O Acordo

Capítulo 30 - De Volta Ao Passado Parte II

Olá, queridos! Conforme prometido mais um capítulo. Espero que gostem. Mil bjs!

Evelyn

Acabo de escrever a mensagem e anexo a foto do documento que roubei no cofre da casa da Sarah. Uma troca é o que proponho; uma espécie de pagamento pelos danos causados à minha família. Quero vingança!

11 anos antes...

-Mamãe, mamãe!

-Sim, querida.

-Olha o que o papai me deu!

Mostro a ela um vestido azul que vai até o joelho. O vestido é num tecido fino, com alças num tom mais escuro. Tenho a sensação que estou tocando o céu ao passar a mão por esse vestido. Já ganhei outras coisas do meu pai, outros vestidos, mas esse é simplesmente perfeito.

-É lindo, meu amor. Você pode usá-lo na festa de hoje à noite.

-Vamos a uma festa?

Digo comemorando. Adoro festas. Quase nunca vou às festas a noite que meu pai participa. A maioria são negócios. Acho que agora vou porque estou crescida, afinal já tenho 12 nos. Nossa vida melhorou muito de uns tempos pra cá. Não que a minha vida não fosse boa. Sempre tive brinquedos caros e estudei em boas escolas. Só que de um tempo pra cá meu pai passou a ganhar mais dinheiro. Ele é engenheiro, sabe. E teve mais sucesso ainda quando passou a construir casas mais... como é mesmo a palavra... acho que é sustentável. Minha mãe me disse que quando as férias acabarem, vou para um colégio interno.

Fico triste por ter que ficar lá sozinha, mas sei que farei amigas. Já mencionei que é um colégio só pra meninas? Vai ser demais poder estudar num lugar maravilhoso. Pena que não fica perto da minha casa. Não posso voltar sempre, apenas em feriados e quanto meus pais quiserem que eu saia. Mamãe falou que é a política da escola.

Fui até o salão de beleza junto com a minha mãe. Ela me disse que a festa de hoje é uma oportunidade muito boa para o papai porque ele vai fazer contatos para a empresa. Então tenho que ser gentil e simpática com todos.

A festa é numa mansão. Minha mãe falou que o dono da festa cedeu a própria casa para esse jantar, que é um jantar beneficente.

-Olá, Matias.

Meu pai se vira na direção do homem. O dono da voz é jovem, assim como meu pai, ele está acompanhado por uma mulher.

-James. Como vai?

-Bem. E você?

-Ótimo. Aproveitando a festa?

-Sim, claro. Aproveitando para fazer alguns contatos.

-Deixa eu te apresentar minha esposa Margaret.

-Prazer em conhece-la.

-Essas são minha esposa Heloisa e minha filha Evelyn.

-Prazer em conhece-lo. - digo.

Meus pais conversam um pouco com o tal homem e sua esposa. Fico olhando em volta as pessoas riem, conversam. Uma música lenta toca ao fundo e alguns casais aproveitam e dançam um pouco.

-Venha, Evelyn. –minha mãe chama.

Ela e meu pai caminham ao lado do casal que estavam conversando. Andamos até o palco onde outro casal está conversando. O homem fala algo no ouvido da mulher, que ri. Um pouco mais ao longe vejo duas meninas da minha idade. As duas são loiras, cabelos lisos. Estão vestidas de forma parecida apesar dos vestidos terem um corte e uma cor diferentes.

James toca o ombro do homem, que se vira.

Quando vê James o homem parece não estar muito contente.