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Calleb Ribeiro

A porta estava aberta, fiquei concentrado nos cheiros e nos sons daquela casa. Olhei para uma porta onde deveria ir dar as escadas, não cheira a nada. Como isso é possível?

Escutei o som de uma janela sendo aberta no andar de cima. Corri para dentro, subi as escadas e depois corri para o quarto onde ouvi a janela a ser aberta. Ele estava vazio. Fechei a janela novamente e depois procurei nos outros cômodos por alguém. Apaguei a Luz do quarto onde eu havia visto o ombro de alguém. Senti o cheiro da Cassandra no andar de baixo.

Mulher teimosa.

Desci as escadas, os seus olhos olharam-me com tanta esperança..

_Achou alguém? É do meu clã?_ o coração dela estava acelerado.

_Não encontrei ninguém e.. Não têm cheiro nenhum aqui, é como se ninguém estivesse aqui._ decidi que não lhe contaria sobre a janela sendo aberta. Nem eu entendi o que aconteceu aqui, não vou dar esperanças em vão para a minha companheira, ainda mais agora que esta grávida.

_Entendo.. talvez eu estivesse vendo coisas.._ela sussurrou decepcionada. Abracei-a de lado.

_Eu sei que esta triste por não haver mais ninguém do seu clã,  mas olhe pelo lado positivo, você esta carregando uma nova geração do seu clã. E se você quiser.. podemos ter mais filhos no futuro._ sussurrei a última parte perto do seu ouvido. Observei as suas bochechas corarem ligeiramente.

_Quantos filhos você quer ter?_ perguntou olhando-me com os olhos brilhando novamente.

_Quero ter três, dois meninos e uma menina._ respondi abrindo um sorriso e toquei na sua barriga.

_Bom, um menino você já têm, agora os outros dois, vou adorar te-los com você. _ ela abraçou o meu pescoço. _Eu também sempre quis ter três filhos, só que queria duas meninas e um menino, mas tudo bem, qualquer coisa a gente faz um quarto.

Ri.

_Vou amar todos os três, quatro ou cinco filhos que tivermos, e vou te encher de muito amor._ beijei a sua testa.

Mais tarde

_Qual será a senha?_ ela sussurrou para si mesma enquanto tentava alguns números aleatórios.

_Já pensou na data de noivado dos seus pais?_ perguntei, ela concordou com a cabeça. _O dia em que se conheceram?_ concordou novamente._ A sua data de aniversário ou deles?

_Já e até tentei a dos meus avós. _ ela resmungou.

_Talvez o dia em que soube sobre a gravidez da sua mãe? Eu colocaria essa data de tanta felicidade que eu teria._ sentei-me na cadeira do seu escritório.

Ela tocou em alguns números. Como ela sabe a data em que a sua mãe contou ao seu pai sobre a gravidez? Isso era incrível.  E eu tinha razão, o cofre foi aberto.

Tinha um livro, uma foto e um desenho dentro do cofre. O desenho parecia que uma criança o desenhou, eram alguns rabiscos mas pareciam uma pessoa. A fotógrafia era de um casal, a mulher segurava um bebê nos braços.

A Cassandra pegou na fotografia e no desenho, sentou-se no meu colo e encarou a foto.

_Estes são os meus pais.._ sussurrou num tom choroso, olhei para o seu rosto vendo o seu nariz vermelho e lágrimas nos seus olhos. _Essa foto deve ter cido tirada uns dias depois do keu nascimento.

Olhei para o bebê, era a coisa mais fofa do mundo, levei a minha mão até a sua barriga acarinhando-a.

_Pode chorar o quanto quiser meu amor._ sussurrei.

_O-o meu pai.. s-só guardava as coisas mais importantes nesse cofre.. e-ele guardou uma foto nossa e .. e.. um desenho que eu fiz para ele quando era criança. _ mostrou-me o desenho.

Doía-me tanto vê-la desse jeito.

Alguns minutos mais tarde ela estava secando as lágrimas num lenço de paoel que ela tinha dentro da gaveta. Parece que já arrumou tudo a sua maneira.

Aproximou-se do cofre e pegou o livro, ele tinha uma capa dura de veludo preta e com letras douradas e grandes escritas no meio da capa.

_Isso deve ter mais informações do meu clã que eu ainda não saiba._ sussurrou mais para si mesma do que para mim. Ela tentou abrir o livro, porém não conseguiu, tentei também abri-lo. Não dava, ele parecia uma rocha, não conseguia-mos abri-lo de maneira nenhuma. _Deve ter um feitiço de proteção..

Ela pegou em alguns livros.

_Cassandra, vamos embora, já esta tarde e você deve descansar, para alem de estar grávida teve um pequeno acidente._ lembrei-a do momento em que ela caiu no chão por causa de ter usado demasiada magia.

_Mas..

_Nada de mas, vêm. Você pode vir ca amanhã. _abracei a sua ciuntura e conduzi-a pelos corredores da dua casa até sairmos para a rua, em seguida foi só seguir no meio de todas aquelas casas abandonadas até poder chegar ao portal.

_Sabe que eu podia ter aberto um portal na minha casa certo?_ela levantou uma sobrancelha.

_Sei, mas tambem sei que isso te faz usar mais magia do que no portal por isso vamos para o portal._ respondi, beijei a sua cabeça e esperei que ela abrisse o portal, quando o fez eu passei por ele com ela nos meus braços. Observei a sua sala de estar do seu apartamento novo. _O que me diz sobre eu passar essa noite aqui com você? E não é para fazer coisas sujas, quero apenas cuidar de você e do nosso filho.

_Que pena, estava querendo te mostrar uma lanherie nova que tenho, bom então fica para outro dia._ ela olhou para mim com um olhar cheio de desejo e saiu andando sensualmente até o seu quarto.

_Você está grávida e de quase três meses! Isso na gravidez humana é quase oito meses ou sete e meio._ cruzei os braços tentando lutar contra a tentação.

_Sabe que isso não impede o ato sexual, não sabe? _ela parou a porta do seu quarto. _Isso é algo natural, não vai fazer mal nenhum ao bebê e muito menos aos pais que estão cheios de tesão. _ piscou o olho para mim e entrou no quarto.

Corri para dentro do quarto quando cheguei ela estava quase semi-nua, só faltava a sua blusa, observei o seu corpo, estava tão fofa com aquele barrigão.. ela abriu um sorriso provocador e olhou-me com desejo. Senti o meu corpo aquecer só de ter aquele olhar faminto sobre mim.

Agora eu pergunto-me, como me controlar perto dessa mulher?

A herdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora