Capítulo 1 [♡] Seu sorriso

62 8 0
                                    


Jungkook, há nove anos atrás.

Bem... desde minha infância até a adolescência, para ser exato, vivi em Busan, minha cidade natal. Nunca saí de lá para morar em outra cidade, exceto para ver alguns de meus parentes em Seoul, mas eram apenas visitas.

No entanto, quando eu estava no segundo ano do ensino médio, no meio do ano, meus pais tiveram de se mudar para Seoul, e consequentemente, eu teria de ir também - o que, na época, para mim era terrível.

Eu adorava Busan, tinha muitos amigos na escola e tudo estava ocorrendo bem. E pensar em uma mudança... casa nova, bairro novo, escola nova - o pior - me fazia querer chorar e bater o pé, dizer que iria ficar. Eu sempre fui muito apegado aos costumes diários, às rotinhas monótonas, mas que já era meu costume, então não me incomodava. E, além do mais, todos no bairro em que eu morara em Busan, me conheciam. Eu amava as brincadeiras de rua, ou ir às praças de tarde... pensar que tudo na minha vida iria mudar, era deveras ruim, pois odeio tudo que me faça estar fora da rotina... era um hábito.

No entanto, eu tinha apenas dezesseis anos na época, não tinha escolhas a não ser aceitar.

Recebi a notícia da mudança logo após a minha saída da escola. Minha mãe, meu pai e eu estávamos almoçando.

- Eu conto, Lee? - Minha mãe encarou meu pai, seu rosto exalava uma expressão apreensiva.

- Não, meu bem. Eu mesmo conto. - Então, meu pai me encarou, depositando os talheres sobre a mesa. - Bem... querido, nós iremos nos mudar. Eu recebi uma proposta empresarial muito boa em Seoul, o que me ajudaria com os negócios. E nós iremos amanhã...

Arregalei os olhos, e senti que todo o apetite que eu tinha, foi embora. E quase que de imediato, minha feição tornou-se em uma carranca feia. No entanto, não disse nada. Apenas me forcei em comer a comida que estava em meu prato.

- Querido... sabemos que você gosta muito daqui. Mas não temos escolha, é uma proposta imperdível! - Minha mãe tocou em minha mão, tentando me acalmar.

- Eu não tenho escolha. Vou começar a organizar algumas coisas...

Foi a única coisa que eu direcionei a eles o resto do dia todo, pois fiquei trancado em meu quarto até o outro dia pela manhã, que foi quando partimos.

Nossas malas já estavam arrumadas, tudo o que precisávamos já estavam no grande porta-malas do papai.

Antes de finalmente partimos, meus pais e eu havíamos apenas tomado um rápido café.

- Já fomos em sua escola, querido. Seus professores e colegas mandaram um abraço... - Minha mãe, apesar de entusiasmada com a viajem, soou triste com seu timbre dirigido a mim, pois ela também gostava muito da escola em que eu estudava.

Eu nunca tive problemas com brigas e notas baixas como alguns colegas de minha sala, e pelo fato de eu estudar ali desde criança, os professores tinham um enorme apego por mim. E, no início, foi muito difícil para que eu me acostumasse sem os mesmos professores e colegas... mas, com o tempo, tudo foi passando.

A viajem não havia sido longa, então, quando menos esperei, já estávamos em Seoul, de frente para minha casa nova.

Eu havia acordado com o barulho das portas do carro se abrindo, e minha mãe estava conversando com uma mulher que aparentava ter sua idade, tinha cabelos castanhos e segurava na mão de um garoto ruivo, de rosto angelical e fofo.

Eu apenas espiei tudo pela janela para observar o menino ruivo que havia tirado a minha atenção por um bom tempo, até que...

- Ah, So... deixa eu lhe mostrar o meu pequeno.

Minha mãe abriu a porta do carro, puxando-me para que eu descesse.

E, de frente agora para a mulher e seu filho, senti-me demasiadamente envergonhado... especificamente pela minha cara de sono.

- O nome dele é Jeon Jungkook, dezesseis aninhos.

Ela sempre me tratara como uma criança na frente das pessoas...

- Oh... o meu Jimin tem dezesseis também. Olha só, querido... poderá fazer um amigo vizinho! - A moça ditava com alegria, e o menino chamado de Jimin, sorria juntamente.

E, jamais me esquecerei de quando o vi sorrir assim, pela primeira vez, naquele dia. Seus olhinhos formavam-se duas linhas, enquanto seus lábios exibiam seus dentes brancos, e os da frente, meio tortinhos.

Ah... meu olhos se fixaram apenas em seu rosto bonito e angelical, tanto que nem percebi quando o garoto havia estendido sua mão para me cumprimentar.

- Oi, Jungkook.

E, prontamente e tímido, cumprimentei sua mão pequena. Em seus miúdos dedos, haviam anéis prateados... ele parecia ser estiloso.

- Oi, J-Jimin...

Notando sua vestimenta, ele usava apenas um blusão branco, calça moletom e pantufas. Fofo...

- Tá vendo, filho? Jimin é da sua sala na escola nova! - Despertei-me quando minha mãe se direcionou a mim, e eu apenas concordei, sorrindo.

Meus olhos não queriam olhar para qualquer outra coisa que não fosse o rosto do garoto ruivo... e, bem... até então, eu não entendia o porquê.

- Bem... o Jimin poderá ajudá-lo com os conteúdos já estudados na escola, não é, querido? - O ruivo sorriu, acenando em concordância. O tempo todo eu lhe encarava, mas quando seus olhos se intercalaram com os meus, por breves segundos, não consegui manter o contato. Seus olhos esbanjavam uma intensidade sem igual. - Nós moramos nesta casa da frente, Jungkook. Será mais fácil para vocês.

Eu acenei em concordância, meio desconcertado pelos meus pensamentos.

Mas, com toda a certeza, Jimin é o garoto mais bonito que eu já vi em minha vida. E, jamais me arrependeria de olhá-lo por tanto tempo, como foi no dia em que nos conhecemos.

E, eu sempre agradecerei aos céus e aos meus pais por terem decidido se mudar, me pôr em uma escola nova e em um bairro novo, pois foi a partir daí que uma nova fase em minha vida se manifestou.

E foi a melhor fase, pois havia o conhecido.




[ Continua... 🌞]


E então, anjos, o que acharam? Bem, se puderem, gostaria que vocês pudessem me dizer aqui nos comentários! <3 Espero muito que tenham gostado. Pra quem quiser, a fanfic foi postada no spirit, o user é o mesmo: MadyeJJ. É isso, anjos! Até o próximo capítulo <3

First Love - jjk × pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora