OITO - Poncho

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Alguns dias se passaram, conversei apenas o necessário com ela, sobre nossos alunos em comuns e seus desenvolvimentos em nossas aulas, percebi que alguns evoluíram tanto depois que começaram a ter aulas com ela, Sabrina eu confesso que não tem a mínima paciência com eles.

- O que você tanto olha? – Diana me tira de meus pensamentos, estávamos no refeitório, pois era nosso intervalo. – Ahhh está a olhando a Barbie Mallybu. – Virei meu rosto para ela, franzindo o cenho. – Hellooooo, é a Anahí, no colégio chamávamos ela assim, por ela ser como uma Barbie, sempre as melhores roupas, os melhores amigos, era convidada para as melhores festas, ela e aqueles quatro patetas que você insiste em chamar de amigos. – Senti no tom de sua voz que ela estava jogando as lamurias de sua adolescência.

- Ok... – Falei sem entender muito bem o que ela queria dizer com aquilo. – Certo, tem alguma coisa para fazer depois daqui? – Perguntei a ela, que logo se alegrou.

- Hmm não. – Disse Diana.

- O que acha de irmos na sua casa? – Falei com um sorriso galanteador de lado.

- Seria ótimo. – Falou por fim.

O restante do dia correu normalmente, as vezes espiava Anahí dando suas aulas e como ela era graciosa e os alunos adoravam, não havia distinções entre sexos, se um menino quisesse dançar ballet, ele podia dançar, se alguma menina quisesse praticar algum esporte, ela podia.

Estava na frente do centro comunitário e vi Anahí conversando com Ricardo novamente, ela estava sorrindo e céus que sorriso lindo, senti um incomodo novamente.

Mas que diabos está acontecendo comigo? – Pensei, quando dei por mim já estava perto dos dois, acabei escutando a conversa dos dois.

- Então, ele me acertou com uma bola e fez meu milk-shake. – Ela deu aquela gargalhada gostosa.

- Nossa, não acredito. – Disse Ricardo que logo parou de sorrir quando me viu, Anahí que estava de costas para mim se virou.

- Falando no ser... Olha ele aqui. – Disse com as duas mãos na cintura, passei o olho pelo seu corpo definido. – O que você quer Alfonso? – Perguntou com um tom de irritação. – Se veio me dizer que Dulce está desesperada me procurando, eu não vou cair mais.

- Eu, bem, eu... – Certo o que digo agora? Ela não vai cair na história que a Dul quer falar com ela, PENSA LOGO ALFONSO! Meu subconsciente me alertou, pigarrei e falei. – Vim aqui pergunta se já está indo para casa.

- Ahh sim. – Ela deu de ombros. – Não, não estou. Vou sair com o Ricardo. – Disse por fim, senti mais uma vez o desconforto quando ele passou os braços pela cintura dela, como ele ousa fazer isso?

- Hmm certo, eu ... – Antes que pudesse dar continuidade Diana aparece gritando por meu nome, eu tinha esquecido que iria sair com ela.

- Olha só! – Exclama Diana. – Anahí mal chegou e já está conversando com um dos professores mais gatos do centro. – Falou claramente comendo com os lábios com um sorriso irônico.

- Pois é Diana, não posso fazer nada se sou uma pessoa gentil, que conversa com todos, sem fazer distinção. Não é mesmo? – Quando Anahí falou aquilo o sorriso presunçoso de seus lábios sumiu, dando lugar a uma carranca.

- Claro querida, foi o que aconteceu no passado não é mesmo? – Não sei o que aconteceu no passado, mas vi a minha vizinha ficou retraída.

- Bom, temos que ir, não é Ricardo? – Anahí fala e dá um sorriso para ele, que assente positivamente.

Os dois saem conversando, alegremente e quando chegam no carro do rapaz ele abre a porta para ela que agradece com mais um sorriso, os dois saem do meu campo de visão.

- Vamos Poncho? – Diana aparece na minha frente e segura minhas mãos, mas ainda eu consigo ver Ricardo dando partida e seguindo a rua.

Chegando na casa de Diana, ela deixa as chaves no aparador e logo vem me abraçando e depois cola seus lábios nos meus, nos conduzindo até a sala, assim que estamos no cômodo, ela me joga no sofá e tira sua blusa e sua calça de forma sensual, o que deixa meu companheiro de jornada bem desperto.

- Tenha piedade de mim Diana. – Digo quando ela abocanha meu amigo, logo depois de tirar minha bermuda e minha cueca, ela faz um boquete felomenau.

Fecho meus olhos sentindo os lábios de minha companheira na extensão do meu membro, quando os abro novamente vejo Anahí ajoelhada, aquilo me dá mais tesão, não aguento e logo gozo, puro um adolescente que está experimento os prazeres da vida agora. Meu membro que estava ereto, agora está cabisbaixo. Aquela mulher vai me deixar louco.

- Nossa Poncho mais já? – Diana reclama e logo percebo que não é Anahí e sim Diana. – Você nunca gozou assim, tão rápido. – Fez uma pausa.

- Você fez um boquete daqueles gata. – Falei e lancei um sorriso malicioso, e seu olhar exalava luxúria, mas eu não queria mais fazer nada com Diana, a razão disso, eu não sei.

- O que acha de subirmos e terminar o que começamos? – Indagou-me a mulher a minha frente.

- Desculpa, vai ter que ficar para a próxima. – Me pronunciei procurando a minhas roupas de baixo. – Lembrei que tenho que ajudar os meninos em um negócio. – Menti, mas não podia dizer para ela que enquanto me chupava Anahí apareceu em seu lugar.

Sem mais demoras, vesti minha roupa e saí às pressas daquela casa, andei um pouco e vi Anahí na praia conversando com Ricardo, eles se despediram e cada um foi para um lado, como já estava escurecendo resolvi fazer companhia para ela.

[Música on – Aún hay algo – RBD]

- Curtindo o pôr-do-sol? – Falei e ela de um pulo na areia, não aguentei e sorri.

- Aii Alfonso, que susto. – Falou com a mão no peito. – Sim, tinha me esquecido como ele era lindo. – Disse novamente se voltando para o horizonte. – Em Nova Iorque nós conseguimos ver o pôr-do-sol da ponte do Brooklyn, mas nada se compara a isso. – Diz com um sorriso enorme em seus lábios.

- Verdade. – Disse fitando a imensidão azul. – Bom, estou indo para o apartamento quer companhia? – Indaguei com o rosto em expressão de dúvidas.

- Calma aí, Alfonso Herrera sendo gentil comigo? – Falou com um tom divertido. – Pare o mundo que eu quero descer. – Ela deu aquela gargalhada genuína que só ela tem.

Se controla Herrera! – Meu subconsciente me repreende.

- Para, não é pra tanto, eu sou gentil. – Me fiz de ofendido, o que fez ela gargalhar ainda mais.

Peguei um pouquinho de areia e joguei nela, que se levantou de imediato, ela me olhou sorrindo e senti uma certa malícia em seu olhar, ela se abaixou e pegou um punhado maior de arreia e arremessou na minha direção, consegui desviar de alguns flocos.

- É assim? – Vi seus olhos azuis se arregalarem quando estava me levantando e indo na sua direção com um sorriso malicioso, ela logo sacou e começou a correr de frente para mim.

- NÃO PONCHO, NÃO SE ATREVA! – Ela não sabia se corria ou se dava risada, como sou mais rápido eu alcancei facilmente, o que fez ela dar um grito e gargalhou ainda mais. – ME POEM NO CHÃO PONCHO! – Ela se esperneava em meus braços, sentir ela ali, junto a mim me trouxe uma sensação que já mais senti na vida, era uma sensação de estar vivo outra vez, não me sentia assim desde que Sophia me deixou.

Ela conseguiu nos desiquilibrar e me fez cair por cima dela, meus braços ficaram ao redor de seu rosto, ficamos nos olhando fixamente, eu me perdi no meio daquela imensidão azul de seus olhos, meus lábios estavam sendo puxados para ir ao encontro dos dela, estava a milímetros de distância alguém nos interrompe.

[Música off – Aún hay algo – RBD]

- Atrapalho alguma coisa? – Olhamos para o lado e não acredito em quem está a minha frente. 

No ritmo da bolaOnde histórias criam vida. Descubra agora