- Boa noite, filho...
[...]
Logo após tais palavras, notei que as lágrimas nos olhos do meu ruivo rolavam bochecha à baixo, sua boca levemente aberta, enquanto o homem à frente — que parecia ser seu pai — continuou calado, como se esperasse por alguma resposta.
A senhora Park, assustada, continuou sentada, e ela parecia não tê-lo ouvido, pois ela não ficaria apenas sentada caso o ouvisse.
— O-Oque?
— Vim te ver. — De trás das costas, nas mãos, havia um buquê de flores azuis, e então o inclinou para que Jimin pegasse. — Como um pedido de desculpas.
Jimin, incrédulo, — e com os olhos cheios de raiva — — pegou o buquê e o derrubou propositalmente no chão, fazendo com que as flores se espalhassem e o plástico envolta assustasse a senhora Park, que com o barulho, imediatamente levantou.
- Saia. Agora, saia. – So-Dam arregalou os olhos que estavam vermelhos, observando o homem à sua frente.
Eu apenas permaneci ali, parado, acariciando as costas de Jimin na tentativa de acalmá-lo, já que não havia mais nada para se fazer. O homem, ainda de frente para nós, observou as flores no chão, e com as duas mãos sobre a testa fez negativa com a cabeça, espantado.
- So-Dam, o meu assunto aqui é com Jimin. Por favor, me deixe entrar.
- Que assunto? Jimin é nosso filho, e que por meses você agiu como se ele não existisse. Não me venha com essa. – Ela logo se enfiou em nossa frente, falando com o tom de voz mais alto.
- Eu não quero falar com você, Hyunbin. – Jimin ditou então, encolhendo-se contra meu braço sobre seu corpo, suas lágrimas já haviam se sessado, mas lembro-me bem que para acalmá-lo demorou muito, tanto que tive que passar a noite em sua casa.
- Jimin... filho, me dê uma chance!
- Nunca mais me chame de filho. – Transpareceu raiva em sua voz, ainda que sua expressão tivesse mudado para uma completamente triste, e o homem à frente se desesperou quando nos afastamos para fechar a porta.
- Pelo menos converse comigo por mensagem. Jimin, por favor... tenho muito para te contar. – Foi a última coisa que ouvimos antes de fechar a porta, especificamente antes da senhora Park batê-la com força, formando um enorme estrondo. De imediato ela puxou Jimin para seus braços curtos, e com as mãos tão semelhantes às dele, acariciou os fios alaranjados, e em seu olhar e expressão era notável o desespero lhe corroendo, e mais um mútuo de sentimentos indecifráveis.
Eu apenas os observava, e assim como eles, estava triste e pensativo sobre o que fazer naquele momento. No entanto, Jimin logo se afastou, enxugando o rosto com suas mãos enquanto me puxava em direção a seu quarto.
- Você pode passar a noite comigo? – Já sentados em sua cama, ele perguntou, sua voz estava rouca e embargada, ouvi-la neste estado me quebrou inteiramente por dentro. – Sinto que se você não estiver aqui para me acalmar, vou passar toda a noite chorando.
- Posso. Claro que vou ficar aqui, amor. – Acariciei seu rosto, beijando sua testa. – Mas preciso avisar à minha mãe...
O ruivo apenas concordou e deitou-se em meu colo enquanto eu explicava à minha mãe o motivo de eu ter que passar a noite fora. Ela ainda era um pouco rígida naquela época, mas ela havia me entendido completamente.
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First Love - jjk × pjm
FanfictionMeu nome é Jeon Jungkook, tenho vinte e cinco anos, sou empresário de imóveis, e aqui, conto minha própria história, desde os dezesseis anos, onde conheci o - primeiro - amor da minha vida, Park Jimin. Eu era apenas um adolescente procurando seguir...