9 - Vivendo em uma bolha.

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— Que horas será que são agora? — Pedro perguntou enquanto dava um gole do conteúdo alcoólico

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— Que horas será que são agora? — Pedro perguntou enquanto dava um gole do conteúdo alcoólico.

Eric retira seu celular do bolso e então percebe que já se passaram das duas e meia da manhã.

— Cacete, já são duas e meia! — Ele guarda o celular imediatamente e em seguida corre em minha direção me abraçando com bastante força.

Eu não estava entendendo muito bem tudo o que estava acontecendo ao meu redor, pra mim nada daquilo fazia tanto sentido e eu tentava ao máximo entender, mas tudo o que sentia eram luzes, batidas e vozes bem destoadas em minha cabeça.

— Mari! Se alegra, pô! Qual é? Hoje é seu aniversário! — Ele gritava enquanto me chacoalhava.

Foi então que tudo fez sentido na minha cabeça. Um leve sorriso se esboçou em meu rosto e logo em seguida senti o choque do corpo do Eric contra o meu. Ele estava quente e suado assim como eu, e seu abraço me apertou tão forte que eu podia  jurar que morreria sufocada.

— Eu te amo, Mari. Que você continue sendo exatamente assim, do jeito que tu é! — Em seguida ele pega em meu rosto com as duas mãos e logo me beija, um beijo demorado e cheio de sentimentos.

— Parabéns, amiga! — Karen é a próxima da fila e posso perceber que ela esta emocionada. Talvez pelo excesso de bebida?  — Eu te amo, viu.

Todos recebiam risadas atrapalhadas como resposta, eu sinceramente havia perdido o controle de todo o meu corpo.

Não que eu seja totalmente a favor de beber, mas é como se eu estivesse em outro planeta e por um momento esquecesse de tudo de ruim ao meu redor.

— Parabéns Mari, tudo de bom! — Pedro é o próximo a me abraçar e me desejar milhões de felicidades.

— Podemos ir mijar? — Pergunto para o nosso grupo enquanto faço algumas caretas de criança.

— Tem dinheiro ai? Lá é cabine e tem que pagar um real pra usar. — Pedro me orienta.

— Vamo miga, eu também quero usar. Tenho dois reais aqui! Vai ser seu presente. — Karen ajeita sua bolsa e logo em seguida começa a gargalhar me puxando para o meio da multidão.

Pedro indica com os dedos o local para onde devemos ir e ninguém de fato se preocupa com o grupo se separando, ninguém estava em sã consciência para isso.

Enquanto caminho com os passos desordenados entre a multidão, consigo ver algumas mulheres brigando e puxando os cabelos das outras. Enquanto alguns casais se comem e outras meninas dançam quase nuas em cima dos carros.

— Achei, fica ali. — Karen aponta e logo consigo observar.

Eram cerca de vinte cabines azuis de banheiro e havia uma fila gigantesca para todos usarem aquele banheiro. Era uma vergonha cobrar um real por aquela bodega.

Doce Juventude - [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora