Abro meus olhos sorrindo, enquanto pisco algumas vezes para tentar me acostumar com a claridade do local. Dormi cedo na última noite então acabei não vendo minhas mensagens. Os dezoito anos chegaram como um trem me atropelando e sinceramente? Hoje eu só quero curtir.
Desbloqueio meu celular e imediatamente entro no WhatsApp ansioso procurando por uma mensagem específica. Queria ver o parabéns da Mari ali, ela era muito importante pra mim e claramente eu também era para ela. — Ou pelo menos eu achava isso.
Me choca um pouco o fato de não ter nenhuma mensagem dela, e sim uma de Karen.
Karen: Parabéns baby, te desejo tudo de bom! Que você continue sendo esse lek responsa que sabe que é! Espero que nossa amizade continue crescendo e que tu realize todos os seus sonhos e todos os seus desejos.
Eric: Valeu gatinha, desejo tudo em dobro pra você! — Respondo com uma figurinha da Gretchen.
Espero alguns segundos se passarem e resolvo perguntar sobre Mari, elas são melhores amigas e se tem alguém que conhece ela, é a Ka.
Eric: Tem falado com a Mari esses dias?
Karen: Óbvio, ela mora comigo kkkkkkkkkkkkk.
Eric: Tô preocupado, esses dois últimos dias não se falamos mt e ela não me deu parabéns.
Karen: Aconteceu uns ngc meio doidos aqui… Não me sinto bem pra ficar falando pq não é sobre mim, mas se fosse você viria até aqui ver ela. Ela tá acabada.
Eric: Carolina morreu?? — Por um momento meu coração palpitou forte.
Karen: Antes tivesse morrido, peste.
Eric: Vou só tomar uma ducha e colo aí. — Bloqueio meu celular e vou direto para o banheiro.
Após sair do banho, visto uma bermuda jeans e uma regata branca. Passo uma pomada no cabelo pra dar brilho, perfume e desodorante. Hoje muitas pessoas vão me abraçar então eu tenho que estar cheiroso no mínimo.
Saio do meu quarto batendo a porta e logo encontro minha mãe e pai na cozinha, com minha irmãzinha do lado. Haviam diversas coisas sob a mesa. Consegui ver café, leite, chocolate, frutas, pão, bolo, pão de queijo, suco e uma taboa de frios.
Eu amo aniversários…
— Bom dia meu amor! — Dona Neide é a primeira a levantar e vir me abraçar. Por um momento, podia sentir que o mundo poderia desabar ao meu redor e ainda assim eu estaria seguro nos seus braços. — Feliz aniversário.
Confesso que muitas das vezes acabo ficando sem graça com presentes e elogios e por isso, tenho medo de que minha reação seja meia… apática?
— Parabéns meu garoto! — Meu pai me abraça e me beija e em seguida tira uma nota de cem reais do bolso. — Pra você aproveitar hoje.
— Não precisa pai, tô suave.
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Doce Juventude - [Em Andamento]
RomanceMariana Ferraz, é uma jovem de humilde origem que nasceu no subúrbio do Rio de janeiro, quando fez treze anos sua vida virou completamente de cabeça para baixo com um acontecimento que a tornou solitária e em uma situação um tanto quanto cruel para...