Sarah
Chego a mansão da minha família depois de um mês fora.Estava começando a ficar com saudade disso aqui.As férias foram ótimas pena que o voo de volta atrasou tanto.A ideia de me mandar pra Paris por um mês foi do meu querido papai.Não temos uma relação muito boa.Acho que causei muitos problemas,como naquela vez que eu sumi por quatro dias.Eu JURO que queria ter ligado,mas aquele moreno gostoso que estava comigo não deixou.O motorista para o carro logo na entrada.Começo a subir as escadas enquanto ele pega minhas malas.É quando eu vejo uma coisa horrível,sério é muito nojento.Tem um rato morto no degrau.ECA
- Aaaahh que nojo.Será que não existe mais controle de pragas por aqui?
Entro em casa e está um silêncio mortal.Será que eles esqueceram que eu ia voltar hoje?Que sacanagem.
- Maaaaanhêêêê.- eu chamo e nada.- Paaaaaaiiii.Porra,eles esqueceram mesmo.
Subo as escadas e vou pro meu quarto.Cadê os empregados? Cadê todo mundo?Pego meu celular na bolsa e me jogo na cama.Ah,que maravilha.Descarregado.Coloco pra carregar.Pego o telefone sem fio e resolvo ligar pra Sophie,minha melhor amiga desde sempre.Os pais dela são donos de uma marca de cosméticos.
- Alo
- Sophie,sou eu Sarah.
- Amigaaaa,e a viagem como foi ? Conheceu algum gatinho parisiense?
- Claro,né.Depois te conto tudo
- O que aconteceu com seu celular?
- Descarregou quando eu estava no aeroporto.Uma chatice. — Respondo tirando a franja dos meus olhos.
- Ai Sarah,você não sabe o tanto de coisas que aconteceram enquanto você estava fora.
- Não sei,mas conto com você pra me contar.
- Agora não dá.Meus pais estão me esperando pra ir ao haras.Depois a gente conversa.
- Okay amiga.Tchau
- Tchau.
Cadê a Violeta?Só espero que não tenha subido em nenhuma árvore.Curiosamente a Violeta,minha gata, tem esse nome porque minha mãe ama violetas e a gata destruiu todas as mudas de violeta que ela tinha.Olho lá pela janela;está começando a ventar.Só espero que essa gata burra não tenha ido longe.Ela sempre escolhe as piores horas pra sumir.
Desço as escadas e vou até o jardim da frente. - Violeta,violeta.- Nada.Onde será que ela se meteu?- Violeta — chamo novamente. Vou até a garagem.Estranho os carros estarem aqui.Inclusive o do meu pai.Pela hora ele deve estar no escritório;ele sempre vai de carro.E o carro da minha mãe também está aqui.Com certeza chamaram um taxi.Decido continuar procurando.
- Violeta,violeta.Vou até a quadra de basquete.Nada.A ventania tá ficando mais forte e as nuvens mais carregadas.Só vou até a piscina e se ela não estiver lá eu vou entrar.
- Violeta,violeta.E lá está ela deitada tranquilamente numa espreguiçadeira.Pego-a e começo a fazer o caminho de volta pra casa. Quando chego no jardim da frente e estou passando pelas roseiras da minha mãe vejo um SUV preto parar na entrada.Meus pais descem.Eu conheço esse carro,mas de onde?Decido esperar pra ver o que vai acontecer.O carro se afasta e meus pais continuam parados no degrau que dá acesso a casa.
- Mãããee!!! Paaaii!!- grito de repente e eles se assustam.
- Sarah,você chegou.- Meu pai parece nervoso.
-Sim,ué.Eu avisei que voltava hoje.Quem trouxe vocês?
- Um amigo- meu pai responde. — Venham,vamos entrar.
Assim que entramos violeta pula do meu colo e sobe a escada correndo.Essa gata não tem jeito mesmo.
- Então,querida,como foi a viagem?- minha mãe pergunta.
- Foi boa.Mesmo já conhecendo tudo é sempre bom estar em Paris.
- Sarah,precisamos conversar.Amanhã daremos um jantar e quero que esteja linda.
- Ah,isso é fácil,papai.- digo piscando um olho.
- Sarah,isso é sério.Eu preciso que...
- Relaxa,papai. — digo interrompendo.- O senhor vai fechar algum negócio, quer que eu esteja linda pra desviar um pouco o foco do jantar formal de negócios.Já entendi.
- Não é nada disso.Você lembra do Miguel?
- O que tem ele? — não via Miguel há anos,mas sabia muito bem quem era.
- Ele é o herdeiro de uma rede hoteleira.
- Bom pra ele.E o que euzinha aqui tenho a ver com isso?
- Tem a ver que estamos falidos.Precisamos que case com ele.
- O QUEEE??? — Puta que pariu não acredito nisso.Acho que vou desmaiar.Ou pior morrer.
-Só pode estar de brincadeira.Papai,eu só tenho 24 anos.Ele tem o que 30?
- A idade dele não importa.O pai dele e eu acertamos um encontro.Vocês vão se conhecer e se casar em duas semanas.
- Como é que é? Não vou me casar com um estranho.- meu pai está muito enganado se acha que essa história vai seguir adiante.
- Você não tem escolha.Além disso,se não casar vai ser pior,vai perder tudo.
- Aaaaahhhhhhhh.- Saio gritando.Subo as escadas e me tranco no meu quarto.Não vou casar,não vou casar.As lágrimas começam a descer.Não quero e não vou casar ainda mais com um desconhecido.Não vou casar.Fico repetindo isso até que caio no sono.sono.
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E aí,gostaram?Esse é o primeiro livro que eu publico,mas não o primeiro que eu escrevo.Se gostaram do primeiro capítulo deixem seus comentários.Beijos e até quarta.
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O Acordo
RomanceO que a primeira vista parecia um golpe acaba se mostrando parte de algo muito maior. Sarah, uma garota rica e mimada, descobre depois de uma viagem pra Paris, que vai ter que casar com Miguel.O pai de Sarah afirma que eles estão falidos e que a úni...