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Arisu Ryōhei

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Arisu Ryōhei

Me separaram das minhas amigas. Parte de mim acredita ter sido proposital e a outra parte agradece por não termos de jogar juntos. Nunca se sabe o naipe do jogo até fazer a inscrição e eu não quero mais arriscar jogar algum jogo de copas com elas. Já perdi muito nesse jogo, já tirei muito de Kin e não posso tirar nada de Usagi.

A mulher de óculos me levou de carro junto com uma menina que tinha mais ou menos a minha idade para a empresa de reserva de água — que fica localizada no bairro de Harajuku. As piscinas profundas que deveriam estar cheias de água até a borda estavam vazias. A única coisa que ainda restava nas piscinas era o resquício da chuva recente. Desci as escadas seguido pela mulher dos cabelos curtos e dos óculos escuros, foram longos lances de escada até chegar ao local indicado pelas setas.

A mulher passou pelo limite de lasers sem preocupação alguma, eu por outro lado, inspirei um bocado de ar antes de passar pelo limite — assim que você passa por ele não tem mais volta e se você tentar voltar, morre. Os lasers cortam qualquer coisa em pedaços.

Como de costume, havia uma mesa com celulares e uma placa escrito "um por pessoa". A mulher se aproximou da mesa e logo desbloqueou o aparelho utilizando o reconhecimento facial.

– Isso é um teste para você se tornar um membro executivo da praia. Não falhe. – a mulher se afastou da mesa indo em direção à parede.

Peguei um dos aparelhos e algo me causou estranheza: os celulares estavam com uma capa protetiva contra a água. Que diabo de jogo será essa vez? Uma menina de dreads com um cigarro na boca apagado chegou ao meu lado para pegar um celular.

– Sou a Kuina, prazer em conhecê-lo. – Kuina estendeu a mão direita para mim e eu aceitei.

– Arisu.

– Ann! Está vazando água e começou a inundar a área! – uma voz masculina ressoou atrás de mim. Então Ann é a moça dos olhos escuros. – Ei! Menino do jogo do símbolo! – o rapaz falou me fazendo virar para trás.

O menino de boné e blusa de flanela que Kin puxou a minha orelha e de Karube por não ajudar. Ele está vivo. Sorri ao ver o rapaz.

– Você está vivo! – comemoro.

– Sim! Agora eu sou um membro da praia! Cara eu trabalho na manutenção do lugar e...

– E detesto atrapalhar o momento genuíno do reencontro – Ann interrompeu o menino. – mas está na hora do jogo.

A menina que veio conosco no carro desceu as escadas correndo e pegou um celular para sí. Todos nós seguimos em direção da arena. As inscrições acabaram e o jogo estava prestes a começar.

O rapaz estava certo, a água tinha começado a inundar a área. Quando ele disse que estava vazando água pensei que fosse uma pequena poça no chão como a que se forma no banheiro na hora do banho, mas isso aqui não era uma poça. Seis canos grossos e largos – três de cada lado — jorravam água em uma velocidade constante e com potência. Então é por isso que precisamos das capas a prova d'água para os celulares.

𝗚𝗮𝗺𝗲 𝗠𝗮𝘀𝘁𝗲𝗿 - 𝗔𝗹𝗶𝗰𝗲 𝗶𝗻 𝗕𝗼𝗿𝗱𝗲𝗿𝗹𝗮𝗻𝗱Onde histórias criam vida. Descubra agora