Prólogo.

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Em algum lugar do mundo, em algum continente, em algum país, em algum estado, existe alguém que te motive, aquela pessoa que faz você mudar e te inspira, te ensina a amar a faz com que você se sinta segura nos braços dela e era bem assim a minha r...

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Em algum lugar do mundo, em algum continente, em algum país, em algum estado, existe alguém que te motive, aquela pessoa que faz você mudar e te inspira, te ensina a amar a faz com que você se sinta segura nos braços dela e era bem assim a minha relação com a minha mãezinha.

O pastor sempre pedia para que eu contasse a minha história para as pessoas da igreja, para que parassem de ser ingratas e começassem a pensar em quantas pessoas estão em situações piores do que a deles.

Entrei na igreja, sem cerimônias subi no palco e comecei a falar. Em outras épocas eu me sentiria envergonhada, com um frio na barriga, tremores e suor por todas as partes do corpos, mas eu perdi a minha vergonha.

— Mamãe, eu nem acredito que é o primeiro bolo que estou fazendo! — Minha mãe era confeiteira e desde muito pequena me pegava a observando e a admirando.

— Filha, esse dom é de família e sempre estará em nossa linhagem!

— Eu juro que um dia eu vou conseguir ter a minha própria confeitaria e vou poder te dar uma condição de vida melhor, os melhores carros, casas e roupas. Viagens e tudo do bom e do melhor! — O meu maior sonho era poder sair do morro.

Não que as coisas fossem impossíveis ou terríveis, eu passava por dificuldades, mas tinha meus amigos, uma casa e minha família. Isso era mais do que o suficiente.

— Que assim seja, mas que você nunca perca o mais importante de tudo... A sua verdadeira essência, nunca perca de vista o seu ponto de partida! — Mamãe sempre fez questão de deixar claro que sem humildade não chegaríamos em lugar algum.

Me lembro de como ela era linda, tinha uma pele clara, cabelos castanhos claros, era baixa, e mesmo que trabalhasse muito para nos dar o que comer, não deixava isso transparecer em seu rosto.

— Pronto! Agora é só esperar assar e desenformar. Podemos fazer a cobertura? — Abriu o forno velho e barulhento, porém limpo e necessário e guardou o bolo.

— Sim! Posso fazer aquele brigadeiro de panela maravilhoso que nós sempre comemos! — Eu não sabia fazer muitas coisas, mas meu brigadeiro sempre foi maravilhoso.

— Sim, faça isso. Vou até a feira para comprar alguns morangos e enfeitar o bolo. — Passou as mãos por meus cabelos, e como eu amava aquele carinho!

— Obrigada mãe! Eu te amo. —
Sempre que uma de nós saía de casa, nos despedimos com um beijo na testa, era um costume.

O que eu não imaginava, era que aquela seria a última vez que eu a veria com vida. Os dedos que estavam entrelaçados antes, agora já haviam sido soltos.

Parecia que a cada passo que dava caminhava doce e lentamente para sua morte.

Uma mulher que sempre teve seus exames em dia, tinha uma saúde de ferro, nunca sequer ficava com um mísero resfriado se foi assim? Era difícil acreditar e aceitar.

Doce Juventude - [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora