Se eu estou namorando com Henry eu tenho que me acostumar com essa vida soberba dele. Eu entendo que ele gasta porque tem, mas é estranho pra mim aceitar que uma pessoa tem um carro que custa o valor de compra do meu apartamento (que é alugado, só pra constar) e que troca todo ano porque “cansa” do carro. É completamente fútil.
Depois que falei as minhas considerações sobre o carro senti ele tenso, talvez eu tenha pegado pesado, mas eu fui sincera. E agora estamos subindo até o quadragésimo terceiro andar rumo ao apartamento dele, e se o carro custa o meu apartamento eu não quero nem imaginar quanto custa esse apartamento.
- Chegamos. – Henry falou abrindo a porta de apartamento e me dando passagem.
Dei de cara com uma grande sala de jantar integrada a sala de estar em tons pastéis. Ok, só a sala é do tamanho do meu apartamento, talvez maior. A parede exterior é uma grande janela de vidro que nos permite vê todos os prédios naquela direção e o Central Park. O Central Park é o quintal do prédio dele!
- O que achou?
- Incrível.
- Nada de esnobe, desnecessário, fútil, descabido e reflexo de quanto eu sou soberbo?
Olhei-o assustada, não esperava que ele gravasse minhas palavras, ele tinha um meio sorriso.
- Esnobe provavelmente, desnecessário, fútil e descabido talvez e com certeza reflexo do quanto você é soberbo... Mas eu gostei. – Ele ampliou o sorriso.
- Deixa eu te mostrar o apartamento todo.
Ele me levou na cozinha, com todos os armários perfeitos e azuis, no quarto de hóspedes e no escritório, que tem muito mais livros do quê eu já li em minha vida e finalmente no quarto dele. Isso talvez seja fútil, não ter paredes, na verdade, a parede que é uma grande janela.
- Isso é um sonho, Henry... – Me afastei dele tocando o vidro da janela. – Acordar olhando o Central Park todos os dias...
- Você é muito parecida com Mariah, sabia? – Olhei pra ele confuso com a comparação e ele sorriu. – Ela falou exatamente a mesma coisa quando veio aqui... – Por que Mary viria no quarto de Henry?
- Você já teve algo com Mariah?
- Não, Meg. – Ele me respondeu um pouco mais ríspido e eu me arrependi de ter perguntado algo óbvio. - Vou tirar essa roupa antes que eles cheguem inclusive.
Ele foi tirar o terno que vestia, já que veio do trabalho, e eu sentei numa poltrona ao lado da cama pra observar a paisagem. Essa soberba eu aprovo, afinal que mal faz ter essa vista como papel de parede?
***
Mary e Jon chegaram cerca de dez minutos depois da gente, com duas caixas de pizza, não poderíamos ter um jantar melhor. E sentamos no sofá pra comer a pizza de calabresa com vinho tinto, e os homens bebiam whisky também. E como sempre eu monopolizei Mary enquanto Henry conversa com Jon, e algumas vezes nos intrometemos na conversa da outra dupla.- Gostei dessa ideia da pizza. – Falei enquanto tirava uma fatia pra mim.
- O crédito é todo meu! – Mary falou. – Eu queria quebrar o clima desse humilde apartamento do Henry... Isso aqui é muito... – Ela procurou uma palavra e eu resolvi ajudar.
- Soberbo?
- Isso! – Rimos juntas. – Bem mais que o apartamento do Jon, lá é quase normal.
- Nosso apartamento... – Jon falou a corrigindo.
- Comunhão parcial de bens, querido... – Ela retrucou extremamente carinhosa e ele retribuiu na mesma moeda.
- Eu não pretendo me separar de você, meu amor...
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A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON!! Henry Fisher sempre foi acostumado a ter tudo, o CEO Herdeiro da Farmacêutica Fisher sempre teve tudo ao seu dispor: casas, carros e inclusive mulheres. Maggie não foi exceção a essa regra: se conheceram numa festa e terminara...