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DEMIE, cherryl.

Samuel dirigiu feito um maluco de volta pra casa, isso fez com que chegássemos em menos de dez minutos.

Eu já tinha desistido depois de todas as coisas ruins que aconteceram comigo, então no momento não estava ligando para as consequências.

Sentei na bancada, observando o Samuel tentar afastar a fumaça com a toalha, as tentativas eram completamente falhas. E confesso que era engraçado ver o garoto desesperado.

Soltei uma risada baixa e nego com a cabeça. Soltei uma tosse quando a fumaça veio toda na minha cara.

O garoto se virou para mim, com uma feição séria.

— Você não vai vim ajudar? — Grunhiu de raiva, ao colocar a forma como frango todo queimado na mesa.

— Você quer mesmo minha ajuda? — Perguntei, desconfiada. Já sabendo a resposta dele, eu desci da bancada e andei até onde ele deixou o frango. Peguei a travessa e logo soltei um grito, quando senti queimar minha mão. — Por que você não disse que estava quente?

Gritei de raiva, sentindo o desconforto em minhas mãos e fui correndo até a pia. Liguei a água e deixei coloquei a mão embaixo, sentindo refrescar um pouco.

— Cherryl, eu acabei de tirar isso do forno. — Ele respondeu óbvio, mas pude escutar uma risada escapando dos lábios do garoto.

— Ah, cala a boca! — Resmunguei, fechando meus olhos e pressionando meus lábios. — Abre aqui a janela.

— Eu não, vai se você me joga dela.

— É pra fumaça sair, seu idiota! — Abro meus olhos e me viro para o garoto. Ele levantou as mãos em sinal de rendição e foi fazer o que mandei.

— Depois de hoje eu preciso passar na terapeuta. — Samuel resmungava, pensando que eu não estava ouvindo. Continuava abanando com o pano, e aos poucos a fumaça foi saindo. — É por isso que eu não gosto de crente, tá amarrado.

— Eu estou ouvindo isso. — Falei, arqueando as sobrancelhas e desligo a torneira. Minha mão ainda estava um pouco vermelha, provavelmente iria nascer algumas bolhas.

— É pra ouvir mesmo, Cherryl. — Ele disse, me encarando e estendeu o dedo indicador na minha direção. — Você é muito desastrada e azarada. Espero que você não tenha nenhum animal de estimação.

— Você é muito rude. — Levei a mão ao meu peito, andando em direção ao garoto e dou um tapa na mão dele, fazendo com que ele abaixasse o dedo. — Nem você poderia ter um animal de estimação.

— Olha, eu sou amigo do Maloley a mais de cinco anos e ele só me mordeu duas vezes. — Disse e logo em seguida saiu da cozinha, completamente irritado.

Balancei a cabeça negativamente com o que o garoto falou. Pensei que eu iria surtar primeiro do que ele, mas parece que foi aos contrário.

Pressiono meu lábio e caminhei para fora da cozinha, para ir na sala. Samuel estava assistindo o noticiário que passava na televisão.

Essas horas, já era pra estar passando The vampire diaries, senão tivesse sido cancelada.

— Não acredito que cancelaram the vampire diaries pra passar essa porcaria. — Resmunguei, me sentando no sofá.

— Isso é o noticiário. — Wilk franziu o cenho, sem deixar de revirar os olhos.

— E a série é de uma mulher dividida entre dois gostosos. — Falei, deixando minha cabeça na almofada e prestei atenção no noticiário.

Samuel apoiou a cabeça na minha perna, se deitando também.

𝑨𝒁𝑨𝑹𝑨𝑫𝑨 • 𝑠𝑎𝑚𝑚𝑦 𝑤𝑖𝑙𝑘Onde histórias criam vida. Descubra agora