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Você perdeu a cabeça? – Kin elevou o tom de voz antes de dirigir um olhar assassino para todos no quarto

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Você perdeu a cabeça? – Kin elevou o tom de voz antes de dirigir um olhar assassino para todos no quarto. – Aparentemente todos vocês perderam. Não é possível que só eu esteja vendo alguma coisa de errado nesse plano.

– O Chishiya não concluiu ainda a ideia. – Kuina tentou defender o amigo.

Tentou.

– Porque eu não preciso. Posso dizer para vocês em cinco idiomas diferentes que isso vai dar errado.

O menino de cabelos loiros arqueou a sobrancelha pronto para alguma alfinetada.

– Ah é? – o menino provocou.

– Arisu, você é mais inteligente que isso. Pela mãe! O Chapeleiro vai estar por aqui!

– Se você escutasse o plano inteiro você saberia que o Chapeleiro vai sair para jogar. – Arisu falou sem paciência.

– Não vai não. Ele saiu ontem. – Kin percebeu a surpresa no rosto de todos, eles não prestaram atenção na reunião. – Cabeças. De. Vento. – a menina de cabelos longos estreitou os olhos e apontou o dedo indicador para cada um. – O que dizia sobre o seu plano, Chishiya? – dessa vez foi a menina quem o provocou.

Antes que Chishiya pudesse pensar em algum tipo de retruca a porta começou a tremer por conta de batidas fortes.

– Kuina! – as batidas da porta persistiram. – Abra a porta antes que eu mesmo abra. – Os gritos de Niragi tomaram conta do quarto de Kuina.

Todos entraram em pânico, todos menos Chishiya. Ele sempre tem um plano B. Com um comando silencioso, o menino mandou os amigos se esconderem, todos menos Kin.

O loiro empurrou a menina até a parede em frente a porta e no caminho bagunçou o cabelo da mesma, recebendo um pequeno tapa na mão.

– Eu vou entrar. – Niragi avisou furioso.

– Me desculpa. – o loiro falou antes de selar os próprios lábios nos da menina.

– Kui... Vocês dois.

Chishiya parou de beijar a menina e colocou as mãos dentro do bolso casualmente sem se importar com a presença de Niragi. Já Kin... Ela estava corada. O que diabos acabou de acontecer? ela pensou.

– Cadê a sua amiga? Estamos em uma reunião de emergência.

– Está por aí. – Chishiya respondeu sádico.

– Qual é a emergência? – Kin perguntou recuperando a sua postura.

– O Chapeleiro está morto.

Depois que Niragi saiu do quarto os amigos saíram dos esconderijos improvisados em choque com a notícia. O Chapeleiro está morto e agora a praia está sem seu jogador número um.

Os amigos se separaram para poderem ir até a sala do conselho sem chamar muita atenção da milícia e de outros jogadores. Atenção é problema.

Os jogadores membros foram coagidos a votarem em Aguni para assumir o cargo do jogador, todos receberam uma escolha — escolher Aguni como líder ou então levar um tiro na cabeça pela arma do Niragi ou então, ter as tripas arrancadas pela espada de Yanagi. — parece que eles não tinham uma escolha.

Ódio, raiva, nojo e luto. Todos sentiam uma mistura de sentimentos em sí que nem podia ser nominada, não deviam nem nomina–las. Isso leva tempo e agora eles precisam correr contra o tempo.

No caminho de volta ao quartos depois de uma reunião exclusiva com algum dos membros do conselho , Chishiya convocou seus amigos para um novo plano. Sempre um plano B.

– O envelope preto. Todas as cartas dos jogadores que são coletadas ficam em um cofre na suíte do Chapeleiro.  Aguni agora é o dono da suíte. A combinação do cofre fica lacrada dentro do envelope preto. – Chishiya andava de um lado para o outro enquanto contava o novo plano. – O envelope é opaco, e mantido sob extremo sigilo e só pode ser aberto quando o jogador número um muda. O novo jogador vê a combinação sozinho diante de todos os membros executivos. Depois o novo jogador lacra a combinação em um novo envelope preto e todos os membros executivos assinam o envelope.

– Se só o Aguni viu a combinação como vamos saber a senha do cofre? –   Usagi perguntou.

– Eu tenho uma ideia da combinação.

– O plano se baseia em uma ideia sua? – Kin perguntou sem acreditar no que acabara de escutar.

Chishiya apenas assentiu.

– Eu não vou contar para ninguém, mas também não vou participar desse plano estúpido. – Kin se levantou pronta para sair do quarto, mas Arisu segurou o pulso da amiga.

– Nos ajude.

– Arisu, não sei se não ficou claro para você, mas o plano depende da probabilidade Chishiya estar certo. Já pensou no que pode acontecer se não for a senha que ele supõe e nos pegarem? Morte ao traidores, a terceira regra daqui. Use a sua maldita cabeça! O que o Karube e o Chota iriam pensar se vissem você...

– Eles estão mortos! – Arisu cortou a amiga.

Kin fechou os olhos com força se segurando para não dar um tapa no rosto do amigo. Como ele pode ser tão indelicado? Kin pensou.

– Você acha que eu não sei disso? – Kin puxou com força o punho, se livrando das mãos de Arisu. – Eu acordo todos os dias pronta para desejar um bom dia para Karube, mas meu irmão está morto! Desde que eles se foram eu passo os meus dias desejando que eu tivesse ido no lugar deles ou que tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer para trazê-los de volta. Eu perdi a merda da minha metade! Então não venha jogar na minha cara que eles se foram! Boa sorte para essa merda de plano. E se der errado, Arisu. – Kin parou na porta do quarto. – Diga oi para eles por mim.

Kin saiu do quarto sem esperar alguma resposta, se é que existia algum tipo de resposta para dar. Que eles tentem sozinhos! Idiotas e imprudentes! Não vai ser fácil pegar as cartas. Eu preciso sair daqui.

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𝗚𝗮𝗺𝗲 𝗠𝗮𝘀𝘁𝗲𝗿 - 𝗔𝗹𝗶𝗰𝗲 𝗶𝗻 𝗕𝗼𝗿𝗱𝗲𝗿𝗹𝗮𝗻𝗱Onde histórias criam vida. Descubra agora