Capítulo 7: Sensações desconfortáveis

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Pov Alice
7 de março, ás 9:22.
Me dei a liberdade de acordar um pouco mais tarde hoje. Levantei da cama, vesti um top e uma legging, prendi o cabelo e sai pra correr em um parque que havia ali perto.
A noite tinha sido meio conturbada, mas acabei me resolvendo comigo mesmo e decidindo que aquilo era apenas um frio na barriga ao ver alguém que já gostou muito.
Enquanto corria ouvindo música observava o movimento, NY até aos domingos conseguia ser caótica.
Agnes e Joel foram visitar alguns amigos e Megan e Zabd provavelmente passariam o dia dormindo.
Parei em uma cafeteria para pedir uma das minhas bebidas favoritas ultimamente, Matcha.
Enquanto esperava meu pedido Chris me mandou uma mensagem.
📲 Chris: Está ocupada hoje?
                                                                                            Creio que não, por que?
Chris: Vou fazer um almoço pra gente
Eu parei de teclar quando a atendente chamou meu nome. Peguei o copo e voltei ao apartamento.
Consegui tomar um banho antes do Chris chegar. Estava deitada no sofá, usando um roupão, mexendo no celular, quando ele apareceu segurando algumas sacolas.
Chris: Como está?
Alice: Bem. O que vai fazer pra comer hoje chefe?
Chris: Panzanella. — disse com sotaque italiano fingindo enrolar as pontas de um bigode que não existia.
Eu ri e me levantei para irmos até a cozinha. Ele perguntou se queria ajuda-lo e eu disse que sim. Ele dava as ordens e eu obedecia.
Alice: Estava pensando... — disse enquanto roubava um pedaço de queijo que ainda não estava derretido na panela.
Chris: Não é pra comer agora.
Ele me deu um tapa leve na mão e me olhou
Chris: Continue... estava pensando...
Alice: Devíamos fazer algo a mais com a editora, não acha?
Chris: Como assim?
Alice: Não sei, talvez projetos em bairros carentes. Com uma empresa desse tamanho da pra fazer muita coisa.
Chris: Tenho certeza de que qualquer coisa que vier a decidir dará certo.
Ele me deu um selinho e terminamos de cozinhar. Almoçamos e deitamos no sofá com cobertor vendo Tv.
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7 de março ás 21:20.
Ouvimos a campainha tocar e Chris me olha.
Chris: Está esperando alguém?
Alice: Não.
Me levanto e vou até a porta, quando abro vejo Agnes, Megan, Zabd e Joel.
Todos: Pizzaaaaaaaa!
Começo a rir e eles entraram, os meninos seguram 2 caixa de pizza cada. Fecho a porta e me junto com eles na sala.
Megan: Espero que não tenhamos atrapalhado vocês.
Chris: Jamais. Sabem disso.
Alice: Vamos pra cozinha então. O cheiro dessas pizzas estão me matando.
Todos fomos pra cozinha. Chris pegou um vinho e abriu, enquanto eu pegava os copos e pegava uma garrafa de suco de laranja.
Começamos a comer e conversar sobre várias coisas, principalmente sobre a festa de ontem.
Agnes: Ah! Vocês viram?
Zabd: O que?
Agnes: Richard estava na inauguração, saiu fotos dele em portais de fofocas.
Chris: Estava? — indagou.
Megan: Pela foto que Agnes me mostrou ele estava acompanhado, acho que era de uma tal de... Carolina... Não. Camilla Smith.
Alice: Ela é filha de um dos meus principais sócios. —expliquei.
Joel: Você o viu?
Olhei para Chris que comia uma fatia de pizza olhando pra baixo, com certeza desconfortável com o assunto.
Alice: Não. Não o vi. — digo colocando mais suco no meu copo. — Mas então Meg, ainda não me disse o porquê de não querer vir pra cá também?
Meg: Não posso simplesmente abandonar aqueles três idosos sozinhos em London, querida. — ela explica. —Aliás o tio Oliver não tem a esposa, esqueceu?
Alice: Eles não são idosos — dou risada. — Eu lhe agradeço por cuidar dele por mim.
Zabd: Nada que um duplex em Londres não resolva, priminha.
Alice: Interesseiro.
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8 de março, ás 10:17.
Hoje depois que acordei, me arrumei e vim para a editora. Martina havia me passado meus horários e tinha algumas reuniões e alguns papéis para assinar.
Ontem havia pesquisado brevemente pelo celular alguns projetos com bairros carentes na cidade e achei um que me interessou muito. Antes de ir embora liguei para o escritório que organizava os projetos no bairro e consegui um encontro com o diretor no dia seguinte de manhã. Era interessante, fiquei sabendo que as crianças tinham aulas de teatro e dança.
A minha proposta era que eles pudessem ter uma biblioteca comunitária, além de aulas de literatura que eu mesma poderia dar se fosse necessário. Esse seria meu próximo passo com a editora.

Meu Vício-CNCOOnde histórias criam vida. Descubra agora