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DEMIE, Cherryl


Hoje seria a congregação dos jovens na igreja em que meu pai é pastor e fui forçada a vir contra a minha vontade, já que tinha prometido a ele.

Eu não queria vir sozinha, então tive que pedir a Youhana vir comigo, e ela negou rapidamente, falando que não queria passar vergonha comigo.

Até parece...

Minha segunda opção seria Aurora, mas a garota tinha falado que precisava resolver alguns assuntos com o pai. No começo eu entendi a garota, mas agora que eu estou caminhando em direção a igreja, me toquei que a Aurora não tinha pai.

Levo as mãos aos meus cabelos ajeitando rapidamente, quando estava prestes a entrar na igreja. Respiro fundo pedindo toda a sorte para mim, já que na maioria das vezes o universo conspira contra mim, me fazendo passar os inúmeros constrangimentos.

Algumas pessoas falam que eu sou a pessoa mais azarada do mundo e me culpam a maioria das vezes, o que é mentira.

Percebo que estava parada igual uma idiota na porta da igreja, como eu não queria que atenção fosse voltada para mim, fui rapidamente me sentar.

Optei em ficar no meio, para poder enxergar o culto, tinha um casal de amigos conhecido e quando me sentei, eles rapidamente se levantaram e não olharam para mim, o que me fez ficar constrangida.

— Mãe, essa não é a menina que fez a mulher entrar em trabalho de parto no meio do ônibus? — Escuto uma voz infantil atrás de mim e não evito em revirar os olhos. Não foi minha culpa, essas coisas acontecem.

— Boa noite, a paz do senhor para todos.

Ouço a voz grave do Pastor - mais conhecido como meu pai. E o culto começou.

Depois de muita falação do pastor, ele deu lugar para uma garota que fazia parte do grupo de jovens.

Me levanto e saio do meu lugar para pegar água no filtro. Pego um copo plástico que estava em uma mesinha e aperto o pequeno botão pra água poder cair, mas foi uma tentativa falha, já que não parava de sair água, e estava molhando o chão.

Chamo uma mulher que estava mais próxima de mim para que ela me ajudasse, só que quando ela se aproximou, eu acabo escorregando na água e me seguro no galão pra não cair no chão.

Assim que a tentou me ajudar, acabo soltando o galão, fazendo cair na cabeça dela.

— Alguém ajuda aqui. — Falei com a voz alta, demonstrando desespero já que a mulher estava desacordada e me abaixo, tentando ver se a mulher estava viva.

A atenção foi voltada para mim e muitas pessoas imediatamente vieram ajudar. Eu me levanto e acabo sentindo uma dor na cabeça, me viro para trás e percebo que bati em Johnson.

— Fica longe de mim. — Ele apontou para mim enquanto colocava a mão no queixo, em uma tentativa de amenizar a dor.

— Johnson, me desculpa. Deixa eu ver isso. — Peço para o garoto e quando fui colocar a mão no rosto do garoto, acabei enfiando o dedo em seu olho.

— Vai se benzer, minha filha. — Ouço a voz de meu pai falar para mim. — E sai da igreja.

Já estava de saco cheio de ficar nessa droga de culto, com todo respeito.

Me viro para sair da igreja e cruzo meus braços, caminhando em direção a saída.

— Cuidado com meu filho.

Uma mulher gritou desesperada, mas foi tarde demais, eu me encontrava no chão, e a criança estava debaixo de mim, chorando desesperadamente.

Virei meu corpo, ajudando a criança se levantar e ignoro todos os xingamentos que eu estava recebendo no momento.

Poderia ter sido pior.

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oi de novo, espero que vocês gostem da nova fanfic.

𝑨𝒁𝑨𝑹𝑨𝑫𝑨 • 𝑠𝑎𝑚𝑚𝑦 𝑤𝑖𝑙𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora