Meu Vício-CNCO

Capítulo 17: Qualquer coisa

Pov Alice
22 de março, ás 04:09.
Já eram pouco mais de quatro horas da manhã, quando Erick havia voltado do quarto de Isa.
Erick: Vamos ficar aqui por mais um tempo. O médico disse que quer observá-la por 24h. Então vou liberar vocês para descansar um pouco.
Alice: Estamos aqui pro que precisar.
Rich: Mande notícias pra nós, ouviu? — disse Rich enquanto o abraçava, logo depois eu.
Saímos dali. Rich ainda meio desnorteado ligou o carro e voltamos em sua casa. Já que havia deixado minhas coisas lá.
Quando passamos pela porta Rich desabou. Ele se sentou no sofá e eu ao lado dele o abracei. Ele seria o padrinho, afinal e a dor deveria ser maior do que eu podia imaginar.
Tentei conforta-lo apenas com o toque, pois sabia que palavras em momentos como esse não faziam sentido e as vezes pioravam a situação. Mexia em seu cabelo e quando ele apertava meu corpo com força, eu deixava.
Alice: Vai ficar tudo bem
Eu sussurrei e me afastei.
Limpei seu rosto olhando em seus olhos e disse que agora precisava descansar. Ele assentiu sem discutir e aquilo só me confirmava que Rich estava em seu pior momento.
Ele relutaria, diria que não, e pediria espaço, mas naquele momento não foi assim.
Ele foi até o quarto lentamente, se sentou na cama e ficou ali até desistir e jogou o corpo para trás.
Eu me sentei ao lado dele e fiquei com o braço apoiado na cama fazendo carinho em seus cabelos mais uma vez.
Eu queria que ele dormisse pelo menos por um curto período, pra seu corpo depois não entrar em estafa.
Por volta das 6:00 hrs, Rich dormia. Seu sono estava agitado, mas presumi que aquilo era o máximo que alcançaríamos.
Escrevi um bilhete e deixei na mesa ao lado.
"Vai ficar tudo bem. Me ligue se precisar de qualquer coisa."
Logo fui para o térreo e peguei meu carro na garagem, tratei de passar em uma padaria comprar algo para Erick e Isa.
Quando cheguei lá encontrei Erick bebendo um copo de água em frente a um bebedouro.
Alice: Como estão? — disse em tom baixo e coloquei a mão em suas costas
Erick: Isa dormiu agora pouco. Estamos destruídos, Lice.
Seus olhos marejaram e as lágrimas começaram a cair. Eu o abracei e tentei conforta-lo o máximo que podia.
Alice: Trouxe pra vocês. Eram os seus favoritos do colégio.
Eu sorri tentando mostrar calmaria. Erick agradeceu e depois de alguns minutos ali, uma enfermeira o chamou.
Nos despedimos e eu fui até meu carro novamente.
Eu sabia que a situação corporal de Isa logo se resolveria, mas a dor que os três ali sentiam era de partir o coração que pulsasse sangue quente.
Não sabia quanto tempo demoraria para superar, e minha ansiedade gritava querendo de alguma maneira amenizar a dor.  Me contentei em aceitar que eu não conseguiria fazer mais que isso.
Quando cheguei em casa eu tomei um banho e um café forte. Eu tinha que ir para a empresa em outro momento descansaria.
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22 de março, ás 18:37.
Quando cheguei fiz o que tinha que fazer, porém meus pensamentos não estavam no presente. Eu só pensava em como eles estariam nesse momento.
Quando cheguei em casa meu corpo estava cansado. O cansaço pesava os olhos e eu me deitei na banheira com água morna.
A sensação que eu sentia era horrível, talvez agora eu tivesse tido o tempo de relaxar o corpo. E assim senti as lágrimas caírem do rosto.
Era realmente ruim ver aquelas pessoas que tanto me importaram um dia e me importam agora terem crescido e estarem bem,pra de repente estarem passando por aquilo.
A chuva não parou um minuto desde o momento em que cheguei na empresa. Trovejava forte.
Quando saí me sequei, coloquei um pijama e me deitei, pouco antes das 19:30.
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23 de março, ás 08:32.
Eu tinha ido até a empresa com o celular conectado no carro e em ligação com Rich.
Ele me atualizou do estado de Isa e disse que agora ela estava em casa e dormindo junto com Erick.
Fizemos o que dava pra ser feito e agora só o tempo curaria. Queria vê-los, mas sei que agora deveriam ficar quietinhos.
Disse a Rich mais uma vez que qualquer coisa que precisasse ele agora tinha meu endereço encaminhado em seu celular.
Poderia bater na porta se quisesse e meu telefone sempre estaria disponível.
O dia mais uma vez começava corrido, eu sentada em minha mesa, papéis jogados em todo canto e reuniões a serem feitas.