no saco de box que tinha na sala de treinamento da minha casa, era bom termos uma só nossa por causa que a minha mãe costumava quebrar tudo da sala de treinamento da alcatéia.

_Caleb?_ a minha mãe entrou na sala, ela vestia uma roupa desportiva. Para mim era normal ver a minha mãe que parecia ter a minha idade, mas para os outros wue não estavam habituados a isso, era estranho. _Posso me juntar a ti?

Confirmei com a cabeça,  como poderia dizer que não a minha própria mãe? 

Ela segurou o saco enquanto eu dava-lhe socos e chutes, levei uma rasteira que me fez cair no chão.

_Está distraído,  um bom Alfa têm de estar preparado para tudo, até para a própria mãe tentar te matar._ ela quase me pisou, rolei para longe dela. Ela é doida se acha que vou encarar a sua força absurda. _Sei que está chateado com a sua companheira, mas não se esqueça de que em breve será um Alfa, e terá uma alcateia inteira para cuidar.

Tentei lhe fazer uma rasteira mas foi em vão,  ela esquivou-se com facilidade.

_Eu sei mãe, é só que.. eu esperava que ela confiasse pelo menos um pouco em mim quando aceitou me dar uma chance, fiz de tudo por ela, o que falta mais?_ abracei os meus joelhos ficando vulnerável para ela. Sabia que os seus instintos de mãe atacariam e ela abaixaria a guarda. Não demorou muito para ela abaixar-se do meu lado, preocupada.

Rapidamente emburrei-a e a imoblizei.

_Acho que abaixou a guarda mamãe. _ ri dela que soltou um grunhido frustrada. Soltei-a e fui até um banco perto da porta onde tinha a minha garrafa de água. _Agora a sério,  eu não sei mais o aue fazer.

Sentei-me no banco, ela sentou-se do meu lado e passou uma mão no meu cabelo.