𝑨𝒁𝑨𝑹𝑨𝑫𝑨 • 𝑠𝑎𝑚𝑚𝑦 𝑤𝑖𝑙𝑘

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DEMIE, Cherryl.

Fazia horas que meu pai levou o Sammy pro escritório e não deu nenhum sinal de vida.

Isso me deixava um pouco assustada, não pelo sammy e sim pelo meu pai. Ele era a pessoa mais complicada da minha família. Sempre queria converter uma pessoa a qualquer custo, era difícil suportar ele. Então, eu estava sentindo uma pequena peninha do Sammy.

Quando meu pai for pro céu, coitado de Deus.

Desviei dos meus pensamentos quando ouço algumas vozes se aproximar da sala. Isso me deixou aliviada, por saber que os dois estavam vivos.

— Filha. — Meu pai falou comigo assim que chegou na sala. Finjo dar um sorriso gentil e arqueio as sobrancelhas.

— O que foi, Pai?

— Tenho novidades. — O entusiasmo estava visível no meu velho, mas quando minha atenção voltou para Sammy, parecia que ele estava pagando por todos os pecados que ele cometeu. — Temos uma nova companhia pra viagem do fim de semana.

Não consigo esboçar nenhuma reação com o que meu pai falou. Eu estava literalmente ferrada, até porque, o Sammy só ficou conversando com meu pai pra tentar me ajudar.

Droga, eu deveria ter tomado aquele leite.

— Tem certeza? — Perguntei, escondendo o quão desesperada estava no momento. — Pai, o Sammy deve ter algo importante pra fazer. Não tem?

Meu pai se virou para Sammy com o semblante totalmente sério.

Espero que Sammy funcione sobre pressão e invente uma desculpa pra não ir.

— Ahn... eu posso dar um jeito e ir. — Sammy respondeu, com a voz baixa.

Filho da puta medroso.

— Maravilha. — Meu pai deu uns tapinhas — um pouco forte — no ombro do Sammy e saiu da sala.

Levei a mão até minha testa e neguei com a cabeça. Parece que eu estou pagando pelos meus pecados.

Sammy começou a andar em direção a porta, mas antes parou bruscamente e apontou o dedo na minha direção, enquanto me lançava um olhar intimidador.

— Fica com Deus, Cherryl. — Falou com um sorriso assustador no rosto. — E com diabo também porque o estado é laico. Até sábado.

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