Capítulo 14 - Por Henry

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Como a conversa sobre os Laboratórios Fisher terminou com Meg saindo chateada comigo? Repassei a conversa pela décima vez e não sei exatamente onde eu errei e cada vez mais eu acho mais um erro...

Não deveria ter falado de Mariah... Não deveria ter dito que é cedo pra falar de família com ela... Não deveria ter instigado ela a me chamar de amor... Não deveria ter tentado me explicar sobre eu não chamá-la de amor... E principalmente, não deveria ter deixado ela sair daquele jeito por achar que eu não a amo.

É fato que eu não a amo, mas eu gosto dela e cada dia gosto mais, e acredito que é possível sermos felizes vivendo desse jeito. Filhos e uma família, no nosso caso, virão como um acréscimo da boa convivência. Passei a mão pelo cabelo irritado.

Seria mais fácil se eu tivesse namorado na adolescência, pelo menos agora teria a mínima ideia do que fazer por já ter errado ou acertado antes. Os meus filhos namorarão na adolescência nem que seja a força! Ninguém merece passar por essa confusão mental depois de velho.

Depois de uma discursão mental comigo mesmo, resolvi ir pro quarto atrás dela. Afinal o que ela pode fazer? Gritar comigo? Jogar alguns objetos em mim? Me estapear? Me matar? Me esquartejar vivo e jogar o meu corpo no mar?

Agora eu entendo o porque Jon fica tão acuado quando Mary fica uma fera. Droga, Henry... Para de pensar em Mariah! O único problema é que eles são o meu referencial de casal...

- Meu bem? – Chamei entrando lentamente no quarto. – Meg?

Ótimo, ela não está aqui! Agora eu não faço a mínima ideia de onde ela possa estar! Ela pode estar... Precisava o hotel ser tão grande? Pensa em onde ela pode está, Henry... Praia público ou a do hotel, piscina, spa, campo de golfe, andando de cavalo, fazendo trilha...

Por mais que eu quisesse encontrá-la a chance era mínima, já que não sei onde ela está. Fui até a varanda do quarto e sentei pra espera-la voltar.

Uma coisa é Meg se afastar por dez minutos, outra é passar uma hora sem dá notícias. Por mais que eu tente não consigo ser racional e esperar lembrando que em algum momento ela vai voltar, afinal todas as coisas dela estão aqui, inclusive o celular. Pego o meu celular e resolvo para andar pelo hotel, caso ela volte pro quarto e não me encontre é só ligar.

Sigo andando lentamente, observando as pessoas e a água que parece abraçar o hotel, o que me faz gostar daqui. Por mais que não goste da praia em si, a calmaria da água me acalma.

Resolvi segui pelos lugares onde eu conseguia ver a água, precisava me manter calmo. E não demorei para encontrá-la numa mas espreguiçadeiras conversando animadamente com um homem moreno. Por que ela está conversando animadamente com um homem? Me aproximei e sentei na espreguiçadeira ao lado dela.

Como eu início essa conversa? Não posso simplesmente falar que eu estou com ciúmes porque ela está conversando com alguém do sexo oposto. Também não vou falar que estava desesperado atrás dela pelo hotel. Meg me olhou e sorriu, respirei aliviado, pelo menos ela não tentou me afogar no canal na nossa frente.

- Demorei pra volta? – Ela perguntou e eu concordei com um murmuro. – Estava conversando com os Nunez sobre casamentos, aí não percebi o tempo passar...

- Os? – Perguntei confuso, só estou vendo o Nunez.

- É... Na verdade eu estava conversando com a senhora Nunez, ela foi atender uma ligação. – Meg apontou pra uma jovem falando no celular.

- Elas estavam falando mal dos maridos quando eu cheguei, - o rapaz falou rindo – por mais que elas tenham desconversado eu tenho certeza que falavam mal da gente!

A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora