Nunca imaginei que ficaria tão feliz em namorar alguém, Meg é uma mulher incrível em todos os sentidos mas na cama ela é sensacional. Nos últimos meses que eu tentei me convencer que as lembranças eram melhor que a realidade e que eu só a queria tanto porque ela vivia me provocando, mas essa ilusão foi por água a baixo.
Depois do meu descontrole quando eu cheguei no apartamento dela no domingo, passamos a tarde deitados na cama “assistindo” filmes e não resistimos e repetimos a dose algumas vezes. E lembrei desses momentos a cada minuto durante essa semana, e não é só pelo ardor nas costas por causa dos arranhões, mas porquê foi muito bom.
Depois do domingo jantamos e dormimos juntos na quarta-feira, mas nos falamos todos esses dias, nem que fosse um “Bom dia e bom trabalho!”. E hoje, sexta-feira, estamos saindo do apartamento dela pra ir jantar com Jon e Mary no meu, e eu estou levemente apreensivo com isso já que a duas semana atrás eu não imaginaria isso acontecendo.
- Esse carro é indecente, Fisher! – Eu ri da escolha das palavras dela.
Eu preferi não responde, já que eu suponho que não tenha sido essa a intenção. Tenho consciência que esse BMW i8 chama a atenção onde passa, mesmo sendo preto, por ser um carro esportivo altamente exclusivo pelo seu valor. Abri a porta pra Meg e ela me olhou surpresa, sim bebê, a abertura das portas são no formato tesoura. Como ela não entrou eu tive que falar algo pra tirar ela do transi causado pelo carro.
- Essa é a hora que você entra, meu bem...
Meg entrou ainda muda, ela estava linda usando um vestido justo vermelho, coberto por um sobretudo preto e botas da mesma cor. E como sempre havia um batom vermelho em sua boca e seus cabelos soltos emolduravam o seu rosto. Entrei no carro, tomando o meu lugar de motorista, mas antes de dá a partida Meg falou.
- Esse carro custa mais que o meu apartamento... – Dei a partida e respondi.
- É possível...
- Agora eu entendo quando Mary surta com alguns gastos do Jon... – Eu ri.
- Você vai surtar comigo também? – Ela não respondeu. – Eu sou um pouquinho mais extravagante que o Jonathan...
- Jonathan gastou mais de novecentos mil num casamento!
- E você o ajudou...
- Eu desisti de impedir, é diferente...
- Eu acredito em você.
- Que tipo de extravagância você está falando? – Que tipo?
- Essa carro pode ser considerado extravagância? – Ela riu.
- Com toda certeza. Você tem quantos carros?
- Que eu dirijo, só três.
- Fico impressionada com sua humildade. – Ela falou ironicamente e eu ri.
- Obrigado. Esse esportivo é o que mais dirijo. – Ela concordou com um murmuro. – Ah, eu troco o esportivo praticamente todo ano, mas o último durou dois e esse eu acho que também vai durar.
- Por que?
- Eu canso de dirigir o mesmo carro... – Ela gargalhou.
- Você só pode está brincando! – Como eu já havia me acostumado com os surtos de Mary eu estava tranquilo com Meg. As pessoas normalmente preferem usufruir do luxo e não discutir, diferente delas. – Tem mais alguma outra extravagância que eu preciso saber?
- Meu apartamento é consideravelmente grande, mas eu comprei um outro alguns andares abaixo como ponto de apoio pro pessoal que trabalha comigo lá.
- Quantas pessoas?
- Três, só. Poole é minha governanta, e Curtis e Murray fazem minha segurança e dirigem pra mim. Mas como meu apartamento são só três quartos preferi fazer isso pra ter mais privacidade.
- “Só três quartos”...
- Na verdade são dois, já que um é meu escritório...
- Ah sim, fez toda a diferença... – Mais uma vez irônica. – Mais alguns extravagância?
Tem mais alguma coisa que ela pode considerar extravagante?
- Acho que não... – Lembrei de algo que ela pode não gostar muito. – Ah, eu sinto a necessidade, a necessidade de velocidade.
Mudei o modo do carro pro “sport” e acelerei um pouco, não estávamos nem a 50km/h mas o som do motor dava a impressão de estarmos mais rápido.
- Henry! A gente está no meio da cidade! – Voltei aos 30km/h e retirei o carro do modo “sport”.
- Quer dizer que fora dela podemos?
- Elementar, meu caro Watson... Descobriremos isso em algum momento.
- Descobriremos logo mais, meu bem...
Entramos no meu prédio um pouco antes das dezoito horas, ela piscou algumas vezes enquanto entravamos na garagem, é meu bem, o prédio onde eu moro é um pouquinho chamativo. Estacionei ao lado do meu outro BMW, descemos do carro e eu o coloquei pra carregar.
- É elétrico ainda?
- Híbrido. E são dois motores, o elétrico atrás e o a gasolina na frente. – Ela deu a volta no carro parando ao meu lado.
- Tem algum defeito esse carro? – Sorri.
- Tem. – A surpreendi. – Falta um porta malas digno. – Abri o porta objeto, já que aquilo não podia ser chamado de porta malas e mostrei a ela, cabe apenas uma mochila. – Então nada de fazer compras com esse carro. – Ela suspirou.
- Eu até estava pensando em comprar um desse pra mim, mas desisti, não quero mais.
- Por que você é tão irônica?
- A verdade muitas vezes machuca, a ironia é cômica... – A beijei.
- Qual seria a verdade sobre o carro?
- É esnobe, desnecessário, fútil, descabido e mostra o quanto você é soberbo.
Eu não esperava por tanto. Meg me deu um selinho me fazendo sorrir.
- Vamos? – Perguntei receoso.
- Tudo bem?
- Eu esqueci o quanto você é direta e sincera quando quer. E agora você vai pro meu apartamento, acho que você vai me achar um pouco mais soberbo.
- Vamos colocar um sorriso nesse rosto! – Sorri.
- Você faz algo além de assistir filmes?
- Nem sempre as aparências indicam a realidade...
- Isso também é uma frase de filme? – Ela ficou seria.
- A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta. – Gargalhei e ela me acompanhou, por essa frase eu não esperava. – Eu sempre quis usar essa frase, mas é difícil encaixar coerentemente...
- Você conseguiu... Come on baby!
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A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON!! Henry Fisher sempre foi acostumado a ter tudo, o CEO Herdeiro da Farmacêutica Fisher sempre teve tudo ao seu dispor: casas, carros e inclusive mulheres. Maggie não foi exceção a essa regra: se conheceram numa festa e terminara...