6 - Maldito sorriso.

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Mais um dia sou tirada de meu incrível sono, graças a vida que resolveu que eu deveria trabalhar pra chegar onde eu quero

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Mais um dia sou tirada de meu incrível sono, graças a vida que resolveu que eu deveria trabalhar pra chegar onde eu quero.

Já imaginou se os sonhos todos estivessem em uma vitrine de loja e nós pudéssemos comprar tudo aquilo que a gente sonha? Seria incrível poder comprar a minha carreira de modelo já pronta, mas não rolou.

Entro no banheiro abrindo o box com cuidado para o barulho de plástico roçando em outro plástico não acordar a casa inteira e então deixo que a água quente percorra todo o meu corpo.

Hoje era dia de produzir, é sábado e logo não tem aula, só que graças a nossa semana sem aula, teremos que ir para escola para fazer um simulado hoje.

Por que hoje tinha que ser dia do sim? Ter cabelos grandes é lindo e importante pra minha carreira, mas dá um puta trabalhão pra finalizar e fazer fitagem, por isso acordo com uma hora e meia de antecedência antes de ir para a escola.

Termino de me secar e um estalo surge em minha mente: Mariana. Onde aquela infeliz tava? Ela me mandou mensagem dizendo que ia pro Eric ontem de noite e tipo, sumiu.

Tento não entrar em choque por que de certa forma ela está na responsabilidade dos meus pais, mas é inevitável.

Visto uma roupa simples e comum. Uma jardineira jeans e uma blusa azul marinho de manga comprida, em seguida visto meu chinelo de tiras e início a finalização do meu cabelo. Como estou com pressa, passo bastante creme e vou amassando com a mão até chegar ao resultado final.

Desço em silêncio para tomar meu café, e para a minha surpresa a gatinha do sumiço estava entrando pela porta da sala segurando o par de tênis nas mãos. Ela estava com o rosto inchado, cabelos bagunçados e uma blusa de frio duas vezes maior do que ela.

Fechou a porta com cuidado e trancou e quando se virou para trás, resolvi dar uma zoada.

— Bu! — Faço careta e instantaneamente um grito sai da sua boca. Ela empalidece.

— Aí cacete! — Colocou a mão no coração.

— Tá doida menina? Se minha mãe descobrir a gente tá fudida…

— E já descobri. — Escuto a voz de minha mãe vindo da cozinha e então um arrepio corre por todo o meu corpo. — Mariana? — Minha mãe vem até a sala e mede Mari de cima a baixo.

— Desculpa tia. — Ela abaixa a cabeça.

— Mãe, não foi… — Tento defender minha amiga, mas minha mãe me interrompe.

— Meninas, sabem que sou a favor da liberdade de vocês duas, mas trair a minha confiança não dá.

Um silêncio assustador tomou conta da sala e eu pude sentir constrangimento e tristeza por ter acobertado tudo e de certa forma não ter contado pra minha mãe.

Doce Juventude - [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora