Arisu Ryōhei
Meu corpo inteiro doía. Não uma dor física do tipo "acabei de correr uma maratona" ou "Ei! Levei umas boas pancadas no judô.". Era uma dor mental que se alastrava pelo meu corpo inteiro. A dor de ter perdido dois amigos. A dor de não ter mais Karube e Chota comigo.
Ver Kin é como um lembrete que eu tirei a vida do seu irmão, é um lembrete da morte dele e do Chota. Da Shibuki. Pessoas que morreram para que eu vivesse. Como Kin pode parecer bem com isso? Como ela pode esperar que eu fique bem com isso? Eu sei Que Kimmy jamais tentaria me machucar ou algo parecido, mas não sei dizer se ela realmente não me culpa ou se ela só diz isso para eu não me sentir pior.
Kin estava do outro lado da garagem conversando com Usagi. Seu cabelo estava preso, só a vi com o cabelo preso uma vez na vida. Ela também usava um short ciclista — o que ela não usava nunca — mas ela não estava feia ou estranha naquela roupa. O tecido e as cores caíram muito bem nela — tudo cai muito bem nela, mas essa roupa estava diferente — parece que Kin nasceu para usar essa combinação de cores e peças de roupa.
Minha amiga me encarava de relance enquanto conversava com Usagi, e a outra menina fazia o mesmo. Não sei se as duas estão preocupadas ou se estão conversando sobre mim, na verdade eu não dou a mínima. "Seu corpo disse que quer viver.". Como meu corpo pode dizer tal coisa se eu sinto outra? As duas desfizeram a pequena mochila que tinham feito para levar até a arena e substituíram a "mochila sacolinha" por uma pochete que tinha o tamanho exato para uma garrafa de água. De novo, Kimmy não parecia estar mal.
A noite tomou conta de Tokyo tão rápido quanto um coelho correndo até a toca. As arenas começada a se iluminar pela cidade, dezenas de arenas se iluminaram. — pelo menos as que eu consegui identificar — Fomos até a arena mais próxima: O maior túnel de Tokyo.
Kin e Usagi se aqueceram antes de começarem a andar em direção ao túnel. A passagem subterrânea era iluminada por luzes alaranjadas, que não deixavam o local tão bem iluminado. Uma mesa com os telefones estava posicionado bem na entrada do túnel. Peguei um celular. Mais a frente um ônibus branco pichado por diferentes cores e formatos que cobriam toda a extensão de metal estava estacionado no início do túnel. Parei ao lado de Usagi que estava ao lado de Kin, nos três formamos uma fileira. Kin foi a primeira a dar um passo para frente até o ônibus e foi a primeira a entrar, logo em seguida Usagi entrou no transporte e por último, eu. Tinham mais três jogadores. Um com cabelos avermelhados e um cordão extravagante com um pingente redondo, outro com cabelo preto e camisa branca e o último, tinha cabelos escuros.
– Você está machucado? – Kin perguntou a um dos jogadores e me toquei que ela falava com o último. O pé dele estava enfaixado.
– Sim.
– Se machucou durante os jogos? – Kin engoliu em seco.
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𝗚𝗮𝗺𝗲 𝗠𝗮𝘀𝘁𝗲𝗿 - 𝗔𝗹𝗶𝗰𝗲 𝗶𝗻 𝗕𝗼𝗿𝗱𝗲𝗿𝗹𝗮𝗻𝗱
FanfictionAo sair do trabalho para ir buscar seus melhores amigos que estão aproveitando uma noitada, Kin Nakamura esbarra em um menino de capuz cinza e se vê perdida quando ela é transportada para uma versão paralela de Tóquio, onde precisa jogar caso queira...