Capítulo 05 - Por Maggie

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Depois de algumas horas de sono ouvi o meu celular tocando.  Quem ousa me incomodar em pleno domingo,?

- Alô? – Atendi sem nem olhar o visor.

- Hey! Estava dormindo sozinha? – Mariah!

- Até a última vez que conferi, sim...

- Você pode matar minha curiosidade agora ou eu te ligo mais tarde? – Eu ri, tinha certeza que viria alguma pergunta relacionada a Henry.

- Que horas são?

- Já passou das onze!

- Ok. Pergunte o que você quer saber...

- Por que Henry estava desesperado ontem pelo seu número? – Porque na loteria eu não acerto?

- Porque ele queria me apresentar como namorada pros pais de... – Fui interrompida por um grito do outro lado da linha.

- ELE O QUÊ?

- Deixa eu terminar de falar... O pai queria arranjar ele com alguém, aí ele preferiu mentir que tinha namorada e eu estava no campo de visão dele.

- Mas nada real? – Ri.

- Nada real. – Respirei fundo e ouvi Mary fazendo o mesmo do outro lado da linha.

- Achei que... O que passou na sua mente quando você decidiu falar que é apaixonada pro Henry?

- Não passou nada... Na verdade bateu um desespero, a gente ia acabar transando e estávamos muito casalzinho, eu ia acabar acreditando que era real. – E ontem ficou claro pra mim que namorar o Henry não é uma possibilidade.

- Henry é um conquistador nato... O jeito atencioso dele conquista qualquer uma... – Mary suspirou. – Eu tinha me animado com o desespero dele em falar com você.

- Eu também... – Suspirei. – Mas chega de falar de Henry. O que achou da festa?

- Maravilhosa! Você se supera, Meg!

- Com um orçamento de meio milhão de dólares é fácil! – Falei rindo junto com Mary.

- Quanto custou o meu casamento? – Jonathan fez questão que ela não soubesse. – Já passou, não vou surtar.

- Há coisas que é melhor não saber... E obrigada por confiar em mim pra fazê-lo, o seu casamento mudou radicalmente a classe social dos meus clientes...

- Por nada, Meg... A minha intenção não era gastar rios de dinheiro, era só casar. Eu ainda não me acostumei com essa realidade de ter mais do que eu posso gastar. – Mary assim como eu não nasceu em berço de  ouro como Jon e Henry.

- Eu me acostumaria rapidinho! – Disse brincando.

Seguimos conversando sobre os casamentos e os valores absurdos das coisas só por ter um “gourmet” ou “luxo” no nome. A minha microempresa de acessória ganhava cerca de três mil dólares por evento, nesse último foi um pouco mais de trinta mil, mas também estamos trabalhando muito mais, já que todas as contratações são por nossa conta e temos menos tempo pra organizar tudo.

Minha equipe é composta por mais três pessoas: Tiffany, Ivanka e Lewi. Atualmente nos eventos eu fico responsável pela noiva e fotógrafos, o Lewi pelo noivo e contratempos com convidados, a Tiffany pela organização e manutenção do salão e Ivanka pela cozinha e garçons. Antes trabalhávamos em duplas, mas agora com o porte maior dos eventos, precisamos está os quatro.

Depois que desliguei o telefone resolvi me alimentar, preparei panquecas com bacon e me sentei no sofá com um copo de leite pra assistir televisão. Sim, os filmes são o meu hobby no tempo livre.

Assim que coloquei o primeiro pedaço de bacon na boca meu celular tocou, acho que hoje é o dia “ligue pra Meg”. E para a minha total surpresa, o nome que aparece na tela do celular é o de Henry.

- Oi?

- Oi... – Henry falou reticente.

- Não me diga que precisa ser salvo de novo... – Perguntei rindo mas ele se manteve sério.

- Mais ou menos... A gente pode conversar?

- Já estamos, não?

- Pessoalmente, Meg...

- Ok. Quando e onde?

- Agora e onde você quiser...

- É urgente assim?

- Talvez, diz o lugar...

- Quer vir aqui em casa? Estou tomando café ainda, hoje é meu dia de descanso...

- Vou, chego em cinco minutos.

- Ok.

E desligou, me deixando confusa sobre essa urgência da conversa. O que seria tão urgente e importante pra Henry vir aqui em casa em plena manhã de domingo?


***


Quando ele falou que chegava em cinco minutos eu não acreditei que seria cinco minutos mesmo. Agora eu estou aqui, ainda de baby doll, abrindo a porta pra Henry, e o baby doll nem é desses sexys, é branco e azul bebê de algodão com uma estampa fofa de gatinho.

Encontro meu deus grego pessoal usando uma camiseta azul marinho, uma calça e jaqueta preta. E obviamente com aquele sorriso molhado de calcinhas olhando pra mim.

- Oi... – Falei envergonhada e ele me deu um selinho e me deixando atônita, isso é gesto meu.

- Quando você falou que hoje era seu dia de descanso não imaginei que passaria ele todo na cama... – Ele disse entrando no meu pequeno apartamento.

- Não estava na cama, só não tive tempo de trocar de roupa... – Fechei a porta indo até o sofá e sentando junto com Henry.

- Desculpa... É que eu precisava falar com você.

- Posso saber o quê?

- Eu não sei como falar isso... Quer dizer, eu sei, mas estou nervoso... 

Por que ele está nervoso?

- Quer explicar o motivo do nervosismo? – Perguntei receosa.

- Porque é você... E você é legal... E talvez eu esteja fazendo besteira por você gostar de mim, mas é exatamente por isso que eu estou aqui...

- Agora você fala o que quer...

- Eu quero namorar com você...

- Você o quê?

A namorada perfeita (Livro 02 - CEO Herdeiro)Onde histórias criam vida. Descubra agora