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•Nina•

Acordei ainda com uma dor repentina na cabeça. Fiz uma massagem nas minhas têmporas, e desci.

— Oi. — Cumprimentei Milla.

— Olá. — Cumprimentou vendo as notícias no jornal.

Me levantei após tomar o café e corro para o quarto. Coloco uma blusa de tecido grosso, uma calça jeans, e um tênis. Amarro o cabelo, e desci as escadas esguichando o perfume em meu pescoço. Coloquei os óculos de sol, e beber um copo d'água.

— Onde você vai? — Milla perguntou.

Não respondi, apenas saí porta afora. Milla me segurou.

— Onde você vai?

Não respondi outra vez, e entrei pisando no acelerador dando partida no carro.

|...|

— Você está apaixonada! — A minha psicóloga disse, se levantando. — Eu sabia que você não era 100% heterossexual.

— Não sou lésbica.

— Claro que não. Você opta por duas opções, o que é chamado de bissexualidade.

— Ah. — Me joguei na poltrona. — Ente... QUE?!

A mulher riu.

— Eu estava estranhando sua tranquilidade com isso.

— Fala sério? Eu evitei ela o dia inteiro. Não posso permitir que ela saiba disso. Imagine minha família descobrir. Estou ferrada!

— A aceitação da família demora um período enorme. — Ela deu de ombros. — Você deve contar à Milla.

— Nunca. Não vou me rebaixar a esse nível de admitir que estou gostando de uma garota. — Me ajustei já poltrona.

— Não se preocupe. Aos poucos você vai desenvolvendo coragem. — Assegurou.

|...|

É difícil admitir certas coisas, quando você está segurando um copo de vidro com brutalidade, a ponto de quebrá-lo. Virei o copo na minha boca sentindo o líquido descer queimando minha garganta. Arfei quando bati o copo na mesa do bar.

Eu apaixonada? Por ela? Desde quando?

O bar estava vazio, e os atendentes estavam conversando entre si. Enquanto um punhado de homens chega, sentando perto de mim. Ah, que saco!

— E aí gatinha? — Um homem passa a mão delicadamente pela minha coxa.

— Affs. — Reviro os olhos.

Ele franziu a testa.

Um garoto de capuz chegou, e depositou um soco em seu olho. Puxou-me pelo braço até chegarmos num beco vazio.

O garoto tira o capuz, e tenho uma bela visão de Anthony na minha frente.

— Anthony?

— Como você pôde deixar aquele... você está bem?

— Estou — Sorri.

Anthony passou a mão pela minha cintura, e me puxou para um beijo.

— Não aguento mais esconder meus sentimentos.

— Anthony, eu nunca traí você. Perdão fugir naquele dia. Eu só estava apavorada...

Anthony, me beijou como se fosse uma última vez.

— Sabe o motivo de eu ter te trazido aqui? Olha ali — Mostrou.

Meus olhos foram capazes de ver a casa de Anthony. Claro, aquele bar é o único que me sinto confortável, pois é perto da casa de Anthony e tenho belas lembranças de nós dois.

— Hãn?

— Vamos subir?

Ele sorriu.

Subimos, e chegamos ao seu quarto. Eu esperei por muito tempo até ver seu quarto.

— Me chamou para assitir filme? — Perguntei.

— Não. — Ele me respondeu, fechando as cortinas. Se aproximou em poucos passos, e me jogou em sua cama macia e confortável. — Eu estarei honrado em tirar sua virgindade.

— E eu terei maior prazer. — Eu disse.

Suas mãos habilidosas retiraram minhas roupas, e retirei as roupas dele, o mais rápido possível.

— Anthony... — Mordi o lábio para não deixar escapar o som fascinante que iria sair da minha boca.

— Não precisa fazer isso. Achou que eu ia trazer você enquanto meus pais poderiam estar aqui? À vontade.

— Eu nunca dormi com ninguém. Eu sempre soube. Quem vai tirar minha pureza é Anthony, caso contrário eu nunca irei dormir com ninguém.

Ele sorriu espantado.

A sensação de perder a virgindade é tão bela, quando se trata de Anthony.

|...|

Acordei entrelaçada no corpo de Anthony. Sorri me lembrando de ontem. Foi tão gratificante...

— Acordou? — Ele perguntou.

— Sim. Aliás eu queria te fazer uma pergunta: Se você me viu no bar, e foi apenas uma coincidência, como me trouxe na sua casa no momento exato em que seus pais não estavam aqui? — Perguntei me vestindo.

Olhei de relance para a parede e vi uma câmera pendurada.

Fiquei com raiva. Terminei de me vestir, e corri até àquela parede. Retirei a câmera, e Gritei:

— Eu me entreguei para você! Você planejou tudo!

— Gata, a gravação já foi entregue para o grupo do colégio inteiro. — Riu. — Os homens ontem. Você nem reparou, eram meu tio que achou ótimo eu dar uma lição a você. Você me traiu, sua desgraçada!

Me senti destruída.

— EU NUNCA TRAÍ VOCÊ! Naquela noite, eu teria dormido numa boa com você. Mas não dormi porque recebi uma ligação da minha tia dizendo que minha vó tinha morrido! Minha vó morreu naquela noite, e saí correndo. Você interpretou como se eu não pudesse fazer aquilo por eu estaria te traindo. Você supôs isso, quando me viu beijar a bochecha... DO MEU IRMÃO ADOTIVO! — Cuspi as palavras. Anthony engoliu em seco.

— Isso... é verdade?!

— É a mais pura verdade! Você me expôs. Seu canalha, seu canalha, seu canalha! Você, seu tio, seus amigos, são tão idiotas. — Meu celular vibrou. — Senhorita Lis, aguarde mais um pouco. Em breve vou confessar meu amor por Milla. Eu a amo e não é desde hoje.

Anthony ficou surpreso.

— Sim Anthony! — Gargalhei. — Eu me apaixonei por uma garota! E prefiro mil vezes ficar com ela, e receber preconceito de tudo que é lado, do que ficar com você!

Saí correndo, e peguei o primeiro táxi na minha vista.

Escrito por Mar 🌊






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⏰ Última atualização: Feb 01, 2021 ⏰

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