Capítulo 25:ciúmes

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Pov Alice
01 de maio ás 6:30 hrs.
Se eu sentia ciúme? Claro que sentia.  Eu e Elisabeth nunca nos demos bem e vocês sabem o porquê.
De repente, ela aparece na casa dele como se fosse dona do apartamento e eu não posso dizer nada, porque eu e Richard não conversamos ainda sobre o que somos.
Nas últimas semanas passei a me concentrar muito na Queen pra não me estressar ou sentir saudades (Ou qualquer outra sensação que se alinhasse a ele, o que era praticamente impossível).  Além de que eu ainda não parei de pensar no fato dele não querer filhos ou casar. E eu... bem, vocês sabem.
Hoje pela manhã, depois que me levantei fui correr, como tinha feito nos últimos meses, sempre que podia.
Passei em uma cafeteria e pedi um cappuccino junto com alguns pãezinhos pequenininhos e redondos que tinham sabor de queijo.
Quando cheguei em casa tomei um banho, me arrumei e fui a Queen. Eram tantos papéis e tantas reuniões que ao final do dia quase não me sobrou espaço sequer pra olhar o pôr do sol, que aliás era lindo de ver da minha sala.
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01 de maio ás 19:23 hrs.
Quando cheguei em casa tomei outro banho e coloquei um moletom, peguei o notebook e resolvi escrever um pouco. Ah! Como a saudade dói.  Éramos eu, a luz do notebook no rosto, o apartamento inteiro escuro e só o abajur da sala ligado, com um copo de água ali perto pra eu molhar a boca quando esquecesse das palavras.
Comecei: "Eu nunca me dei bem com pessoas. Mas você quis ser diferente.". Ia apertar o enter pra que descesse uma linha, minha campainha tocou.
Me levantei e abaixei o moletom um pouco, a calcinha box chegava a parecer um short, mas mesmo assim era melhor que eu abaixasse um pouco, por segurança.
Girei a chave e quando abri...
Rich: Vai me ignorar por mais quanto tempo?
Ele vestia uma calça jeans um pouco larga, uma camiseta branca e um tênis.
Alice: Entre. E eu não estou te ignorando.
Ele passou pela porta e eu a tranquei, liguei as luzes e fui em direção ao sofá e ele se sentou ao meu lado.
Rich: Isa e Erick estão voltando pra NY, vão adotar um casal de crianças. Eles perderam os pais a pouco tempo.
Alice: Richard! Isso é ótimo! Vou ligar pra ela depois, devem estar animados.
Rich: Estão sim e acho que isso vai ajudá-la ainda mais com o fato de ter perdido o bebê.
Alice: Tem razão, ela vai ocupar bastante a cabeça, qual a idade deles?
Rich: 5 e 7 anos.
Alice: É, eles vão ficar bem ocupados. — digo rindo e pude ver Rich me encarar por um tempo.
Rich: Ainda sente ciúmes da Elisabeth?
Fiquei em silêncio e olhei pra frente.
Rich: Se quer que isso dê certo precisamos ser sinceros um com o outro.
Alice: Sinto... -digo e volto a atenção a ele.
Rich: Não precisa sentir. Ela virou uma grande amiga depois que saí do internato.
Apenas assenti e fiquei encarando o nada, o silêncio fez morada ali por um tempo.
Rich: Bom... Estou vendo que não quer a minha companhia. Só vim aqui pra te falar sobre Isa. Achei que devia saber. 
Ele levantou e eu levantei o rosto para olhá-lo e perguntar.
Alice: Só por isso?
Rich: Você não respondeu minhas mensagens durante todo o dia, o que pra mim significa que foi por opção. E se está conseguindo tomar decisões, significa que está bem. 
Alice: Tenho passado os dias todo trabalhando, e você ficou uma semana sem falar comigo, por causa da sua grande amiga.
Rich: Alice....
Alice: Howard, é o meu nome.
Ele me olhou nos olhos e senti meu rosto queimar.
Rich: Quando vai entender que é você que eu quero?
Alice: Me esclareça o que somos... Não quero me iludir, nem criar expectativas demais. 
Rich: Estava esperando você dizer algo sobre, não queria te pressionar...
Alice: Richard! — dou uma risada nervosa. — Eu te amo. Nunca deixei de te amar.
Ele ficou me encarando, desviando o olhar pra minha boca e eu a dele. A sensação de estar próxima a Richard era sempre quente. Sendo de raiva ou prazer. A conexão entre nossos corpos era inevitável, quando colavam... Não se soltavam mais. O coração acelerava, os gemidos não eram baixos e o corpo ficava suado.
Eu tento concluir minha tese na minha cabeça, mas ele calou minha boca com um beijo. Retribui, estava com raiva, mas se tratando dele ...
Ele voltou a sentar no sofá e me colocou em seu colo. Os beijos continuaram e eu movimentava minha cintura, já o sentindo ficar duro. Me deu beijos no pescoço e tirou meu moletom, passou a língua antes de começar a chupar um dos meus peitos. Joguei a cabeça pra trás, me segurei em seus ombros e arfava de prazer.
Desci a mão pelo seu abdômen até encontrar o zíper e o botão de sua calça, logo abri e ele me olhou com um sorrisinho malicioso. Ele abaixou sua calça e cueca, e me ajudou a tirar a calcinha. 
Antes de que ele se encaixasse em mim ainda me deu mais um beijo, segurou em minha cintura e a movimentava. Era torturante para ambos. Passou seu membro pelo meu clitóris e encaixou, me segurando para apenas a cabeça de seu membro entrar. Quando não aguentava mais, pedi.
Alice: Preciso de você dentro de mim. — sussurrei em seu ouvido e ele me penetrou com força.
Eu que já estava ansiosa por isso, comecei a me movimentar.
Alice: Aah-a... Amor...
Buscava sua boca vez ou outra para abafar esses gemidos e aproveitava cada segundo que podia.
Minutos depois ele me deitou no sofá e me estocava com força, já me fazendo sentir dor. Mas não pedi que parasse.
Ainda me pegou no colo, sem desencaixar e me levou pra cama, onde continuou a fazer o que estava fazendo.
Uma hora e meia a frente tínhamos terminado, provavelmente acordado o prédio. Tomamos banho, nos aconchegamos. Ele ficou mexendo em meus cabelos, mas senti quando ele parou e adormeceu.
Seu cheiro era sem dúvida nenhuma, o melhor aromatizador que meus lençóis ou minhas roupas poderiam ter. Era inebriante, não só seu cheiro, mas ele por inteiro, em cada pequeno detalhe e com esse pensamento adormeci.

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