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Calleb Ribeiro

_Ela já esta fora de perigo Alfa._ o médico que há poucos minutos estava cuidando da minha mulher me assegurou. _Mas, vocês não poderão ter mais filhos, a Luna não aguentará uma segunda vez.

Falei mais um pouco com ele sobre a situação da Cassandra até ir finalmente ve-la. Os meus pais estavam com ela no quarto, observando-a no fundo da sala enquanto ela dormi-a.

Sentei-me na ponta da cama e segurei a sua mão com cuidado, olhei para a máquina que mostrava o seu ritmo cardíaco, era impossível escutar o seu coração com aquele barulho tão alto, mas ao menos consegui ver que os seus batimentos cardíacos estavam calmos.

Só de lembrar que nem a vinte minutos atrás aquela máquina mostrava os seus batimentos cardíacos demasiado lentos.. arrepia a minha pele de tanto medo que senti.

Quase perdi a minha mulher, tudo isso apenas no parto do nosso primeiro filho. Eu queria mais filhos, mas o mais importante é a vida dela, já temos um e não é preciso mais nenhum. Pelo que o medico me disse, um segundo seria mortal para ela e eu não aguentaria ficar sem ela.

Alguns minutos mais tarde uma enfermeira veio com o meu filho nos braços, ele não parava de chorar.

_Senhor, ele esta com fome mas a mãe dele.._ela falou baixo.

_A mãe dele é perfeitamente capaz de lhe dar de mamar._ escutei o som da voz da minha mulher, olhei para ela vendo os seus olhos abertos,  sentou-se com cuidado na cama.

_Você precisa descansar. _ avisei preocupado.

_Não, o que eu preciso é de cuidar do nosso filho._ ela estendeu os braços para a enfermeira que rapidamente aproximou-se e entregou o meu filho a Cassandra. _Ola meu amor._ falou com uma voz fininha, encantada com o rostinho fofinho do nosso filho.

_Acho que esta na hora de eu sair.._o meu pai rapidamente saiu da sala antes que a Cassandra se despisse para dar de mamar ao bebê. A minha mãe deu de ombros e seguiu o meu pai.

Algum tempo mais tarde

_Não acho que seja uma boa ideia Luna._o médico falou tentando impedir a minha companheira de se levantar. _Deve ficar enternada, ainda esta muito fraca.

_Eu quero me levantar e quero ver o meu filho._ ela resmungou mal humorada, tentou-se levantar caindo em seguida, segurei-a antes que o seu corpo toca-se com brutalidade no chão.

_Cassandra, você esta fraca, fique deitada, eu vou buscar o nosso filho mas você não pode sair dessa cama, ok?_ perguntei enquanto cobri-a as suas pernas. Ninguém sabe como ela acordou tão rapido, mas sabemos que ela ainda esta muito fraca oara se levantar e também extremamente mal humorada. Ela concordou com a cabeça em resposta para mim, sai da sala e dirigi-me até o meu pai que segurava o meu filho e falava com ele, todo babado. Pedi-lhe para continuar aquela conversa estranha de "Você não vai gostar mais da vovó do que do vovô, não é?" para mais tarde e peguei o meu filho no colo levando-o para o quarto onde a Cassandra descansava. Os seus olhos se cravaram imediatamente no bebê nos meus braços, vi-os se enchendo de lágrimas enquanto o olhava com um pequeno sorriso nos lábios.

Estendeu os braços esperando ansiosamente que eu lhe entregasse o nosso filho, assim que eu o poisei nos seus braços com cuidado ele começou a merxer as mãozinhas apalpando os seios da sua mãe. Ela abriu um sorriso maior.

Deixou-o mamar o quanto ele queria até ficar cheio e dormir, observei a minha mulher passar o seu dedo indicador sobre a bochecha do nosso filho delicadamente.

_Ele é tão bonito.. o meu bebé. _murmurou emocionada. Sentei-me do seu lado e abracei- a com um braço e com o outro pousei-o por de baixo do braço dela que segurava o nosso filho.

_Nosso bebé. _ corrigi. Ela concordou com a cabeça olhou para mim e beijou-me de vagar. Suspirei. _Normalmente amanhã você e o nosso filho já podem ir para casa.

_Como assim amanhã? Eu quero ir hoje, quero ir agora._ lançou-me um olhar mortal.

_Sally, você esta muito fraca, precisa de descansar antes de ir para casa._ acarinhei as suas costas numa tentativa falha de acalma-la.

_Eu posso descansar na minha casa._ falou um pouco mais alto. O nosso filho acordou com a nossa conversa um pouco alta demais, começou a chorar. Os meus pais entraram no quarto querendo ver a razão do meu filho chorar. _Oh meu amor, desculpa. A mamãe te acordou._ ela falou com uma voz fininha e abanou lentamente o nosso filho. Ele parou de chorar aos poucos, os seus olhos foram se abrindo, abri a boca surpreso ao ve-los vermelhos.

_Ele é um alfa, assim como a minha mãe. _ murmurei. A minha mãe arregalou os olhos levemente e aproximou-se para ver os olhos do seu neto. Eles eram muito vermelhos, quando um lobo nasce sendo um Alfa, significa que tem um grande destino pela frente. O meu filho vai ter que ser muito forte, da ultima vez que alguém nasceu assim, ou seja a minha mãe,  teve uma raça inteira para aniquilar.

Espero que não seja algo muito ruim para ele, não quero que o meu filho tenha um destino que lhe custe a vida.

Os seus olhos mudaram de cor para o violeta deixando a minha mulher muito satisfeita por ver outra pessoa sem ser ela mesma com os olhos daquela cor.

_Você meu amor, é um bebé muito especial._ Cassandra sussurrou com um sorriso nos lábios.

_E vai ser muito amado._ a minha mãe completou passando a mão na sua cabeça. _Meu querido Adrien.

A herdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora