UM - Anahí

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- Vamos Anahí, mais ânimo! – Dizia minha professora de dança contemporânea. – Mais emoção, não quero te reprovar esse ano. – Parei minha coreografia e recomecei, Chutes no ar, rodopios no solo, etc. – Isso, muito bem. – Esboçou um sorriso convincente. – Any, você só funciona a baixo de pressão, se daria muito bem em uma companhia de dança. – Então foi minha vez de sorrir para a professora Lulu.

- Obrigada! E então eu passei? – Olhei apreensiva, ela olhou bem nos meus olhos e assentiu. – Aii minha nossa! Isso é incrível! – Não me aguentei e dei um abraço nela.

- Por favor Anahí, se acalme. – Ela gargalhou. – Você está definitivamente de férias, parabéns! – Agradeci ela, peguei minhas coisas que estavam no fundo da sala e saí, olhei meu celular e tinha uma mensagem de Dulce.

Dul 💥: Quando puder me liga! Quero muito falar com você.

Claro, assim que chegar no meu apartamento eu te ligo.

Saindo pelo portão do conservatório de música e dança de NY, coloco meus fones e clico no play escutando minha banda favorita, é uma mexicana chamada RBD, fez muito sucesso quando eu era pequena. Perto do meu prédio eu sinto que estou sendo vigiada, é a mesma sensação que estou tendo a alguns dias, o mesmo frio percorre todo o meu corpo, apresso-me para entrar, pois sei que estarei segura aqui.

Adentrando em casa, que na verdade não é bem minha, pois é meu pai que paga, tranco a porta atrás de mim, jogo as chaves no aparador, deito-me no sofá, lembrando de que preciso conversar com Dulce. Depois de dois toques ela atende.

Dulce: Aiii finalmente!

Oi Dul, como está?

Bem e você?

Bem também, o que queria falar comigo?

Nossa direta. – Ela sorriu e eu também. – Já está de férias?

Sim, fiz minha última prova hoje, graças aos céus eu passei e finalmente férias. – Suspirei aliviada. – Mas e você como vai a faculdade de administração?

Um porre, eu sou boa em contas, mas francamente quem usa a fórmula de pi em recursos financeiros? – Eu gargalhei. – Isso ri, ri mesmo. Any a Mai quer falar com você. – Ela não me deu tempo de responder e uma outra voz feminina soou nos meus ouvidos.

Anahí que saudades! – Exclamou ela.

Também estou e nos falamos ontem à noite.

Eu sei, mas sinto sua falta e aí como foi na prova final?

Fui bem Mai.

Que bom prima! Nessas férias, poderia passar aqui alguns dias, o que acha?

Aii eu não sei Mai ... Talvez eu vá, mas preciso estar pronta para o último ano, é o ano em que as companhias mandam seus olheiros e eu preciso treinar se quero fazer parte de uma. – Essa era a sempre a resposta que dava para quando me perguntavam se iria passar as férias de verão em casa.

Tudo bem. – Mai suspirou frustrada. – Bom deixar você e Dulce terminarem de se falar. – Soltei uma risada anasalada. – Mas pense com carinho, já se passaram três anos, hora de esquecer o passado.

Tudo bem papai, vou pensar. Ahh! Mande um beijo para o Chris. – Ele era meu amigo de infância e atual namorado de Maite

Claro minha florzinha, pensa com carinho, esse velho pai sente sua falta. – E assim ela passou o telefone para Dul.

No ritmo da bolaOnde histórias criam vida. Descubra agora