Final Alternativo

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Então né, eu resolvi escrever um novo final, que acho que faz mais sentido do que o primeiro final. 

Enjoy!

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FINAL ALTERNATIVO

Brandon surgiu no laboratório de Scott Johnson, que estava de costas, trabalhando, distraído. Brandon tocou no ombro do padrinho.

― Padrinho?

Scott se virou e olhou para o rapaz.

― Brandon! – ele sorriu. – Resolveu me visitar hoje?

―Como assim? Eu... – ele parou e notou que Scott estava diferente. Careca. Trinta anos mais velho. – Eu voltei a 2035...

― Voltou? – Scott repetiu, sem entender.

― Eu viajei no tempo, padrinho. Com o seu relógio temporal.

― Impossível, eu nunca criei algo assim. Só essa máquina do tempo. – Deu tapinhas na enorme máquina no meio do laboratório. – Mas ainda está em fases de testes e Bruce está com preguiça de me ajudar, ainda mais agora que Cora quer fazer um cruzeiro pelas ilhas gregas. Bruce disse que não teria tempo para o projeto. Hunf! Sempre se tem tempo para a ciência!

― Espera, espera... – Brandon levantou a mão.- Minha mãe está viva? – seus olhos brilharam de felicidade.

― Claro que está! – Scott exclamou e depois franziu a testa. – Brandon, o que está acontecendo? Você está estranho.

― O senhor não lembra mesmo, não é?

― Lembrar exatamente de que?

Brandon suspirou. Somente ele se lembrava, talvez por que fosse o único a manejar o relógio. Brandon olhou para o próprio pulso e não viu o relógio temporal. Será que tudo era coisa da cabeça dele?! Impossível. Brandon resolveu testar.

― Padrinho... E o Sistema?

― O que é isso? Alguma nova matéria no campo da Física?

Brandon ficou boquiaberto.

― O Sistema não existe mais?!

― Não sei de Sistema algum... Brandon, você não ficou assistindo filme até tarde, ficou?

― Eu... – ele suspirou. - Se eu te contar algo, vai dizer que estou maluco, mas eu lembro claramente, como algo que realmente aconteceu e eu sei que aconteceu, entende?

― Não, mas espero que você me explique. – disse Scott, calmo.

Brandon respirou fundo e contou tudo que lhe acontecera em 2001. Scott ouviu tudo sem esboçar reação. Ao final do relato, Brandon suspirou.

― Tem coisas que eu não sei, pois só o senhor viu, mas foi tudo muito real.

― Hum, é uma possibilidade. Eu não descarto uma viagem temporal. Seria magnífico se fosse possível! Viajar para diversos pontos no espaço tempo! Conhecer versões nossas e quem sabe mudar alguns pontos. Não, isso seria arriscado e imprudente. Há uma razão para a linha do tempo ser coesa. – ele refletiu. – Ainda tenho esperanças de fazer a máquina do tempo funcionar. Se bem que esse relógio que você falou me parece mais prático.

― Então o senhor acredita em mim.

― Eu acredito que tudo é possível nesse mundo. Claro, pode ser também tudo fruto da sua imaginação ou de um sonho. Mas não creio que um sonho seria tão detalhista. – ele fez uma pausa. – Vamos supor que você realmente viajou para o passado e agora retornou. E se somente você se recorda de tudo, quer dizer que a memória dos outros envolvidos foi apagada para que passado e futuro não colidissem. É simplesmente fabuloso! Imagine a confusão que seria se seus pais se recordassem que o viram no passado! Antes mesmo deles se casarem! Antes de você nascer! Por mais mente aberta que eles sejam, não acho que assimilariam isso com facilidade!- riu e depois ficou sério. – E claro, é bom mesmo que esse tal de Eric Russeau não lembre quem você é e muito menos John Mendell. Pelo que você relatou, Russeau não merece confiança. E John Mendell não me parece tão perigoso, mas vá saber...

Perdido no TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora