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— Não chega muito perto de mim, querida. — Megan falou para a filha, quando ela se curvou para frente do banco do carro.

— Eu não estou doente, meu Deus! É só uma bactéria. — Cherryl disse irritada, se ajeitou no banco do carro e cruzou os braços. Sentiu o seu corpo irritado por conta dos caroços, mas não podia coçar por recomendação médica.

Depois da viagem, nasceram vários caroços no corpo da garota, o que deixou os pais preocupados. Ela ficou despreocupada, falando que era apenas uma reação alérgica, mas ficou desesperador quando os caroços pequenos começaram a nascer ainda mais.

Ela foi levada para o hospital, mas o médico apenas passou um remédio para ver se melhorava, mas nada adiantou.

Agora ela foi arrastada contra a própria vontade para poder ir ao hospital. Se arrependeu miseravelmente quando o entrou no mesmo quarto que a criança.

Cherryl passou tanto tempo olhando para a janela, que nem percebeu quando os pais estacionaram o carro em frente o hospital. Era apenas alguns segundos para ela abrir o carro e tentar fugir, mas sabia que as pernas eram curtas demais e não conseguiria sair a tempo.

Sem nenhuma vontade, ela abriu a porta do carro e desceu. O outro casal, desceu logo depois. A mulher estava com uma luva e álcool gel na mão, assim como o homem.

— Não precisa de todo esse show. — Cherryl disse ajeitando os cabelos em um coque e caminhou em direção ao hospital, juntos com os seus pais.

— Ai, meu Deus! — Senhor James saiu correndo para dentro do hospital junto com a mulher. O homem tinha medo de qualquer tipo de doença, até mesmo um simples resfriado.

— Que inferno de vida, espero que um raio caia na minha cabeça. — Cherryl grunhiu de raiva e se assustou quando ouviu um barulho de relâmpago. Arregalou os olhos e correu para dentro do hospital com medo.

Ela ficou no canto enquanto os pais estavam conversando com a recepcionista. O hospital não estava tão cheio e a garota agradeceu por isso.

Aproveitou que não tinha ninguém olhando e levantou um pouco a blusa para coçar a barriga. Aquilo foi a melhor sensação.

— Sai, leproso. — A voz conhecida de Johnson preencheu a recepção do hospital. Samuel, Nathan e Johnson estavam no local.

Nathan e Johnson estavam com uma fantasia que cobria uma boa parte do corpo, enquanto Samuel estava emburrado, a vermelhidão no rosto e braços estavam visíveis de tanto que ele coçou.

Cherryl tentou se esconder e se virou para parede, mas isso não passou batido para Johnson, que cutucou o Nathan.

— Unidos por bactéria. — Nathan falou acenando para Cherryl.

Samuel se virou, vendo a garota com uma feição fechada ao ser descoberta.

— Agora você tem uma companhia, vamos ir embora. — Johnson falou se preparando para ir embora do Hospital.

— Você disse que ia me esperar. — Samuel tentou segurar o braço do garoto, mas ele acabou fugindo antes.

— Foi mal, Wilk! — Nathan falou saindo logo em seguida, era visível o medo do garoto. Já não bastava ser drogado, não queria estragar o rosto por conta de bactéria.

— Que saco! — Wilk se emburrou parecendo uma criança e se aproximou da Cherryl. Não ficou preocupado, já que sabia que a culpa foi a criança daquele hospital. — Parece até que estamos com toda a radiação de chernobyl.

— Nem me fale. — Cherryl soltou uma risada sem humor. — Acredita que meus pais vão mandar guinchar o carro e trocar por outro?

— Pior que eu acredito. — Ele assentiu com a cabeça, soltando um suspiro pesado. — Foi só eu ir naquela viagem com você que comecei a tomar no rabo. Você é muito azarada.

— Pensei que você fosse acostumado. — Ela respondeu, se segurando para não dar um soco no Sammy.

— Calma, Demie! — Levantou as mãos em forma de rendição e sorrio. — Como você está?

Eu estava triste, até receber flores de um admirador secreto. Isso me animou. — Cherryl falou coçando a bochecha. — Claro, eu mesma mandei, mas o que vale é a intenção.

𝑨𝒁𝑨𝑹𝑨𝑫𝑨 • 𝑠𝑎𝑚𝑚𝑦 𝑤𝑖𝑙𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora