Cap. 21 - Talvez o Acorde

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Pov Lauren

— Jesus Cristo! — Camila estava bem atrás da porta da frente do escritório quando a abri. Se ela tivesse dado mais um passo, provavelmente teria batido a porta na sua cara.

Ela colocou a mão no peito.

— Está tentando me matar do coração?

— Que bom. Você ainda está aqui.

— Estava acabando de me preparar para sair. Qual é o problema? Está tudo bem?

— Está. Mas vou te levar para sair no seu aniversário.

— Não precisa fazer isso.

— Sei que não. Mas eu quero.

Ela semicerrou os olhos.

— Pensei que tivesse companhia.

— Me livrei dela.

— Por quê?

— Por que o quê?

— Por que se livrou do seu encontro? — A confusão em seu rosto se derreteu quando ela percebeu alguma coisa. — Oh.

Minhas sobrancelhas se uniram.

— Oh, o quê?

— Você terminou com seu encontro.

— Estava longe de terminar — resmunguei, depois assenti em direção à rua. — Vamos. Você merece jantar fora no seu aniversário. Aquele idiota não faz ideia do que está perdendo. Vamos ficar bêbadas.

Ela sorriu de orelha a orelha.

— Vai ser maravilhoso!

                           ****************

— Nunca vou colocar minhas bolas.

— Talvez seja esse o motivo de tanta tensão. Faz tanto tempo que não transa, que esqueceu que não são as bolas que entram.

Dei um sorrisinho para Camila enquanto a bola cinco rolava para a caçapa do canto esquerdo. Era nosso primeiro jogo de sinuca e eu tinha acabado de encaçapar minha quinta bola seguida. Ela tinha razão. Eu poderia limpar a mesa antes de ela passar giz em seu taco.

Ela estreitou os olhos.

— Como sabe que faz tempo que não transo?

— Você anda um pouco tensa.

Eu esperava que ela revidasse, mas, em vez disso, me surpreendeu. Literalmente. Quando estava prestes a acertar minha sexta bola, ela gritou:

— Cuidado! — Minha mão mexeu no meio da jogada e a bola dois não foi para nenhum lugar perto da caçapa que eu pretendia.

Ela deu um sorriso besta, toda orgulhosa de si mesma.

— É assim que vamos jogar?

— O quê? Sou muito tensa, não consigo evitar. Às vezes, as palavras se acumulam e simplesmente saem da minha boca como uma rolha de champagne.

— Sua vez. — Estendi a mão em direção à mesa.

Quando ela se posicionou, rodeei a mesa, me aproximando até ficar completamente atrás dela. Ela tentou fingir que não a incomodava, mas, em certo momento, se virou.

— O que está fazendo?

— Observando você dar a tacada.

— De trás?

Sorri, irônica.

— Tenho uma visão melhor.

— Volte para onde estava. — Ela balançou a mão para o outro lado da mesa. — Acho que sua visão é mais clara dali.

CAMREN: Capitã Prolactinadora (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora