Pov Lauren
— Isso tem gosto de aguarrás. — Camila contorceu todo o rosto.
Dei um gole.
— É um Glenmorangie de 25 anos. Você está bebendo um solvente que custa 600 dólares a garrafa.
— Por esse preço, eles poderiam ter adicionado algum sabor.
Dei risada. Me sentei na cadeira de visita, e Camila, atrás de sua mesa. Ela deve ter desempacotado o restante da caixa porque havia alguns itens pessoais novos em exibição. Ergui o pedestal de vidro que tinha sido quebrado junto com a premiação pelo imbecil do Dawson.
— Vai precisar de uma nova arma.
— Não acho que precise de uma com você por perto para ameaçar meus clientes.
— Ele mereceu. Eu deveria ter dado um soco na cara dele, como ele gosta de fazer com a esposa.
— Deveria mesmo. Aquele cara era um verdadeiro desgraçado. Quer dizer... Um verdadeiro disgraçado.
Ela era fofa treinando o sotaque de Nova York, embora ainda soasse como Oklahoma falando como nova-iorquino.
Havia dois novos porta-retratos na mesa dela e peguei um deles. Era uma foto de um casal mais velho.
— Fique à vontade — ela disse com sarcasmo e um sorriso.
Olhei para o rosto dela, depois para o casal, depois de volta para ela.
— Esses são seus pais?
— São.
— Com quem você se parece?
— Dizem que com minha mãe.
Analisei o rosto da sua mãe. Elas não se pareciam em nada.
— Não acho.
Ela se esticou e tirou a foto das minhas mãos.
— Sou adotada. Me pareço com minha mãe biológica.
— Oh. Desculpe.
— Está tudo bem. Não é segredo.
Me recostei na cadeira, observando-a olhar para a foto. Havia uma veneração quando ela voltou a falar.
— Posso não parecer fisicamente com minha mãe, mas somos bem parecidas.
— Ah, é? Então ela também é um pé no saco?
Ela fingiu se ofender.
— Eu não sou um pé no saco.
— Te conheço há uma semana. No primeiro dia, você estava invadindo meu escritório e tentou me bater quando te peguei no flagra. Alguns dias depois, você começou uma briga porque fiz um comentário inocente sobre um conselho ruim que deu a um cliente e, hoje, eu quase saí na porrada por sua causa.
— Meu conselho não era ruim. — Ela suspirou. — Mas acho que o resto é verdade. Tenho sido um pé no saco, não é?
Terminei minha bebida e coloquei mais dois dedos no copo, então completei o copo de Camila.
— Você tem sorte. Gosto de pés no saco.
Conversamos por mais um tempão. Camila me contou sobre o depósito de ferramentas dos pais em Oklahoma e estava no meio de uma história sobre vender suprimentos para um cara que foi preso por trancar a esposa em um porão por duas semanas, quando o telefone do meu escritório tocou. Fui atender, mas ela foi mais rápida.
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CAMREN: Capitã Prolactinadora (G!P)
FanficLauren era a invasora e Camila, a proprietária. Só que não! Lauren G!P - Se não gosta, não leia!!!