16 - Preocupado?

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Após toda a confusão, precisei ser forte e dar o apoio que Karen precisava, ela estava se sentindo culpada por tudo o que aconteceu e simplesmente havia entrado em pânico quando viu a Bianca daquele jeito

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Após toda a confusão, precisei ser forte e dar o apoio que Karen precisava, ela estava se sentindo culpada por tudo o que aconteceu e simplesmente havia entrado em pânico quando viu a Bianca daquele jeito.

Todos estávamos apreensivos na recepção do hospital sem informação e muito menos o contato de seus pais para que pudéssemos comunicar do que havia acontecido.

Falhamos em todas as tentativas, tentamos contato por Facebook, Instagram e até pelo LinkedIn, mas tudo foi inútil. A sorte foi que a polícia conseguiu acesso aos contatos do celular de Bianca e logo em seguida comunicaram seus pais do que havia acontecido.

Ajeitei os fios de cabelo que escorriam da minha trança para trás da orelha e caminhei até minha melhor amiga, levei um copo com água.

— Tá um pouco mais calma? — Já fazia cerca de duas horas que estávamos no hospital sem nenhuma notícia sequer.

Karen não respondeu, apenas afirmou com a cabeça, estava apavorada, chorando muito e extremamente assustada.

— Eu disse que era melhor a gente ter falado pra mãe dela. — Isabela estava na mesma situação de Karen. — Com toda essa bosta de concurso, acabamos perdendo o foco do que realmente importa.

— Tu acha mesmo que a mãe dela não sabe? Ela já disse pra gente que a própria mãe faz ela se sentir assim… — Karen falou pela primeira vez.

— Às vezes acho que devia vender algum curso ensinando como ser pai. — Bruna entrou na conversa.

Caio, Eric e Pedro conversavam entre si, e nós todos juntos ocupamos duas fileiras de bancos na recepção, atraindo olhares reprovadores e criando um certo tumulto no andar.

— Acho melhor avisar o Edu que vou demorar pra chegar amanhã… — Me lembro que amanhã toda a loucura da fábrica começava, mas depois disso eu não tinha cabeça nenhuma pra isso. Não agora.

— Caralho, o Eduardo. — Bru arregalou os olhos assustada. — Porra, caralho, cacete, ele não deve estar sabendo de nada.

— Liga pra ele, Bru. — Pedro jogava junto com Eduardo, eles tinham uma certa amizade. Ele também estava abalado já que Bianca também era sua colega.

— Eu conheço ele! Vocês não fazem ideia! Ele vai surtar. — Bru ficou aflita com sua nova preocupação.

— Ainda assim acho melhor você avisar, até porque nós nem sabemos as sequelas e tudo que pode acontecer. Vocês são melhores amigos, você pode dar apoio pra ele. — Dou a minha opinião sobre o assunto.

Por alguns minutos Bru se afasta do grupo e vai até a porta de entrada do hospital. Haviam máquinas para retirar senha na entrada, bancos e poltronas e uma recepção com balcões altos e marrons.

Haviam também revistas e uma televisão inútil servindo como plano de fundo para nossos debates e preocupações. Médicos e enfermeiros segurando prontuários e transitando para todos os cantos aflitos enquanto salvavam vidas.

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