14 - Boas Noticias.

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Depois de dois dias na casa da Bru eu já estava me sentindo um pouco mal, não pelo local e nem pelas pessoas já que seu pai é um idiota, mas quase não se dirigiu a mim e a casa era simplesmente perfeita, mas sim por mim

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Depois de dois dias na casa da Bru eu já estava me sentindo um pouco mal, não pelo local e nem pelas pessoas já que seu pai é um idiota, mas quase não se dirigiu a mim e a casa era simplesmente perfeita, mas sim por mim.

Realmente ser rico fazia a diferença, comida boa, dormida boa, banho bom, só tendo esses três pontos eu teria poupado muita raiva que já passei nessa vida.

Não gosto de pensar que estou incomodando as pessoas e por mais que ela tenha dinheiro e tenha insistido pra mim ficar aqui eu tinha essa sensação.

Segunda casa de pessoas diferentes e nem um passo mais perto do meu sonho. Os bolos não deram errado, pelo contrário, eles deram muito certo, mas com toda a loucura e todos os acontecimentos da minha vida eu nem tive tempo pra pensar em mais nada. Sinto que falta algo, uma página nas redes sociais ou sei lá… Algo que me faça sair pra fora dessa bolha onde vivo. Preciso pensar sobre isso.

Aqui na mansão eu tenho um quarto só pra mim, mas passo a maior parte do tempo no quarto da Bru, nós assistimos séries, filmes e fofocamos tudo que ainda não tínhamos tempo para conversar ou contar de uma para a outra.

Ela me contou sobre sua mãe ter ido morar na Rússia após chegar em um ponto da relação onde ela simplesmente não aguentava o marido. Os dois tiveram uma briga feia e a mulher acabou fugindo de casa sem satisfação nenhuma. Fazem dois anos já, de início ela enviava todos os meses uma carta para a filha contando sobre sua vida, mas nesse último ano as duas ainda não haviam se falado, elas não tinham telefone, redes sociais e nada uma da outra, então Bruna não sabia nem se sua mãe estava viva.

Isso era um trauma que ainda mexia muito consigo, principalmente porque após a ida de sua mãe, seu pai achava que podia controlar a sua vida em 100% e cobrava muito dela.

Hoje combinamos de ir para a praia, aproveitaremos o dia para colocar nossas cabeças em dia, água, sol, é tudo de que eu preciso pra pensar um pouco. Tem muita coisa acontecendo e eu mal tenho cabeça pra conversar com meu namorado, mas acho que hoje vou conseguir encontrar com ele na praia.

Eric insistiu para que eu ficasse na sua casa ao invés de na casa da Bru, mas ela me pediu primeiro e eu não sabia como recusar o convite, de qualquer forma, quem sabe se eu não vou ir pra lá na minha mudança de casa.

Para não perder tempo, já tomamos um café da manhã bastante reforçado e nos trocamos. Bruna vestiu um biquíni amarelo e eu um maiô rosa, era por volta das onze da manhã e o calor já estava convidativo.

— Tá pronta, miga? — Bru me pergunta enquanto passo um pouco do seu protetor solar.

— Sim, quero fazer uns bolos quando eu voltar hoje de noite, tô precisando de uma grana.

— Beleza, quando o sol se pôr a gente volta, ou sei lá até antes.

Era engraçado ver que nem mesmo as roupas que eu estava usando eram minhas, esse biquíni por exemplo é da Bru e ela me emprestou. As roupas que tenho ou eram da Carolina, ou eu pegava na igreja quando vinha doação, não tenho nada muito luxuoso e diferente.

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