Capítulo 25

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Brandon saiu com as mãos erguidas de dentro da cabine do banheiro sob a mira de John Mendell.

― É curioso você também ser um Bennet. – comentou Mendell. – Geraldine o mandou aqui?

― Não.

John Mendell guardou a arma. Brandon respirou aliviado.

― Me disseram que você é primo do Dr. John Scott, mas eu te acho mais parecido com Bruce Bennet. Qual a sua real ligação com ele?

― Sou filho dele. – Brandon disse a verdade e Mendell começou a rir. – Foi você quem disse que me pareço com ele.

― Você não tem idade para ser filho de Bruce Bennet. – afirmou Mendell e Brandon deu de ombros. – Eu não sei quem você é, garoto, mas te acho estranho.

― Não sou estranho. Estranho é um pacifista estar armado. Você não é todo paz e amor?

― Você é muito piadista pra quem está desarmado. – Mendell resmungou e depois cruzou os braços. – O que realmente quer?

― Vim assistir a uma palestra.

― Não seja cínico. Você ouviu minha conversa com Mackenzie.

― Eu achava que vocês mal se conheciam. No entanto, são bastante íntimos. Ele parece saber tudo sobre você. Sobre a mentira que você é. Sobre você ter sido responsável pela morte da sua filha.

― Eu não sou responsável pela morte de Evelyn! – Mendell gritou, nervoso. Um homem entrou no banheiro. – Aqui não é um bom lugar para se conversar. Vamos a um lugar mais privativo.

― Por quê? Não confio em você.

― Nem eu em você, garoto, estamos quites. Vamos logo. Lembre-se que eu sei quem é a sua namorada. Muito bonita, aliás, a senhorita Gilbert. – ele ameaçou.

― Encoste um dedo nela e eu... – Brandon ficou nervoso.

― Calma, garoto. É só uma conversa. Vamos.

Brandon saiu ao lado de Mendell normalmente, sem fazer escândalos. Lizzie viu os dois passarem pelo salão e saírem pela porta. Ela se despediu de sua amiga e resolveu segui-los. Brandon entrou no carro de Mendell e foram para prédio em construção. Saíram do carro e ficaram frente a frente. Lizzie estacionou seu carro perto dali e ficou observando com um binóculo. Antigamente ela nem usava um, mas após os ataques de Richard Fredenbach, ela saía de casa com o que chamava de 'kit antiterror', mas Brandon não sabia disso.

― Vai me matar aqui? – Brandon perguntou, com um pouco de medo, mas principalmente com raiva. – E pensar que eu tinha você, não como um ídolo, mas como um homem honrado.

― Eu não vou matar ninguém. – resmungou Mendell. – Aqui é melhor porque estamos longe de olhos e ouvidos indesejáveis. – suspirou. – Eu não sou perfeito, mas não sou assassino.

― Você é uma farsa. Uma enorme farsa. E pensar que tantas coisas mudarão por sua causa... – murmurou Brandon, indignado.

― Do que está falando? – Mendell franziu a testa.

― Não interessa.

― É claro que interessa! Você só me diz meias palavras!

― Bom, eu devo ter aprendido com você. – ironizou o rapaz.

Mendell bufou.

― Quando eu digo que não tive responsabilidade na morte de Evelyn, é porque não tive! Acha mesmo que eu queria que a minha única filha fosse brutalmente assassinada?! – ele passou as mãos pelos cabelos, nervoso. – Evelyn era a minha alegria. Ela me via como um herói. Eu tentei me portar como um depois de sua partida, mas... Não é tão fácil se desgarrar de certas coisas.

Perdido no TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora