Cinco

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Kakashi

Não importava quantos anos se passassem, Kurenai sempre faria como todas as outras vezes, tomaria as rédeas da situação e não o deixaria ter escolha. Mesmo não querendo, olhou para Sakura esperando que dissesse alguma coisa. Ela o encorajou com seus olhos verdes e brilhantes e então correu tentando tomar coragem para conseguir fazê-la ficar e resolver aquela situação, queria conhecer o filho que ela nunca disse ter com ele.
Desceu as escadas correndo na tentativa de conseguir para-la, no meio do salão ela puxava o braço do garoto sem hesitar. Seria tão difícil falar com ela quanto na primeira vez.

— Kurenai! — Bradou da ponta da escada, não esperava outro tipo de olhar dela.

Queimando, o castanho avermelhado de seus olhos fumegavam. Sabia que isso aconteceria e mesmo que não quisesse mais passar por aquela situação, ela o faria passar. Era quase impossível manter a cabeça erguida quando estava assim, se lembrava muito bem das vezes que o olhou assim e seu corpo tremeu com a memória.
Ela olhou na direção do menino que abaixou a cabeça, se afastou e seguiu até as cadeiras que ficavam próximas a janela. Sem dizer qualquer coisa, Kakashi se virou e andou para dentro do corredor, sabia que o seguiria e não adiantaria prorrogar essa conversa. Abriu a porta da sala de reunião, não a levaria para onde costumava tomar o corpo de sua mulher, não o sujaria com as maldades de Kurenai. Andou até a janela e esperou que ela entrasse e fechou a porta atrás de si.

O silêncio era esmagador, passou a odiar se sentir subjugado assim. Ela cruzou os braços e escorou os ombros na porta, sabia que esperava dizer o que queria e Kakashi se segurava firmemente para não ceder.

— Porque me escondeu o garoto? — Disse muito mais do que achou conseguir.

Ela ergueu a cabeça e se ajeitou no lugar. — Não é da sua conta, Kakashi. — Disse devolvendo o olhar.

— Acho que a partir do momento que é uma parte minha começa a sim a ser da minha conta.

Ela entreabriu os lábios parecendo estar surpresa para logo mudar com um sorriso. — Você era uma criança, Kakashi. Não me faça te lembrar disso. — Retrucou indo em direção a mesa e apoiou o quadril na beirada que estava livre das cadeiras.

Kakashi virou o corpo para a janela, não cairia mais nas perversidades dela, desde que saiu daquela vila começou a ter domínio sobre si próprio. Mas como todas as vezes que precisou voltar a vila em questão ela o subjugava da mesma forma.

— Não farei isso, Kurenai. — Disse sem se virar. — Não pode mais fazer isso, não estou mais sozinho. — Respirou fundo enquanto ouvia sua risada baixa. — Não lhe darei o luxo que tanto consegue de mim.

Seu coração batia nos ouvidos e o medo de cair sob os pés dela novamente apenas crescia. Não queria fazer isso, ainda mais agora que havia se casado e amava perdidamente Sakura.

— Eu não vou pedir, Kakashi. — Disse fazendo com que seu corpo virasse sem que pudesse conter, odiava o poder de sua voz. — Você virá por conta própria.

A odiava, profundamente. Mas passou tantos anos debaixo de seu poder toda vez que visitava sua vila que se tornou impossível dizer não. Seu maldito corpo traidor o levou até a frente dela, com seu olhar avermelhado queimando segurou firme em seu queixo coberto pelo seu tecido preto.

— Se tornou muito dono de si, Kakashi. — Disse soltando seu queixo com rispidez. — Mas sabe que odeio sua superioridade.

Ela indicou com a cabeça como sempre fazia e seus joelhos traidores falharam, de joelhos mais uma vez aos malditos pés dela conseguia ver o sorriso largo em seu rosto mesmo não conseguindo olhar em sua direção. Kurenai puxou seus cabelos cinzas com força e baixando o tecido que lhe dava o mínimo de controle sob suas emoções, seus olhos estavam em chamas e ela sorria diabolicamente.

— Já sabe o que fazer, Kakashi. — Disse soltando seus cabelos com força enquanto apoiava uma de suas pernas sobre a cadeira ao lado. — Espero que não tenha perdido uma das habilidades que lhe ensinei.

Kakashi se amaldiçoou internamente, odiava o poder que ela tinha sobre seu corpo. Naquele momento queria nunca em sua vida tê-la conhecido. Seu corpo já conhecia o seu jogo e como um animal obedecendo seu dono, ele deixou suas mão subirem a saia de seu vestido enquanto ela olhava satisfeita por sua obediência sem questiona-la. Até sua boca o traia e salivou ao ver a intimidade molhada daquela mulher que tanto conhecia.

— Não seja tímido, Kakashi. — Disse segurando o tecido de sua saia. — Me faça ter orgulho de você.

Kakashi rosnou furioso em resposta, odiava tudo aquilo e sem pensar como fazia em todas as vezes avançou e deixou sua língua mergulhar entre os lábios molhados de sua intimidade.

Aos Seus Pés - Parte 3 - Kakasaku/ShikaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora