No dia seguinte do jantar, acordei de bom humor, não sei o porquê, andei pensando que, talvez, a Anahí não seja tão mesquinha quanto eu pensei.
- Bom dia! – Cumprimentei meus colegas de apartamento.
- Vai chover. – Falou Christian, saindo do banheiro, já com a roupa da oficina mecânica onde trabalha.
- Como assim? – Indaguei sem entender nada.
- Você nunca dá bom dia. Nunca. – Respondeu-me Christopher. – Sempre está com a cara fechada. – Deu de ombros.
- Já sei o que aconteceu. – Disse Chris, colocando café na sua xícara do Homem-Aranha e ele teve a nossa total atenção. – Você caiu nos encantos da Any. – Olhou-me com um sorriso malicioso. – Eu falei que ninguém resistia a ela. Não falei? – Perguntou a Ucker, que concordou com um sorriso debochado
- É cara bem que você falou mesmo.
- Mas que raios vocês estão falando? – Questionei tentando entender o assunto da dupla.
- Você está caidinho por ela. – Eu neguei imediatamente
- Claro que não, vocês estão delirando, eu nunca me apaixonaria por ela. – Suspirei, isso nunca iria acontecer. Pensei comigo mesmo, os meus amigos trocaram olhares cúmplices, mas logo deram de ombros.
Após o café que foi em nosso apartamento, seguimos para seus afazeres, cada um foi para um canto da cidade. Ao sair do apartamento dou de cara com Anahaí fechando a porta do da frente, por algumas horas esqueci que agora ela também trabalha no centro comunitário.
- Bom dia! – Diz ele com um sorriso encantador.
- Bom dia. – Respondo-a.
- Então... Está indo para o centro comunitário? – Indaga-me, eu apenas concordo com a cabeça, ela percebe que não quero muito papo.
- Tá legal, já que não quer papo... – Deu de ombros, saímos do prédio, a minha vizinha travou do nada, ela olhava fixamente para frente, quando segui seu olhar uma vã passou na rua e não vi nada de anormal, mas notei que ela soltou seu ar rapidamente, me aproximei e coloquei minha mão em seu ombro que a fez se assustar. – Ai minha nossa! – Exclamou, colocando a mão no peito, como se quisesse conter os batimentos acelerados devido ao susto. – Quer me matar do coração?
- Desculpa, você que paralisou olhando para frente, e está branca igual um papel, está tudo bem? – Perguntei a ela.
- Sim, estou só acho que minha mente está pregando um peça. – Eu assenti, sabia que era melhor eu não questionar nada. – Bom, vou indo nessa, não quero chegar atrasada no meu primeiro dia. – Ela lançou-me um sorriso mínimo e seguiu a rua, olhei mais uma vez para frente e não vi nada só algumas pessoas andando do outro lado da rua, onde havia algumas árvores, dei de ombros.
Nova-iorquinas – Dei uma risada nasalada e esperei o Rodrigo chegar, que por sinal não demorou muito.
- Soube que vai ter uma nova professora de balé. - Meu amigo quebrou o silêncio depois de alguns minutos rodando, por sinal hoje o trânsito estava infernal. – Dizem que é a maior gata. – Falou ele sem tirar os olhos da estrada, senti um desconforto que nunca sentira antes.
- Ahh é? – Dei de ombros, pois sabia de quem ele estava falando. – Acho que deve ser uma metida, arrogante e prepotente. – Foi minha vez dar de ombros, visto que não estava nem aí para o assunto, Nehme o deu por encerrado e agradeci mentalmente por isso, não queria falar da minha vizinha.
Chegando no centro comunitário, as crianças que faziam aulas de basquete na parte da manhã, vieram ao nosso encontro assim que descemos do carro, dei alguns abraços e fomos para a sala dos 'professores', era um recinto espaçoso com uma mesa com oito cadeiras ao centro, uma cafeteira e alguns sofás espalhados pelos cantos.
