Cap.17

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POV RICHARD
Quando o relógio marcou 16 hrs, mandei uma mensagem para Alice.
📲 Estou no estacionamento. No carro azul. Te espero.
Ela logo respondeu.
📲 Ok.
Minutos depois Alice aparece usando uma jardineira jeans e uma camiseta preta. Seria possível que ela tivesse só roupas feias?
Ela entrou no carro, jogou a bolsa no banco de trás e disse.
Alice: Seu carro não é nada sutil.
Richard: Não gosto de sutileza.
Alice: Não, é claro que não.
Sorri.
Alice: Para onde vamos?
Richard: Você verá.
Ligo o carro e vamos para o lugar que havia escolhido primeiro.
Alice: O lugar que vamos, é o bom ou o ruim?
Richard: O bom.
Alice: Covarde. — ela sorri.
Richard: Mais um adjetivo para minha lista.
Alice: Poderia ir mais devagar?
Richard: Está com medo?
Alice: Não.
Richard olho pra ela de soslaio e a ignoro, aumentando a velocidade, o suficiente para o motor roncar. Alice me olhou com cara feia e ligou o som.
Duas horas depois, Alice começou a demonstrar impaciência.
Alice: Vamos demorar mais quando tempo?
Virei numa rua e entrei numa trilha.
Richard: Alguns minutos e já chegamos.
Alice: Não tinha um lugar mais perto?
Balanço a cabeça em negativa.
Ao chegar no final da trilha, lá estava um chalé, o chalé dos Camacho.
Alice estava boquiaberta, sorriu e olhou pra mim.
Alice: Isso é lindo!
Atrás do chalé, podia-se ver com perfeição o pôr-do-sol.
Descemos do carro e ficamos ali em silêncio por alguns minutos.
Alice: Onde estamos?
Richard: Primeiro, tenho uma ideia para propor sobre o trabalho.
Alice: Diga logo.
Richard: Escreverei sua parte e você a minha.
Alice: Certo.
Richard: Estamos no chalé da minha família. Costumávamos vir aqui nas férias de verão. Era incrível como conseguimos ser uma família perfeita.
Alice: Você e Edwin deviam fazer a festa aqui.
Richard: Aprontávamos muito. — ri. — Vamos, tem que ver por dentro.
Abri a porta e entramos. O chalé continha 7 cômodos e dois banheiros, divididos entre cozinha embutida com sala de jantar, sala de estar, sala de jogos e quatro quartos. Mostrei todos os cantos para ela e depois se sentamos no sofá da sala de estar.

 Mostrei todos os cantos para ela e depois se sentamos no sofá da sala de estar

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Alice: É adorável. Parece que estamos em um filme desses de Hollywood.
Richard: Foi meu avô que arquitetou tudo.
Alice: Nunca o ouvi falar sobre seu avô.
Richard: Não o conheci.
Alice: É uma pena.
Richard: Preciso de mostrar uma última coisa.
Se levantamos e abri a porta dos fundos da casa, ela dava para um mini jardim, que tinha um balanço.
Alice: Um balanço? Não acredito.
Alice corre e se senta. Vejo ela tentar em vão, alcançar o chão, para se balançar. Caminho ficando atrás dela e a empurro.
Ela sorri e me olha de vez em quando colocando a cabeça para trás me enxergando de ponta cabeça, era uma sensação tão leve e gostosa de sentir, de estar ali. E não sei explicar exatamente o porquê, mas seu riso era sem dúvidas um dos sons mais inebriantes de se ouvir.
Depois que o balanço parou e ela deu um pulinho para descer, voltamos para a sala. Se sentamos no mesmo sofá dessa vez.
Alice: Esse é o melhor lugar do mundo.
Richard: Eu ainda acho curioso como você é uma das pessoas mais ricas desse país e não viajou nenhum outro.
Alice: Meu pai é rico, não eu. — ela tira o tênis e cruza as pernas. — Já te expliquei o porquê.
Richard: Você não se parece com suas primas.
Alice: Pra você isso é bom ou é ruim?
Richard: Pra mim é bom. Eu tinha uma ideia na minha cabeça que todos os Howards fossem esnobes e mesquinhos. Aí veio você e se mostrou diferente.
Alice: Megan e Agnes não são assim.
Richard: Sim. Mas elas ainda usam o nome para se beneficiar.
Alice: É um costume. É uma pena para elas.
Richard: Concordo.
Alice: Li sobre sua mãe esses dias. Ela faz caridades em Londres e em outros lugares.
Richard: Foi a pedido meu.
Alice: Sério?
Richard: Não. — dou risada. — Ela é a alma boa.
Alice me dá uns tapas no ombro rindo.
Alice: Por um segundo eu acreditei.
Richard: Eu percebi.
Alice: Você também é uma alma boa Rich. Não esqueça do que já fez por mim uma vez.
Richard: Eu jamais esqueço de algo sobre você. — murmurei. Vi Alice abrir a boca para dizer algo e continuei. — Nem de você.
Ela ficou me encarando sem dizer nada, apenas analisando meu rosto, enquanto eu alisava a minha mão sem parar e mordia meu lábio inferior por dentro.
Alice: Posso te fazer uma pergunta?
Richard: Claro.
Alice: Você disse que resolveu seu problema com a Elisabeth, mas parecia nervoso. O que realmente aconteceu?
Richard: Eu rompi com ela.
Alice arqueou as sobrancelhas, olhou para frente para disfarçar sua surpresa.
Alice: Por que?
Richard: Por que o que?
Alice: Por que rompeu com ela?
Pensei em mil e uma respostas. No fim decidi ser sincero.
Richard: Por causa de você.
O peito de Alice descia e subia, ela ficou me encarando até sorrir.
Alice: Você é muito engraçado Rich!
E Alice ficou ali gargalhando pelo que foi uma eternidade.
Depois que ela superou a crise de riso, sugeri que fossemos embora já que ela tinha muito o que escrever.
Chegamos no internato por volta das 20 hrs da noite. Alice se sentou na escrivaninha e eu fui tomar banho.





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