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WILK, Sammy

— Sammy, é só enfiar essa merda dentro. Qual a dificuldade?

— Tem que temperar, Cherryl.

— Não precisa.

— Claro que precisa, sua retardada. — Esbravejei, pegando o frango pálido antes que Cherryl fosse mais rápida.

Tinhamos oferecido pra fazer o almoço, já que a presença do pai da garota era insuportável de tolerar. A única que se salvava era a senhora Megan — mãe da Cherryl — ela parecia que estava morta. Só abria a boca pra discordar do marido.

Porque segundo a Megan; se você é homem, seu argumento foi completamente anulado. Aquilo tinha sido ofensivo, mas preferi ficar quieto.

Foi uma péssima ideia ficar aqui nessa fazenda SOZINHO com a garota, até porque, ela conseguia ser mais insuportável do que o pai. Isso não é qualquer um que consegue.

— Me devolve, Samuel Wilkinson. — Cherryl deu a volta na mesa, tentando pegar a travessa de vidro da minha mão.

— O frango vai ficar sem gosto. — Andei na direção contrária da garota. Coloquei a travessa no balcão e respirei fundo, tentando não surtar.

Impossível não surtar nesse lugar.

— Eu já entendi, Sammy. — A irritação era visível no tom de voz da garota. Por um mísero segundo, eu tinha ficado com medo.

Nunca se sabe o que essa doente pode fazer.

Para minha felicidade, Cherryl pegou alguns tempero pronto e caminhou para perto de mim, me dando um empurrão.

— Licença, sou alergia a homem hétero. — Cherryl falou, começando a temperar o frango.

— Você me cansa. — Me encostei no balcão, prestando atenção na garota.

Depois de temperar o frango, Cherryl colocou no forno e olhou para o relógio em seu pulso.

O amargo silêncio pairava sobre nós dois. E foi quando eu percebi que só falávamos pra ofender um ao outro.

Soltei um pigarreio, chamando a atenção de Cherryl. — E os namoradinhos?

Perguntei. Tinha sido estúpido por fazer essa pergunta, do jeito que a garota era doida, ia pensar que eu estava afim dela.

Não que eu esteja, mas o que ela tem de beleza tem de esquizofrênia.

— Que legal, maconheiro! — Cherryl levantou a sobrancelha direita, enquanto me encarava. — 'Ta interessado por quê? Vontade de me pegar?

— Eu devo ter jogado pedra na cruz pra merecer isso. — Murmurei, juntando minhas mãos e fechando meus olhos, pedindo perdão por todos os meus pecados.

Escutei um barulho irritante no cômodo. Abro meus olhos e percebo que tinha uma abelha perto de Cherryl.

— Não se mexe.

Avisei, mas tudo foi em vão. A garota tinha se assustado e foi picada pelo inseto.

Essa cena foi mais linda do que o Gilinsky sendo preso.

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primeiro; quem ler minha nova fanfic com corbyn eu dou o que quiser.

segundo; alguém já surtou hoje pela oned?

𝑨𝒁𝑨𝑹𝑨𝑫𝑨 • 𝑠𝑎𝑚𝑚𝑦 𝑤𝑖𝑙𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora