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Respirei fundo algumas vezes até remover o feitiço que o impedia de me ver. Ele olhou para o meu rosto e depois passou o seu pulgar levemente no meu rosto secando as lágrimas que ainda deslizavam pelas minhas bochechas.

_Quer que eu te leve para casa?_perguntou num sussurro. Mordi o meu lábio inferior e neguei com a cabeça. Os seus olhos se prenderam nos meus labios, me senti como se fosse a sua pressa indefesa. Ele parecia realmente um predador com o seu olhar intenso sobre os meus labios.

_Quero ficar aqui.. só um pouquinho, pode ser?_perguntei num sussurro descendo o meu olhar para a sua boca entreaberta. Ele concordou com a cabeça lentamente, as suas mãos apertaram levemente a minha cintura, notei que a sua cabeça se aproximava da minha lentamente. _Eu só.. não quero ir tão cedo para casa..

O deseijo que eu ssntia dele estava cada vez mais forte e me deixava cada vez mais louca, o meu coração batia fortemente no meu peito, tão forte que acho que ele conseguia o escutar. Deslizei os meus braços até os seus ombros os segurando levemente, me aproximei um pouquinho dele.

Me lembrei da última vez que eu confiei num garoto, da última vez que eu entreguei o mej coração a alguém, esse alguém brincou com o meu coração, só por diversão.

O medo de me entregar a alguém novamente me consumiu, parei de me aproximar alguns centímetros antes de tocar nos seus lábios, eu não poderia continuar, até por que eu estava prestes a entregar-lhe o meu coração. Me afastei dele o que o fez soltar um grunhido em protesto.

Desviei o meu olhar dele, senti as suas mãos deslizarem até segurarem nas minhas, ele as levou na sua direção delicadamente, olhei para ele a tempo de vê-lo beijar os meus dedos carrinhosamente e me olhar com aquele seu olhar intenso.

Me surpreendi quando o seu braço abraçou a minha cintura e me puxou para mais perto de si, tão perto ao ponto de me fazer sentar no seu colo, senti algo duro tocar na minha perna, eu sabia o que era e isso estava me deixando louca. Levei as minhas mãos até o seu peito o apalpando os seus músculos.

Calleb parecia uma perigosa e deliciosa tentação nesse momento. Decidi apenas me guiar pelo deseijo e trancar o meu coração a sete chaves. Sentei-me dessa vez bem em cima da sua ereção e abracei o seu pescoço.

Os olhos de Calleb ficaram verdes, eles demonstravam um enorme deseijo e algo a mais que eu não conseguia identificar. Enconstei a ponta do meu nariz no seu maxilar e o esfreguei nele lentamente.

_Não me torture assim Cassandra._Calleb sussurrou. Ele levou uma mão até a minha nunca e puxou os meus cabelos de um jeito que não me machucou, então ele aproveitou para me beijar. Enrolei os meus dedos nos seus cabelos e os puxei mais para mim. Calleb abraçou a minha cintura e com um braço ele empurrou as minhas costas para fazer o meu corpo ficar contra o seu.

Provoquei-o um pouco ao colocar a minha lingua na sua boca e começar a movimentar-me devagar sobre ele. Ele soltou um gemido abafado pelo nosso beijo. O puxei um pouco mais para mim aumentando o ritmo do nosso beijo de lingua tão bom e envolvente.

_Calleb?_uma voz feminina e enjoativa chamou por ele, nos separamos lentamente, estavamos ambos ofegantes._Quem é ela Calleb?!_olhei na direção da voz, uma garota que aparentava ter 17 anos estava vindo na nossa direção com os olhos brilhando num tom verde florescente.

Me levantei lentamente, era obvio que isso aconteceria, Calleb não passava de mais um dos garotos idiotas que querem brincar com os meus sentimentos.

Encarei a garota com uma expressão indiferente no rosto, não seria uma pirralha que me intimidaria. Mas não mesmo.

_Helene? O que faz aqui?!_Calleb perguntou bravo, parecia estar tenso.

_O que ela faz aqui?!_ela gritou apontando o dedo na minha direção. Ela me olhou com aqueles olhos brilhando na cor verde.

Calleb me olhou com uma cara de assustado, sorri de lado, deixei os meus pensamentos escaparem por entre os meus lábios como sussurros.

"Você é igual aos outros"

_Ele é meu!_gritou a garota, ela não pareceu ter escutado os meus sussurros, mas pela cara que Calleb fez, tive a certeza de que ele me escutou com clareza.

_Eu não disse o contrário._dei de ombros, Calleb não tirava os olhos de mim. Notei que os pais de Calleb desciam as escadas e nos olhavam confusos, provavelmente por causa dos gritos histéricos da tal Helene._Pode ficar com ele se quiser, não tenho interesse nele._passei por ela e sai da casa dele. Escutei passos atrás de mim, quando olhei para trás vi ser o pai de Calleb, paralisei ao velo me seguindo.

Eu escutava mais gritos e alguns rosnados do lado de dentro da casa deles, mas também não liguei, eu não tinha nada a haver com isso.

_Não vá embora Cassandra, você entendeu mal as coisas._ele falou calmamente, mas também com uma certa preocupação no olhar. Por um segundo vi o meu pai nele.

_Peço desculpas mas tenho de ir embora._falei friamente, só de lembrar o que eu fiz a essa família já fazia o meu estômago revirar. Virei as costas sem dar lhe tempo de me responder e usei os meus poderes para não escutar mais nada a minha volta. O silêncio absoluto fez uma pequena satisfação envolver me e me deixou mais calma.

Durante o longo caminho que eu fiz desde aquela alcateia no meio da floresta até o meu apartamento na cidade, consegui colocar os meus pensamentos todos em ordem e enfim me lembrar de que deixar alguém como Calleb entrar na minha vida e coração, era um grande erro.

A herdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora