Kin Daikichi
A arena em Akihabara fica mais longe do hotel do que as outras, fica mais ou menos meia hora de distância do limite de Tokyo. Apenas eu, uma menina de blusa amarela e a mulher dos cabelos pretos que iríamos para a Arena em Akihabara. Eu e a mulher de cabelos longos e escuros fomos de moto — ela pilotando e eu na carona – e a menina foi de bicicleta. Tomei coragem em perguntar o nome da mulher e ela disse que se chamava Mira.
Foi desconfortável seguir até a arena com as duas, um silêncio mortal perambulava entre o motor da moto e as correntes da bicicleta. Vez ou outra eu me pegava espiando o rosto da Mira pelo retrovisor da moto. A mulher é bonita, mas algo em seu olhar é profundo e diferente. Mira estava séria e completamente focada na estrada o que me causava arrepios, de repente eu estava torcendo para que ela desse o sorriso assustador dela. A mulher me pegou a observando e sorriu, no mesmo momento retirei ter desejado que ela sorrisse. Prefiro a Mira séria.
Chegamos em um pequeno comércio onde todas as luzes estavam acesas. O jogo será aqui. Assim que Mira estacionou a moto soltei sua cintura com pressa e me levantei em um pulo, tropeçando na calçada e quase caindo no chão.
Sacudi as mãos — tensa — ao encarar a porta da loja de bijuterias esperando por mim. Meu visto vence hoje e eu tenho que jogar, ou então posso simplesmente esperar dar meia noite e o visto vencer. Tenho certeza que não iria doer tanto se o laser me atingisse, pelo menos a morte seria instantânea.
Mira pigarreou do lado de dentro da loja como se estivesse pedindo para que eu entrasse. Seu olhar era penetrante como se estivesse me analisando consecutivamente. Dei um passo para frente entrando na loja sentindo meus ombros se enrijecerem.
O balcão junto com a caixa registradora servia de apoio para os celulares que cada jogador deveria pegar. Assim que peguei o meu despositvo fui reconhecida e o celular desbloqueou com alguns dados e poucos aplicativos. Ainda faltava um minuto para finalizar o tempo de inscrições. Virei as costas para as duas mulheres um tanto quanto receosa por dar as costas para duas completas desconhecidas.
Comecei a caminhar para perto dos brincos e olhar as peças. Por um momento me senti em Tokyo de verdade olhando as bijuterias para impressionar os meus colegas de trabalho — o momento durou pouco.
– Esse é um teste para ver onde você se encaixa na praia, não fale. – Mira surgiu atrás de mim me dando um susto.
Minha respiração se desregulou por alguns segundos mas logo voltou ao normal.
– Tempo de inscrições esgotado. – o celular avisou. – Jogo: descobertas. Dificuldade: três de paus. – Mira sorriu. Amaldiçoei o celular por ter feito ela sorrir. – Objetivo: Achar a chave correta que abre a caixa registradora. Tempo limite: quinze minutos.
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𝗚𝗮𝗺𝗲 𝗠𝗮𝘀𝘁𝗲𝗿 - 𝗔𝗹𝗶𝗰𝗲 𝗶𝗻 𝗕𝗼𝗿𝗱𝗲𝗿𝗹𝗮𝗻𝗱
FanfictionAo sair do trabalho para ir buscar seus melhores amigos que estão aproveitando uma noitada, Kin Nakamura esbarra em um menino de capuz cinza e se vê perdida quando ela é transportada para uma versão paralela de Tóquio, onde precisa jogar caso queira...