Prólogo por Maggie

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Olho pra todo esse luxo ao meu redor e me  pergunto o quanto de dinheiro que essas pessoas tem na conta bancária. Pelo menos essa festa tem uma causa nobre, o aniversariante oferece essa festa beneficente para hospitais que tratam pessoas com câncer.

Percebo um burburinho na entrada, onde estão os fotógrafos e levo meu olhar até eles, já que nessas festas isso significa a chegada de algum famosinho. Certo, não é um famosinho mas é um gato, aliás não, é um deus grego. Nossa Senhora das Calcinhas Molhadas que me defenda.

Henry Fisher, fiz meu dever de casa antes de entrar nessa festa como penetra, presidente dos Laboratórios Fisher e melhor amigo de Jonathan Hayes, que é neto de Robert Hayes, o anfitrião. Henry e Jonathan são do tipo de homens que tem tudo o que querem a sua disposição, inclusive as mulheres.

Mas não jugo, afinal iria pra cama na primeira oportunidade com esses um metro e noventa de gostosura! Henry tem a combinação perigosa de corpo perfeito, sorriso maravilhoso e olhar arrasador. Devia ser proibido um homem tão perfeito ainda vir aqueles olhos verdes de brinde.

Mas flertar com ele hoje está fora de cogitação, já que facilmente ele descobriria que eu não faço parte da nata de empresários e na verdade sou apenas uma cerimonialista que tem bons contatos. Então consigo um convite pra uma festa “exclusiva” no lugar de alguém que disse que não viria de última hora sob a promessa de observar a festa, fazer contatos e retribuir esse favor a Rute, enquanto minha especialidade é casamentos a dela são coquetéis e jantares em geral.

Enfim, acho melhor curtir a festa como se eu tivesse dinheiro pra fazer essas doações que passam no telão e conversar com o máximo de pessoas que eu puder pra fazer o networking. Durante todo o jantar passaram as doações desse povo que limpa a bunda com nota de cem dólares e dentre tantas duas me chamaram atenção: Farmacêutica Fisher e Henry Fisher.

Não que eu tivesse fiscalizando Fisher, mas eu estava de olho nos valores que as pessoas, famílias ou empresas doavam já que era normalmente acima dos 50 mil dólares e isso me assustava, afinal e muito dinheiro pra se desprender em uma noite. E Fisher desprendeu quase de dois milhões de dólares nessa “brincadeira”.

Acho melhor eu ir dançar no lugar de ficar pensando na perfeição desse homem: milionário, playboy, filantropo... Será que é um gênio também? Porque se for não dá pra resistir!

Entro na pista de dança, que já estava animada na hora seguinte ao jantar. A melhor coisa que tem na vida são essas festas onde tem comida e bebida de qualidade e tudo o que vou gastar é o dinheiro do táxi pra voltar pra casa.

Depois de mais ou menos uma hora me esbaldando na pista de danças resolvo voltar a mesa, e aproveitar mais desse espumante e dos canapés. Bebo um gole da minha taça de espumante, sentindo a espuma borbulhar na minha garganta. Coloco um canapé de salmão na boca e fecho os olhos, sentindo aquela mistura de sabores maravilhosas em minha boca.

Respiro fundo antes de abrir os olhos desse sonho! Abro meus olhos e vejo Henry Fisher sorrindo pra mim sentado ao meu lado, ok, bebi de mais, já estou delirando... Bem que delírio não é um efeito comum da embriagues... Será que colocaram alguma coisa na minha bebida?

- Não pare o espetáculo por minha causa, linda...

Que voz! Ele está tentando me seduzir? Porque se está eu vou logo avisar pra não se dá ao trabalho, porque já conseguiu... Olho prós lados pra ter certeza que ele está falando comigo, pra não pagar mico como nas pegadinha que sempre falam com alguém que está atrás... Ok, não tem mais ninguém na mesa, é comigo.

- Que espetáculo? – Pensando bem agora que as palavras saíram da minha boca, eu poderia ter sido um pouco mais sedutora. Ele se aproximou um pouco antes de responder.

A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora