Não restam dúvidas, Maggie não estava brincando ou bêbada, e parece que só eu era o cego que não via isso, já que não foi surpresa nem pra Jon nem pra Mary. Além do quê ela não negou assim que ela chegou eu falei explicitamente sobre a paixão dela e a vontade que eu tenho de possuir o corpo dela novamente.
Seguimos a noite, como Meg mandou, sem tocar nesse assunto, e o clima estava mais leve que antes porém ela estava reticente em relação a mim. Diferente dos nossos outros jantares ela evitava me tocar e não fez nenhuma das suas habituais provocações, e eu sentia falta disso.
- Acho que já deu minha hora... – Meg falou me fazendo a olhar confuso.
- Vai voltar como? – Mary perguntou preocupada, já havíamos bebido de mais.
- Vou chamar um carro. – Meg respondeu mostrando o celular. Nem fodendo vou deixá-la entrar bêbada e sozinha num desses carros de aplicativo.
- Deixa que eu te levo... – Falei e ela riu me respondendo com desdém.
- E você não bebeu?
- Eu não disse que iria dirigir...
Peguei o meu celular e liguei pro meu motorista. Por mais que eu goste de dirigir há momentos como hoje que é necessário usa-lo. Enquanto Meg se despedia de Mary, Jon veio falar comigo.
- Você sabe que seu pai vai te arranjar um casamento um dia desses, não é? – Concordei não entendendo bem onde ele queria chegar. – Por que você não se antecipa? – Eu ri.
- Não é porque eu cheguei nos trinta que eu vou correr atrás de um casamento...
- Não é só chegar nos trinta, é chegar nos trinta na presidência de uma empresa que não é sua...
- Ainda tenho tempo. – Recebi uma mensagem de Curtis, meu motorista, avisando que já tinha chegado. – Vamos, Meg?
- Vamos! Hasta la vista baby! – Meg falou enquanto vestia o casaco preto, fazendo todos rir.
Eu até gosto de frases prontas, mas Meg supera qualquer um. Descemos o elevador em silêncio, e seguimos todo o caminho assim, a única coisa que ela falou foi o endereço a Curtis. Quando chegamos em frente ao prédio dela Curtis desceu pra abrir a porta pra ela que riu e finalmente falou algo.
- Isso é muito rico e esnobe...
- Isso ou eu? – Perguntei me aproximando dela.
- Isso e você... Tchau, Fisher.
Meg me deu um selinho e num reflexo eu a segurei, aprofundando o beijo, puxando o seu corpo pra perto do meu. Minha língua invadia a sua boca, uma de suas mãos passava por meu cabelo enquanto a outra estava em minhas costas. Até que ela se afastou abruptamente.
- Não faz isso, Henry...
- Você quem me beijou... – Falei em minha defesa.
- Eu te dei um selinho brincando, é completamente diferente disso, isso foi sério...
Concordei e ela saiu do carro, sem dizer mais nada. Não era irritação que eu vi nela, foi fragilidade, e por mais que eu deseje Meg, eu não posso brincar com seus sentimentos.
***
A cada minuto que passo nesse casamento a vontade de ir embora se multiplica. Estou sentado numa mesa com os meus pais e os Clancy, e na hora que eu cheguei na mesa eu entendi o motivo de eu ter sido obrigado a vir: a filha mais nova dos Clancy, Katelyn. Segundo o meu pai, ele “se agradaria muito se eu conhecesse-a”, que significa: acho bom você se comprometer com alguém de uma família com investimentos.
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A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON!! Henry Fisher sempre foi acostumado a ter tudo, o CEO Herdeiro da Farmacêutica Fisher sempre teve tudo ao seu dispor: casas, carros e inclusive mulheres. Maggie não foi exceção a essa regra: se conheceram numa festa e terminara...