Peguei uma xícara de café e sentei em uma cadeira na grande mesa, no centro da sala, escutei algumas risadas e logo distingui um a era de Angelique e a outra era desconhecida, apesar que já ouvi em algum lugar, mas minhas dúvidas foram sanadas quando ela apareceu na porta.
- Bom dia a todos! – Disse Angel entrando na sala e logo em seguida Anahí, céus como ela estava gostosa, com aquela roupa de balé, era um colã azul marinho e uma saia da mesma cor, uma meia calça clara e ela estava de sapatilhas, não de balé, mas sim normal preta e os cabelos presos em um coque bem feito, destacava muito seus olhos, parecia uma deusa.
Não escutei o que Angelique falou, pois estava admirando a mulher a minha frente, céus como ela estava esplendida.
- Hey! – Chamou-me Rodrigo. – Seca a baba do canto da boca, se não ela vai perceber. – Olhei para ele sem entender nada. – Cara, você está secando ela desde que entrou na sala.
- Ahhh cala a boca! – Dei um tapa de leve na sua cabeça. – Vamos que nossos alunos estão nos esperando. – Falei assim que fomos dispensados para às nossas atividades.
O restante do dia foi tranquilo, me esbarrei com Anahí algumas vezes pelos corredores e a bisbilhotei algumas de suas aulas, ela é o que dizem, é uma ótima bailarina.
Com a chegada da tarde, saímos do centro comunitário, como de praxe, Nehme me dá carona todos os dias e eu ajudo na gasolina, mas uma cena me deixou meio que inquieto Anahí estava conversando com o professor de tênis, o Ricardo e algo em mim não gostou de ver ela e ele, deve ser pelo que ele faz com as professoras novas, ele pega e fica se vangloriando e isso acho errado.
- Rodrigo? – Chamo meu amigo que vira-se para mim. – Podemos dar uma carona para a Anahí? – Ele me olhou com um sorrisinho malicioso. – Não é nada disso que você está pensando, olha com quem ela está. – Ele olhou e logo respondeu.
- Vamos salvar ela das garras do gavião. – Falou brincando eu assenti e fui em direção aos dois.
- Anhaí! – A chamei assim que me aproximei dela, ela se virou e quase esqueci o que eu iria falar, pois me perdi naquela imensidão azul. – Quer carona?
- Ahh não, obrigada. – Respondeu-me. – O Ricardo vai me levar não se preocupe.
- É que a Dulce quer falar urgentemente com você, ela acabou de me ligar. – Ela franziu o cenho em dúvida. – Disse que seu celular está desligado. – Torci munto para isso ser verdade, ela pegou o celular em sua bolsa e contatou que estava mesmo desligado.
- Ahhh sim, desculpa Ricardo, mas tenho que ir. – Disse ela se despedindo. – Fica para outro dia o nosso sorvete. – Ela deu um abraço nele e saiu de perto, ficando perto de mim. – Vamos? – Assenti, depois de uns passos olhei par trás e vi uma carranca de Ricardo em minha direção, eu não liguei voltei o meu caminho.
Entramos no carro seguimos até o nosso prédio, despedimo-nos de Rodrigo e cada um foi para o seu apartamento, entrando no meu fui tomar um banho e comer alguma coisa.
Com a chegada da noite, jantamos na casa das meninas e logo cada um foi dormir em seu quarto, pois o amanhã logo chegaria e tudo recomeçava.
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Hey guys!
Quero começar me desculpando pelo atraso do capítulo. 😅
As aulas presenciais na minha cidade começaram e está bem corrido para mim, mas vou fazer o máximo para postar todas as segundas e quartas, tudo bem?
I see you!
iHasta luego!
Até mais!
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No ritmo da bola
FanfictionQuem nunca sonhou em ser 'alguém' na vida? Podendo ser uma grande dançarina ou um grande jogador de basquete? Anahí e Alfonso, são sonhadores como qualquer ser humano, porém como qualquer um eles encontram vários obstáculos, passados obscuros, o h...